CAP. 60 - Batidas Interruptoras

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Dormia sobre o estofado da limousine, com um pequeno manto sobre o meu corpo... Minha cabeça estava apoiada no colo de Brahms, enquanto seus dedos acariciavam os meus cabelos...

Até mesmo tentei pensar na situação, entre o sim e o não... Mas já estava tão apaixonada por Brahms que apenas disse sim...

Talvez as coisas estivessem indo muito rápido, mas não acho que isso fosse tão ruim assim, pois uma vida melhor que está eu jamais teria...

- Chegamos.

- Ainda não coloquei meu vestido.

- Não se preocupe, querida.

Brahms enrola mais o cobertor em volta do meu corpo, deixando-me totalmente coberta e levando-me em seus braços para fora da limousine.

- Espere-me aqui, Alfred.

Ele fala enquanto sobe as escadas de mármore branco da entrada da mansão, eu não parecia nada em seus braços...

Subimos as escadas até o quarto, já deveria ser de madrugada e meus olhos estavam cansados, pedindo para dormir.

Sou colocada na cama, igual uma criança... Brahms arruma as cobertas por cima do meu corpo nú, retirando o colar do meu pescoço.

- Essas coisas são muito valiosas para se dormir com elas.

Ele anda até a porta do quarto, mas não resisto em perguntar...

- Você irá voltar logo?

- Não se preocupe.

E Brahms fecha a porta de madeira negra, deixando-me confortável em sua cama... Estava feliz, satisfeita, minha perna já não doía tanto assim, pois foi Brahms quem havia me ajudado durante todo o dia...

Tento esperá-lo acordada, mas minhas pálpebras se fecham sozinhas e acabo dormindo pelo cansaço e pela hora...

....

- Bom dia, querida.

Acordo sentindo as mãos de Brahms passarem por meus cabelos... Espreguiço-me e viro para o seu lado da cama, vendo-o deitado entre as cobertas, com seus dois braços apoiando o seu corpo.

- Bom dia, Brahms...

Falo enquanto bocejo, puxando mais daquelas cobertas sobre mim... Reparo que ele usava uma camisa branca, abotoada em seu meio, mas um tanto aberta em cima. Sua calça preta tinha suspensórios da mesma cor, que contrastavam com sua camisa.

- Seu café da manhã está pronto

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- Seu café da manhã está pronto.

- Muito obrigado, querido..

Tento fazer algo diferente e aproximo-me de seu corpo na cama, encostando minha cabeça sobre seu peito e abraçando sua cintura, sentindo todo o seu abdômen...

Coloco meus dedos por dentro de sua camisa desabotoada, passando minha mão por seu peito, acariciando sua pele... Dou pequenos beijos por cima de sua máscara de porcelana...

- Estou feliz por ser sua esposa...

- Estou feliz por estar satisfeita...

Encaro os seus olhos magnetizantes que me encaravam por sua face oculta...

- Preciso conversar com você.

- Claro, o que quiser.

- Bom, você não consegue mais fazer os serviços da mansão, porém também acho que este não é mais o seu cargo... E muito menos o meu.

Agora fitava seus olhos de forma curiosa...

- Alfred é o meu braço esquerdo de agora em diante. Conversei muito com ele, é um homem de confiança. Portanto, será o nosso mordomo também.

- Mas... Ele conseguirá limpar tudo isso sozinho?

- Alfred foi contratado para cuidar desses assuntos, ele mesmo pode escolher os funcionários que virão aqui as vezes para cuidar da mansão. Mas não se preocupe, eles serão como fantasmas, nem iremos vê-los por aqui.

Nossa, isso mudava totalmente a minha vida de agora em diante... Então... Qual seria a minha utilidade aqui?

- Mas.. E quanto a mim?

- Perdão?

- Qual utilidade eu teria?

- Sua utilidade seria ser a minha esposa.

- Mas...

- Ser uma boa esposa não é uma tarefa simples, Greta.

- Então me diga quais coisas eu deveria fazer para ser uma boa esposa no seu ponto de vista.

- Bem, você..

Mas então somos interrompidos por uma batida na porta do quarto.

A. - Posso entrar, senhor Brahms?

- Sim.

O homem de cabelos grisalhos brancos abre a porta, escondo-me ainda mais por baixo das cobertas.

A. - Temos visita senhor Brahms, a polícia está na porta de entrada.

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now