CAP. 69 - Noite de Devaneios

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Nem sequer sabia que horas eram, estava totalmente perdida naquela cama, por horas sozinha...

O vinho já havia acabado, mas queria outra garrafa... Não ligava se estava bêbada ou não, ao menos estava bem assim.

Rolo pela cama, não, não... Ele não pode me tratar assim... Não sou igual aquele boneco idiota dele.

Vamos lá, vou levantar daqui e descer as escadas, quero apenas mais vinho e deve ter dezenas no bar.

Tento colocar um hobby de cetim lilás, que estava caído ao chão do lado da cama, mas assim que coloco meus pés no piso, caio quase que imediatamente.

- Aí.. Deus...

Minha cabeça girava com o impacto, mas não era uma pequena queda que iria me derrubar, não mesmo.

Se nem aquele brutamontes conseguiu me controlar, quem dera uma garrafa de vinho fosse.

Consigo colocar o hooby no meu corpo, com um pouco de dificuldade, mas não importa.

Apoio os meus braços nas cômodas do quarto, até chegar na porta que estava apenas encostada. Iria ficar muito brava se Brahms tivesse me trancado aqui.

- Por que tem que ser tão difícil....

Digo ao cair de joelhos no corredor, quase chegando às escadas... Escutei apenas o impacto dos meus joelhos do carpete vermelho.

Começo a chorar sabe-se lá por qual motivo, mas me sentia triste e sozinha no corredor marrom escuro... Não queria levantar do chão.

A. - Senhora!

Já estava deitada no chão quando vejo Alfred correndo, subindo as escadas... Eu estava me arrastando para lá e provavelmente iria descer as escadas deitada.

A. - Meu Deus, o que aconteceu??

- Alfred... Pega um vinho pra mim....

A. - Não, não! Vou levar a senhora para o quarto!

- Não quero ficar lá sozinha sem o meu vinho...

A. - Senhora Greta, você está bêbada! Apenas vamos voltar.

- Não quero!

A. - Eu levo o seu vinho no quarto, mas precisamos voltar... Não posso deixar a senhora neste estado.

Alfred segura por de baixo dos meus braços, ajudando-me a levantar e andando com meu braço apoiado em seu pescoço...

- Ele me deixou, Alfred....

A. - Do que está falando, senhora?

- O Brahms me deixou, depois que eu disse que o amava...

A. - Senhora Greta...

Alfred abre a porta do quarto, andando comigo até a cama e colocando-me deitada sobre ela, ficando em pé ao meu lado.

A. - Infelizmente não sei como é a sua relação com o meu patrão... Mas posso lhe dizer que a maioria das coisas que Brahms faz, não é realmente por vontade própria.

- Do que está falando....

A. - Mesmo que a senhora não se lembre quando acordar amanhã, Brahms é um homem que não tem grande senso de controle sobre suas ações. Mesmo que não pareça isso...

- Ele tem sim... Não é mais uma criança mimada...

A. - Irei buscar o seu vinho, senhora. Por favor, não saia daqui.

- Claro, claro...

Alfred sai pela porta do quarto, deixando-a aberta. Eu estava tão zonza, havia um sono forte vindo em minha cabeça...

Alguns minutos se passam e eu já estava de bruços na cama, sem senso nenhum do que estava acontecendo, perturbada pelo sono e pela bebida.

Vejo com o canto dos olhos, Alfred entrar pela porta outra vez, mas com uma bacia em mãos e o vinho na outra, em uma bandeja.

A. - Irei deixar a bacia do seu lado caso aconteça alguma coisa, senhora.

A bacia é colocada ao meu lado na cama, enquanto estico a mão para pegar o vinho.

A. - Não é uma boa ideia, senhora Greta.

Alfred diz afastando o vinho de minhas mãos antes de eu pegá-lo...

- .... Você tem razão...

Deixo minha mão cair enquanto fecho os olhos e durmo da maneira mais rápida do mundo... Eu vou matar Brahms...

Brahms - Conexão FatalNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ