Encaro-o em confusão...
- Por que quer que eu vá para o quarto?
- AGORA!
Brahms levanta o seu braço, apontando para a escadaria, a qual eu ando um tanto apressada por tê-lo visto alterado novamente...
Quais os motivos para ele estar assim? Poderiam ser tantos... Penso rapidamente em todas as opções possíveis. Ter contado que ele estava vivo... Ser obrigado a futuramente retirar sua máscara...
Já estava no segundo andar, escutando os passos de Brahms seguirem-me pelo corredor, os quais ecoavam ligeiramente, deixando o clima ainda mais tenso.
Entro no quarto e vou até o sofá em frente a cama. Ouço a porta ser batida poucos segundos depois, olho em seguida, vendo Brahms passar a chave na maçaneta...
Seu rosto vira-se para mim, seus olhos pareciam estar descontrolados por debaixo de sua máscara, ameaçando-me apenas com o seu olhar...
Sento no sofá antes que meu corpo tenha um derrame de nervos, a ansiedade e tensão estavam me matando, fazendo o meu coração pulsar mais rápido do que nunca.
- VOCÊ TEM ALGUMA IDEIA DO QUE FEZ??
Olho perdida para ele, tentando pensar em minhas palavras, mesmo que elas já estivessem prontas...
- Eu te dei o que era seu por direito!
Ele anda até mim rapidamente, fazendo o meu corpo encolher no sofá negro, com seus passos ameaçadores sobre o piso, apontando sua mão em minha direção...
- VOCÊ REALMENTE NÃO SABE O QUE FEZ!
- Queria que eu pegasse a sua herança?? Não era isso o que você havia dito? Que eu havia voltado para cá apenas para roubar você? Está aí a prova!! Não quero seu dinheiro, quero você.
Brahms se afasta de mim, observo seus olhos entrarem em confusão enquanto anda para a ponta da cama, passando as mãos por seus cabelos ondulados.
- A última coisa em que me preocupei hoje foi com essa maldita herança!
- Então qual é o problema, Brahms?
- ELES SÃO A MERDA DA POLÍCIA!
- ... Acha que eles irão fazer algo contra você?
Observo-o ir até a parede, socando-a em seguida, fazendo o seu punho sangrar, mas ele havia partido a madeira com o golpe...
- IRÃO INVESTIGAR A DROGA DO DOCUMENTO E REABRIR O CASO!
- Qual caso..?
- Você sabe muito bem qual caso, Greta! Leu todos os jornais do porão.
- Ah... A garotinha...
- O nome dela era Emily Creebys.
- Eu não consegui exatamente ler o que aconteceu com ela, apenas que havia desaparecido...
- Estava escrito que o corpo foi achado na floresta com o crânio esmagado.
- Brahms... Você..
- ÓBVIO QUE NÃO!
Ele diz enquanto soca outra vez a parede do quarto, abrindo ainda mais as madeiras quebradas...
- O que aconteceu depois?
- Era a porra do meu aniversário! E essa desgraça tinha que acontecer!! A polícia descobriu pouco tempo depois, mas quando chegaram para me interrogar, a mansão já estava em chamas.
Tudo tão trágico... E ao mesmo tempo assustador...
- Meus pais não sabiam o que fazer, nem eles acreditaram quando disse que não havia feito aquilo... Mas ainda assim, tentaram me esconder no incêndio.
- E então.. Acharam que você morreu, mesmo tentando ser uma forja.
- Mas estou mais do que vivo.
- Meu Deus, Brahms...
- DROGA! Isso foi há doze anos atrás! E ainda tenho que conviver com esse peso...
- Não acho que possam te incriminar por um acidente tão antigo...
- Não é apenas isso, Greta.
- O que mais poderia ser..?
- Várias mulheres vieram trabalhar aqui durante esses anos, meus pais insistiam em arranjar uma babá para o boneco.
- E o que aconteceu com elas? Foram demitidas?
Por alguns segundos um silêncio desconfortável se faz no quarto, com Brahms virando sua máscara em minha direção.....
- Nunca gostei de nenhuma delas.
- Meu Deus....
Agora eu entendia o quão grave era a situação, não era apenas uma garotinha morta, mas sim várias mulheres.
- Quantas, Brahms??
Ele hesitava em responder... Parava de me encarar e fixava seus olhos nas madeiras afundadas em sua frente.
- QUANTAS?!?
- Dezoito.
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Notas da autora:Quem mata mais babás?
Brahms ou Michael Myers? Façam suas apostas!
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Brahms - Conexão Fatal
Fanfiction๑Dark Romance๑. +18 Apenas um boneco... Um maldito boneco... Ao menos era isso o que todos pensavam. Não, Brahms nunca foi só isso. Ele surgiu por entre as paredes da mansão, seu corpo foi até mim... Todo aquele tempo cuidando de um boneco de porce...