CAP. 94 - Escuridão

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Longos segundos se passam, porém Brahms não respondia nada. As linhas faciais em seu rosto estavam paradas, sem emoção alguma, como se estivesse ignorando a minha pergunta.

Continuo encarando-o fixamente, com minhas mãos coçando para não bater em seu corpo, controlando a minha ansiedade e ódio.

- BRAHMS! O que você fez com Malcom?!?

Digo enquanto aproximo o meu rosto ainda mais do dele, queria que visse a minha aflição descontida. Meus olhos enchiam de água, assim como meu peito inflava com o suspense.

Ele continuava me ignorando, mesmo em meu aflito... Agora estava mais do que claro, que Malcom não estava mais no hospital, por isso não quis que eu fosse até lá.

Não era apenas o seu ciúme inconsequente que o segurava, havia algo muito pior por trás disso...

Não sabia ao certo o que havia acontecido com Malcom... Mas a sua imagem na televisão naquele dia, dentre chuviscos e torções, além da atitude de Brahms agora, indicavam apenas uma coisa.

- Se você não me responder, vou pular desse carro agora.

Falo com a voz fria, passando meus dedos sobre o pegador da porta. Não queria saber o que era certo ou mais sensato neste momento, apenas precisava sair daqui, de qualquer forma.

Então, Brahms vira o seu rosto para mim, encarando a alma dentro dos meus olhos.

O carro é parado de forma totalmente inconsequente no início da estrada da rodovia, fazendo a minha cabeça quase bater no vidro, pois estava sem o cinto.

- Irá pular, Greta? Para quê? Apenas para me fazer perseguir você entre as árvores ao redor da rodovia?

- ME RESPONDA!

Um frio enorme passa por meu corpo, não imaginado que Brahms teria aquela reação... Ele não estava escondendo nenhum pouco a sua infame culpa.

Havia um sorriso psicopata em seus lábios, o qual era pequeno, mas macabro... Seus olhos estavam um pouco abertos, despreocupados, como se aquela situação fosse confortável para ele.

- Tive a minha vingança.

~(Música de novela mexicana)

Coloco as mãos por meus lábios, arregalando os olhos para ele, em descrença. Deus... Como ele pode... Como pode fazer algo assim comigo?? Com Malcom?!?

- Meu Deus...!!

Passo a minha mão pelo abridor da porta do carro, puxando o pino da trava e abrindo a porta. Mas assim que coloco os pés no asfalto, Brahms segura o meu braço, quase arrancando-o.

- Não faça isso.

- Você continua a ser o mesmo assassino sem coração!!!

Digo tentando soltar sua mão de meu braço, dando tapas com a outra, mas não era o suficiente.

Sou puxada com força para dentro do carro, sendo presa por seus braços, enquanto um riso sínico e sútil vinha de seus lábios em meu ouvido...

- O meu coração.. É apenas seu.

- ME SOLTE!!

Berro por socorro, mas estávamos em uma rodovia vazia, já um tanto afastada do vilarejo. Brahms passa suas mãos por minha boca, pegando um pano que não fazia ideia de onde surgiu, amarrando-o em meus pulsos.

- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!!!

- Já fiz.

Brahms me tira do carro em seus braços, carregando-me até o porta malas... Ele.. Não... Não poderia me trancar ali!!

- NEM PENSE NISSO!! ME SOLTE AGORA!

Mas vejo aquilo ser aberto, sendo jogada em instantes dentro do mesmo, debatendo o meu corpo sem parar.

- POR FAVOR! NÃO ME COLOQUE AQUI!!

Brahms agacha o seu corpo, ficando próximo do meu, deitado no porta malas.

- ... Você sabia que eu era capaz disso, então por que está tão surpresa?

- SEU ANIMAL! ASSASSINO!! - Digo enquanto o porta malas é fechado, deixando tudo escuro, junto de minha voz abafada...

- SEU ANIMAL! ASSASSINO!! - Digo enquanto o porta malas é fechado, deixando tudo escuro, junto de minha voz abafada

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(TAN TAN TAN TAN!)

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Notas da autora:

Bem, venho avisar vocês que: Irei finalizar está história, e, assim que isso acontecer, voltarei a escrever sobre o Jason.

Isso porque está sendo difícil escrever duas histórias e não quero confundir as situações. Quero dedicar todo o meu tempo apenas ao Jason, pois realmente estou amando escrever sobre ele, merecendo toda a minha atenção e dedicação.

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now