CAP. 61 - Sugestões Frias

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Brahms respira profundamente ao meu lado, sentando sobre a cama enquanto trocava olhares comigo. Ele se levanta e caminha até a porta do quarto, sentia sua aura ficar totalmente fria.

A. - Senhor Brahms...

Alfred fala enquanto tocava o seu ombro ariscamente, impedindo Brahms de andar pelo corredor.

A. - Se o senhor me permitir opinar... Greta deveria atendê-los.

- Eu??

Falo enquanto sento na ponta da cama, amarrando o lençol por meu corpo e fazendo meu caminho até o banheiro, mas ainda os encarando.

- Qual a sua ideia, Alfred?

A. - Eles não sabem que o senhor está vivo... Não falaram-me o que queriam, apenas que necessitavam do responsável pela mansão. Caso achem o senhor suspeito de algo, não sabemos o que pode acontecer.

Brahms passa sua mão por seus cabelos ondulados, bagunçando-os, fazendo os fios caírem ainda mais por sua máscara pálida.

- Faria-me este favor, Greta?

Estava na porta do banheiro, encarando-os, sem saber qual reação eu teria diante desta situação.

- Claro, dê-me três minutos.

- Alfred, avise-os que ela já está a caminho.

O mordomo sai rapidamente pelo corredor, ouvia os seus sapatos pretos e brilhantes ecoarem pelo piso polido.

Viro minhas costas e largo o lençol no chão, sem tempo a perder, começando a pentear os meus cabelos e a lavar meu rosto, mas ainda assim percebo Brahms entrar no banheiro comigo.

- Ficarei junto o tempo todo.

- Como?

Escuto apenas três toques nas paredes ocas do banheiro, já sabia o que isso significava...

- Seja lá o que eles quiserem, acha que seria por causa daquele verme?

- Qual deles?

- O que eu matei.

- Ah... Cole... Acho difícil, pois ele não tinha família, nem muitos amigos que se preocupassem o suficiente com ele, bêbados... Mas não podemos descartar a ideia. Afinal... O que você fez com o corpo dele?

Digo enquanto corro em direção ao corredor, procurando o closet com uma toalha enrolada em meu corpo.

- O que fiz com todos os outros.

Brahms estava na porta do closet, encarando-me vestir um vestido roxo opaco, soltando os meus cabelos logo em seguida... Agora minha feição estava assustada para ele, mesmo Brahms parecendo estar totalmente calmo...

Olho no espelho em minha frente, mas assim que o encaro outra vez, ele já havia sumido... Agora não era hora para pensar nisso, tinham coisas mais importantes para serem feitas.

Coloco saltos pretos de bico fino nos pés, brincos simples, assim como o colar, acho que já estava apresentável o suficiente.

Alfred estava no final da escada do segundo andar, desço apressada até ele que estende sua mão para mim..

A. - Não tivemos tempo para conversar, não é, senhora?

Seu rosto era simpático para mim, sua idade parecia deixá-lo ainda mais querido...

A. - Não importa, qualquer problema, não hesite em me chamar, estarei na sala ao lado.

- Obrigada, Alfred.

Já poderia enxergar a porta aberta se aproximando, com quatro homens, em seus uniformes de policial, me encararem da cabeça aos pés quando viram-me caminhar.

Agora posiciono-me na entrada da porta, com o mais caloroso dos sorrisos. Mas um homem destoava-se entre eles, o qual usava um terno preto, óculos escuros e uma pasta em sua mão. Era ele quem me dirigiu a palavra.

?. - A senhorita deve ser a Greta Evans, estou correto?

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now