CAP. 56 - Presentes Brilhantes...

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Ando atrás de Brahms, descendo a escadaria acolchoada por carpetes vermelhos desbotados. Assim que chegamos ao seu final, Brahms estende o seu braço para mim, fazendo-me enganchar o meu no seu.

- Gostei da sua escolha... É um vestido com pedras de obsidiana, são raras. Não se fazem mais modelos assim.

Dou um sorriso para ele, feliz por ter acertado na escolha e tê-lo agradado, pois era isso o que havia sentido quando o vi. A única coisa que não pude escolher eram os meus sapatos, haviam apenas duas opções que Brahms havia deixado... Acho que ele já havia os escolhido.

Paramos na porta de entrada da mansão, espero ansiosamente para Brahms abri-la. Queria ver a luz do sol outra vez batendo em minha pele.

- Greta...

Ficamos um de frente para o outro, apenas espero suas palavras.

- Estarei com você o tempo todo. Não acho que vá tentar fugir... Mas caso tente...

- Eu não vou fugir Brahms, tem a minha palavra.

Ele anda até uma pequena mesa de enfeite ao lado da porta de entrada, havia uma caixa média, preta e aveludada sobre ela, a qual Brahms segura e abre em minha direção.

Era um colar, o qual eu teria certeza que eram diamantes enormes que brilhavam para mim...

- Meu Deus...

- Faltava algo para combinar com o seu vestido, querida Greta.

Ele retira o colar da caixa, colocando em meu pescoço logo depois... Era tão brilhante, tão perfeito... Não sabia nem o que dizer.

- Não sei como agradecer a você por tudo isso...

- Mais tarde saberá.

Brahms abre a enorme porta, fazendo os raios de sol tocarem a minha pele, ardendo os meus olhos momentaneamente. Descemos as escadas em frente a mansão, tendo uma grandiosa limousine na frente. Ela brilhava com a luz do sol em sua cor preta reluzente.

- Você alugou uma limousine??

- Ela é minha.

Havia um homem parado ao lado do veículo, era um senhor com cabelos grisalhos, assim como o seu bigode, mas seu uniforme de motorista era impecável.

- Este é Alfred, Greta. O meu motorista.

A. - Senhor Brahms!

O homem abre a porta da limousine para nós, ele parecia um tanto assustado e surpreso... Entro primeiro no carro e logo a porta é fechada, consigo apenas ouvir conversas abafadas logo depois.

A. - O senhor está vivo! Como isto é possível senhor Brahms?!?

O homem falava tão alto que não teria como não ouvir...

- Deveríamos conversar sobre isto em uma hora mais descente.

Brahms fala apontando para mim dentro da limousine, entrando logo em seguida. Alfred concorda com a cabeça e senta no banco do motorista.

- Nós vamos ao vilarejo?

Falo com entusiasmo em minha voz.

- Obviamente não, vamos a um lugar para pessoas como nós.

- E aonde seria isso?

- Uma cidade próxima daqui.

Em um instante, uma parede prateada sobe afrente do carro, bloqueando a nossa visão do motorista, deixando-nos isolados na parte de trás da limousine.

Brahms retira de uma caixa de gelo o que parecia ser vinho, segurando em sua outra mão uma taça. Observo-o colocar o líquido ali dentro e o levar em minha direção.

- Aproveite, Greta... Este é de uma safra perfeita.

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now