CAP. 26 - Um Novo Caminho

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Eu sentia Brahms se controlar entre sua respiração abafada atrás da máscara... Queria apenas poder arrancar aquilo de seu rosto e ver quem ele realmente era.

Coloco lentamente dois dedos entre nossos "lábios", olhando com ternura para os seus olhos...

Mas agora sua mão fica sobre a minha no chão, que logo segura o jornal em minha mão... Meus olhos correm para o jornal enquanto ele abre, vendo de qual se tratava.

Suas mãos amassam aquilo, levantando-se e socando a prateleira atrás de mim... Dou um pulo no chão em seguida, fechando ainda mais a coberta.

- Vou ter que amarrar você na cama??

Sua voz era grossa e irritada, eu o encarava de cima abaixo, não poderia sair daquela situação tão facilmente.

- V-você me deixou sozinha aqui!

Brahms segura o meu braço, fazendo-me levantar de uma só vez e ficar em pé na sua frente...

- Se eu te deixasse sozinha com uma arma, atiraria em si mesma??

- Claro que não! Se não quer que eu mexa nas suas coisas, então me coloque em outro quarto!

Seus olhos revistam o meu corpo assim como fiz com o seu...

- Se é isso o que deseja

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- Se é isso o que deseja...

Suas mãos seguram os meus pulsos, indo em direção ao meu rosto, sentindo sua porcelana fria outra vez em minha pele...

Até quando iríamos ficar nessa situação..? Mas se fosse para mim sair desse buraco, faria o que precisasse para ter uma cama descente e um banheiro limpo.

Deixo ele encostar sua máscara em meus lábios, já que era isso o que Brahms desejava... Não estaria me fazendo nenhum mal aquela situação.

Além disso... Eu sentia algo forte por esse homem, algo que não poderia explicar, mas que cada vez ficava mais claro.

Percebo suas mãos descerem até a minha cintura, aproximando-se da minha bunda... Meu corpo paralisa com o seu toque, imaginando o que ele iria fazer comigo se eu deixasse aquela situação propagar.

- V-você vai me tirar daqui..?

Falo tentando deixar a situação mais suave e tentando impedir que ele arranque o meu cobertor.

Brahms estende sua mão para mim, seguro-a levemente e o sigo para a saída do porão. Ele já havia pego o prato de comida que segurava em sua outra mão.

Seus olhos interviam entre mim e o caminho a frente para a saída do porão, não queria nunca mais voltar para esse lugar...

Brahms - Conexão FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora