CAP. 24 - Castigo Indeterminado

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Notas da autora:

Que música linda para esta história... Me sinto apaixonada.

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Brahms... Por que faz isso com você mesmo?

...

Levanto-me do chão frio, pegando uma toalha e me enxugando. Não havia uma roupa para vestir, apenas aquela porcaria fantasia de empregada.

Fico nua e deito em baixo das cobertas, esquentando-me com o próprio calor do meu corpo... Passava meus pequenos dedos atrás da cabeça, sentindo aquele ferimento cicatrizar lentamente, mesmo ainda estando bem aberto...

Durmo triste, deixando as lágrimas rolarem por tudo ter de ser tão difícil assim...

Eu teria certeza de que os sentimentos de Brahms eram mais do que fortes por mim... Mas o problema era que tudo em Brahms era forte, assim como sua raiva e seu corpo.

Parecia que nada poderia ser contido ou controlado naquele homem. Aquela feição calma e com classe era apenas uma casca que protegia o seu verdadeiro ser.

Ele não pareceu se importar nenhum pouco quando me machuquei... Mas ao mesmo tempo ele estava com uma fúria absurda por causa de sua infame máscara. Então seu ódio ultrapassava todos os outros sentimentos?

Isso era mais do que um problema... Pois eu também sentia algo forte por ele, por isso vim para cá, por causa desta conexão inexplicável...

...

Acordo no silêncio da manhã, com um cheiro incrível que vinha do meu criado mudo... Mas olho para baixo e minhas cobertas não estavam mais sobre mim, encontrava-me totalmente nua na cama.

Pego a manta que estava ao meu lado e coloco enrolada no meu corpo, olhando para os lados em atenção, mas não havia sinal de ninguém...

Pego as panquecas ao meu lado, com uma carta abaixo do prato.

" Suas refeições diárias estarão na geladeira do porão. Seus serviços não serão mais necessários por um bom tempo pelos ocorridos recentes.

Ass.: Brahms Heelshire"

- Brahms! Precisamos conversar!!

Falo amassando a carta e jogando ao chão, não acreditando naquelas palavras! Como ele poderia me manter em cativeiro de forma direta só por causa daquilo?!?

Mas não havia nenhuma resposta, nenhum ruído entre as madeiras, nada... O mais puro silêncio.

- Eu estou presa aqui, sem nem sequer um tempo para sair...

Sussurro com o ar ficando engasgado em meu pescoço... Tenho que pensar em alguma coisa, pois nesse lugar eu não irei aguentar nem dois dias inteiros!

Mastigo aquela comida com ódio, mesmo estando deliciosa... Não irei me render a essa ordem de Brahms e tentaria falar com ele a todo custo!

Mas as horas se passam, com o meu plano ficando cada vez mais de lado em uma tristeza estranha que pairava o lugar...

O primeiro dia se passa, até pensei em ficar acordada durante a noite, esperando Brahms aparecer para trocar a comida, mas meus olhos não aguentaram.

Acordo outra vez com a coberta caída ao chão... Eu não havia recebido roupas ainda, sendo encoberta por mantas e toalhas, isso era um absurdo...

Havia um pequeno rastro de digital feita de sangue em minha coxa, apenas isso, mas era assustador. Eu estava sendo observada nua todos os dias de agora em diante...

Tomo o café da manhã, tendo coragem em seguida de andar pelo lugar, inspecionando com os olhos as pilhas de coisas nas estantes.

Eu poderia mexer? Bom, ele me deixou aqui trancada por sabe-se lá quanto tempo, esse será o meu passatempo de agora em diante.

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now