CAP. 73 - Veículo Suspeito

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Algumas lágrimas saiam do meu rosto após aquela situação... Estava chorando de tristeza e raiva por tudo o que havia acontecido.

Mesmo com Brahms se comportando como um maníaco alguns segundos atrás, ver ele se ajoelhando ao chão fez uma tristeza subir por meu corpo.

Droga... Eu não queria abandoná-lo... Realmente não queria, pois eu o amava.

Mas também precisava ensinar o meu valor a ele, assim como Alfred havia dito. Eu voltaria, claro, mas Brahms precisava entender que deveria me tratar melhor.

Não seria fácil ensinar isto a ele... Talvez ele achasse que já soubesse como fazer tudo... Algumas vezes sim, mas outras... Sentia-me como lixo jogado ao canto e ignorado.

Não sabia para onde ia, já havia passado os portões da mansão, que eram um tanto longe da casa. Realmente, neste instante, nada mais importava...

Ao menos sentia um pouco mais de liberdade por sair assim, mesmo que Brahms estivesse louco por isso.

Se ele realmente me amasse, iria me esperar... Tinha certeza disso. Penso que o conselho de Alfred talvez tenha sido mais útil do que todos que já ouvi.

Não iria muito longe, porém nada era perto daquela mansão isolada de todos. Lembrava-me de existir um mercado na rodovia, o qual não era pequeno e que eu poderia ficar lá por um tempo... Era o máximo que eu conseguiria por agora.

As árvores cercavam todo o caminho, deixando a rodovia um tanto sinistra, com a entrada se confundindo entre caminhos de pedra, terra e asfalto.

As árvores cercavam todo o caminho, deixando a rodovia um tanto sinistra, com a entrada se confundindo entre caminhos de pedra, terra e asfalto

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O tempo não era dos bons, parecia que o céu havia ficado cinza aos poucos. Quanto mais eu dirigia naquela estrada, mais a neblina avançava sobre o carro.

Sentia uma pontada de vontade em voltar para a mansão... Mas não haveria como me perder por uma estrada única, poderia voltar tranquilamente após o mercado.

Tento ligar o rádio do carro, mas o mesmo só emitia chiados estranhos conforme ia passando pelas árvores na estrada.

Não iria desistir agora, já estava quase chegando no mercado da rodovia, sabia disso... Havia um posto de gasolina ao seu lado, o que já era o suficiente para mim.

Consigo enxerga-los cada vez mais, aumentando a velocidade do carro, pensando que ali seria um ponto seguro.

Haviam algumas mesas na frente, guarda -sols desarmados sobre elas, estando úmidos pela fina garoa que caia.

Não havia carro nenhum parado no estacionamento em frente ao mercado, estava tudo vazio, mas poderia ver que havia alguém no caixa dentro dele.

Estaciono o carro, deixando ao lado da entrada da conveniência. Ao menos poderia ficar com os olhos nele quase sempre...

Empurro as portas para entrar, obsevando ser um mercado simples, mas entretanto, completo.

?. - Boa tarde, senhora. Posso ajudá-la?

Acho que não deveriam vir muitas pessoas aqui...

- Não, obrigada, só estou fazendo uma compra rápida.

?. - Está bem, fique a vontade.

Começo a olhar entre as prateleiras do mercado, refrescando um pouco a minha mente, imaginado que logo isso acabaria.

Apenas um tempo, Greta... Só isso... Algo simples iria bastar.

Pego uma cesta do chão, colocando alguns iogurtes dentro, uma garrafa de suco e bolachas.

Assim que meus olhos desviam para ver o carro, observo que uma moto estava parada ao seu lado, mas não havia visto ninguém entrar no mercado...

Brahms - Conexão FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora