- Sim, sou eu mesma. O que os senhores desejam?
Deveria agir como a mulher mais descontraída e inocente do mundo... E até mesmo a mais burra, dependendo do que fossem perguntar ou fazer.
M. - Sou Marcus, venho lhe trazer uma notícia um tanto chocante sobre os donos da casa. Poderíamos entrar?
Disfarço a minha ansiedade e preocupação com um sorriso, acenando com a cabeça em seguida. Porém, eu já sabia que eles estavam mortos...
- Claro, fiquem à vontade.
Abro espaço em minha frente, vendo os cinco homens entrarem pela mansão, acompanhando-os até o salão principal da casa, o qual tinham três longos sofás para eles sentarem.
Marcus senta-se ao meu lado do sofá, apenas um pouco distante, abrindo a pasta preta e lendo um papel em sua mão.
M. - O casal Heelshire foi dado como morto, a mais de um mês... Mas o corpo deles foi encontrado apenas quatro dias atrás, boiando os restos dos cadáveres em uma correnteza, por uma cidade próxima de onde se suicidaram.
- O senhor sabe por que fariam isso?
M. - É o que viemos tentar descobrir, senhorita Greta. Qual era a sua relação com os donos da mansão?
- Bem... Eu os conhecia a pouco tempo, comecei a trabalhar aqui apenas duas semanas antes deles irem viajar. Falaram-me que iriam tirar umas férias e que estavam cansados...
M. - Entendo... Você foi contratada para quê?
- Para ser a babá do filho deles.
M. - E ele ainda está aqui?
- Talvez o senhor não acredite... Eu mesma não acreditei quando vi, mas o filho deles era um boneco de porcelana.
M. - Como é?
- Acho que o casal havia tido problemas com o filho que morreu quando era mais jovem, então eles adotaram um boneco como filho.
Os polícias se encaram em objeção às minhas palavras, mas de qualquer forma, eu estava falando a verdade.
M. - Você poderia nos mostrar esse boneco?
- Eu posso pedir para o Alfred tentar achar ele, pois não sei onde está.
Alfred entra na sala no mesmo instante, nem sequer precisei chamá-lo.
- Poderia tentar achar o boneco de porcelana, por favor?
A. - Claro, senhora.
Ele sai rapidamente pelas portas dos corredores, espero que ele encontre, ou não, pois havia sido quebrado em milhares de pedaços.
M. - E quanto a este homem, Alfred, qual a relação dele com a família que morava aqui?
- Soube que ele era um membro muito importante e confiável para eles, mas trabalhava apenas como motorista. Decidi chamá-lo para ajudar a cuidar da mansão, ele não negou.
M. - Você tinha relação com outras pessoas próximas daqui?
Isso poderia ser uma armadilha, não é? Poderiam saber de tudo e Malcom estar acordado.
- Sim, apenas o homem que trazia as compras semanais para cá, Malcom.
M. - Interessante, você sabia que ele se encontra no hospital?
- Claro, eu o levei para lá depois que sofreu um acidente aqui na mansão, fiquei dias ao seu lado... Ele estava carregando as compras para dentro da casa, mas já era tarde e insisti para que ele viesse no outro dia, mas Malcom não quis. Ao entrar no carro, ele sofreu um acidente logo depois, batendo no muro próximo a entrada.
M. - Infelizmente ele ainda está em coma, ao menos foi o que o hospital nos informou. Quanto ao carro e o muro, poderíamos conferir depois?
- Infelizmente o carro foi retirado após o acidente, o muro está intacto.
M. - Pois bem, senhorita Greta, não achamos que você seja suspeita de algo, seria até mesmo impossível, mas essas perguntas foram necessárias... Agora, vamos falar sobre o real motivo de estarmos aqui...
Engulo em seco, mas ainda mantenho a minha postura.
M. - Não existem herdeiros na família Heelshire, a única pessoa que os conhecia era você. É uma enorme fortuna, de milhões, a qual está para ser herdada. Caso a senhorita não queira, o dinheiro será doado.
- Você.. Está falando que eu seria a herdeira?
M. - Infelizmente o filho deles morreu quando era um garoto... Eles não tem ninguém para ser o herdeiro.
- Não...
M. - Perdão, não entendi.
- Eles tem um herdeiro. Brahms está vivo.
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Brahms - Conexão Fatal
Fanfiction๑Dark Romance๑. +18 Apenas um boneco... Um maldito boneco... Ao menos era isso o que todos pensavam. Não, Brahms nunca foi só isso. Ele surgiu por entre as paredes da mansão, seu corpo foi até mim... Todo aquele tempo cuidando de um boneco de porce...