CAP. 74 - Não Olhe Para Trás

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Reviro os olhos pelo mercado, não entendendo aquela situação que estava acontecendo.

Deveria me preocupar com aquilo? Acho que sim... Mas não poderia fazer nada sobre.

Assim que viro-me para trás, continuando às compras, havia um homem atrás de mim.

Ele utilizava uma jaqueta preta de couro, a qual estava respingada pelas gotas da chuva que caiam do lado de fora...

Em sua cabeça, havia um capacete preto, com a viseira tampando o seu rosto. Aquele homem dava quase duas de mim, mas parecia estar apenas fazendo suas compras normalmente...

Mesmo ficando receosa por poder ser um possível ladrão, se fosse isso já teria assaltando o mercado e a mim também...

Resolvo acabar logo com isso, indo até o caixa pagar pelas compras, mas então, observo alguém já ter chego na minha frente...

Porém o motoqueiro já estava saindo, segurando apenas uma sacola em suas mãos e indo para a entrada do mercado.

Não consigo não notar o seu pescoço virando para trás ao sair... Logo ele sobe em sua moto, ligando-a e indo embora em meio a chuva que aumentava.

?. - Senhorita?

- Ah, desculpe, estava distraída.

Passo as compras no caixa, ajudando o rapaz a empacotar as coisas. Logo termino de passar, pegando algumas notas que havia encontrado nos suportes do carro.

- Quanto custou?

?. - Moça, o homem de capacete pagou para você, pensei que o conhecia.

- .. O quê?

?. - Ele disse para mim ficar com o troco... Já está pago.

- E-está bem..

Minha voz fica um tanto trêmula após aquilo... Não, não era possível... Aquele homem era Brahms e já não teria mais dúvidas disso.

Mas por que ele me seguiria até aqui e iria embora em seguida...? Não fazia sentido... Me perseguiu para então ir embora.

Corro até o carro, pois havia se formado uma tempestade de verão. A porta estava encostada, mas ao menos os vidros eu havia fechado.

Abro-a e jogo as compras no banco do passageiro. Não daria para ver nada pelos vidros e janelas do carro, a chuva encobria tudo sem os para-brisas.

Mas quando pego na chave que deveria estar na ignição, não haveria nada ali...

Meu corpo treme, queria sair do carro imediatamente, pois algo não estava normal aqui.

Quando seguro no abridor da porta, uma mão passa pelo meu pescoço. No início apertava levemente, até forçar toda a minha cabeça contra o banco.

Tento enxergar o que estava atrás de mim, mas era totalmente em vão...

- Você prometeu, Greta...

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now