CAP. 89 - Pequenos Problemas

2.2K 238 19
                                    

- Bom dia, Greta..

- Bom dia, querido...

Já havia se passado quase uma semana desde que Brahms adicionou essa medida radical em sua vida: Não utilizar mais a máscara de porcelana.

E estava tudo indo mais do que bem... Ele não parecia estar se sentindo mal ou influenciado a utilizar aquilo novamente.

- Podemos tomar café na cozinha hoje?

- Claro, irei me trocar e logo descerei.

Brahms estava na janela do quarto, ele havia subido apenas para me acordar, pois já estava vestido, com um casaco longo e preto, olhando para o jardim do lado de fora.

Brahms estava na janela do quarto, ele havia subido apenas para me acordar, pois já estava vestido, com um casaco longo e preto, olhando para o jardim do lado de fora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Achava Brahms um cavalheiro por sempre utilizar luvas pretas com as roupas mais rigorosas de inverno.

- Ótimo, vou esperar você lá.

Ele diz caminhando até mim na cama, dando um beijo rápido em meus lábios e indo até a porta do quarto, encostando-a em seguida.

Arrumo-me rapidamente, escolhendo qualquer roupa no closet, pois todas eram mais do que "simples".

Desço com uma blusa de manga longa, bege e grudada ao corpo, com uma calça jeans clara, a qual já era minha e não conseguia desapegar.

Ando pelas escadas, até chegar na cozinha, observando Brahms sentado diante da mesa, enquanto Alfred estava próximo ao fogão, cuidando dos bacons.

A. - Bom dia, senhora Greta. Como está hoje?

- Estou bem, Alfred, obrigada.

- Sente ao meu lado, Greta.

Brahms puxa a cadeira para mim, colocando-a mais ainda ao seu lado... Ele sempre vinha me tratando assim ultimamente, bem mais "possessivo" com o tempo...

Poderia perguntar se ele também iria colocar a comida em minha boca, mas isso talvez fosse irrita-lo... E não era algo que queria ver tão cedo.

- Fiz o seu sanduíche preferido.

- Ah, que fofo de sua parte, obrigado amor.

Falo dando um pequeno beijo em sua bochecha, arrastando o prato em minha direção.

Tudo estava um tanto silencioso, ouvindo apenas as louças baterem umas nas outras em certos momentos do café...

Mas então eu relembro, de um assunto que estava morto a quase uma semana e que ainda não havia sido resolvido.

- Ah, Alfred... Já conseguiu os jornais?

Mas Alfred desvia o olhar do meu, encarando Brahms, como se ele quem devesse dar a resposta.

- Ainda estão atrasados quanto a entrega...

Aquilo soava um tanto estranho, tanto por sua expressão e por sua voz... Não deixando Alfred responder.

- Deveríamos ir ao vilarejo, pegar algumas revistas e jornais... Não tenho muito o que fazer aqui.

- Gostaria de algo para fazer? O que mais existem aqui são livros. Leia-os.

- Não, quero ler minhas revistas e jornais.

Durante a semana, Brahms e eu líamos alguns livros de poesia juntos... Também escutava-o tocar instrumentos, como piano e violino, mas jamais iria conseguir aprender está arte.

- Posso trazer revistas para você, já que quer tanto.

- Brahms, o que a de errado com os jornais?

Neste instante, Alfred sai da cozinha, como se fosse um gesto educado deixar um casal discutir em sigilo... Porém, parecia que ele estava mais com medo do que mantendo as boas maneiras.

Brahms - Conexão FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora