CAP. 52 - Trapos

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Se sim ou se não... Agora eu deveria apenas conviver com a dúvida e tentar confiar em Brahms na medida do possível.

Saio do box, procurando minhas roupas, porém percebo que elas não estavam mais aqui...

- Brahms!

Ele ainda continuava com essa brincadeira ridícula? Já estava cansada disso, nem imaginava que ele faria isso outra vez pelo estado em que nós estávamos.

Logo vejo o seu corpo aparecer na porta, encarando-me friamente com o meu chamado. Dou de ombros para ele, como se fosse óbvio o que estava acontecendo.

- Minhas roupas!

Ele anda até mim, colocando sua mão por minhas costas cobertas pela toalha, empurrando-me para fora do banheiro.

- Quero comprar roupas novas para você.

- Sério?

Ele concorda com sua cabeça, fazendo menção para mim sentar na cama.

- Mas o que há de errado com as minhas roupas atuais?

- Você merece coisa muito melhor do que isso, Greta.

Ele retira do seu armário uma peça de roupa minha, a qual tinha alguns furos pelos trabalhos que já fiz na mansão.

- Não acha?

Brahms fala jogando aquele "trapo" contra mim...

- Eu uso esta roupa para limpar. E por que você tem uma roupa minha em seu guarda-roupas?

- E a roupa de empregada que eu lhe dei é para quê?

Levanto-me da cama e o encaro com uma raiva crescendo em meus olhos. Aponto o meu dedo para o seu peito em seguida, pronta para lhe dar um sermão.

- Nós dois sabemos muito bem que aquela roupa não é para limpar!

- Claro que é.

- Não, não é! Você me obrigou a vestir aquilo. E se o resto das roupas que você quiser comprar para mim forem parecidas, é melhor irmos para um sexshop logo.

Brahms segura os meus dois pulsos, empurrando-me contra a cama logo em seguida, solto um pequeno grito com o impacto.

Quando percebo, o seu corpo estava sobre o meu... Seus olhos, através de sua máscara, encaravam-me em desafio enquanto estava presa por debaixo dele...

- Você irá vestir o que eu quiser.

- Ou então o quê?

Falo agressivamente.

- Ou então não irá vestir nada.

Brahms arranca a toalha que estava enrolada em meu corpo, deixando-me nua na cama. Observo-o também retirar sua toalha, arrancando-a rapidamente e deixando-a sobre o chão.

Não houveram nem preliminares... Brahms apenas colocou o seu membro, que já estava extremamente duro, dentro de mim... Então era isso...? Eu seria convencida a obedecer suas ordens em troca de um prazer imensurável...?

Sentia aquilo pulsar cada vez mais internamente... Como eu poderia recusar isso...
....

- Você poderá escolher as roupas que irá comprar, Greta.

Eu nem estava ligando para o que ele falava, pois estava jogada na cama após ter sido usada de todas as maneiras...

- Brahms...

Falo enquanto estou de bruços nos lençóis, esticando meu braço em sua direção...

- Você não me deu um beijo de boa noite...

Antes ele fazia menção em sair do quarto, mas logo para e encara-me na porta, como se estivesse cogitando o meu pedido.

As estrelas apareciam intensamente pela janela de vidro esfumaçado. A noite havia caído aos poucos e o quarto estava um tanto escuto...

Brahms volta para a cama, sentando-se ao lado do meu corpo nú... Vejo-o levantar sua máscara até os lábios... A ideia de arrancar aquilo e ver seu verdadeiro rosto não saia de minha cabeça... Mas Brahms poderia cortar os meus dedos por isso.

Viro o meu corpo em sua direção, dando um beijo carinhoso por seus lábios macios... E então ele me deixa sozinha no quarto, não me importava com o que ele iria fazer, pois provavelmente ele estaria aqui outra vez em pouco tempo.

Brahms - Conexão FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora