Minha perna estava latejando a todo momento, não conseguia conter meus gemidos de dor ao sentir aquilo. O sangue não parava de sair em minha coxa, a sensação estava sendo o inferno.
Brahms estava subindo as escadas até o segundo andar outra vez, não conseguia prestar atenção em nada com aquele ferimento enorme em mim, apenas no quanto estava doendo...
Passava os dedos por meus olhos, apertando-os, tentando conter as lagrimas... Aonde eu estava com a cabeça para tentar fugir sem um plano de fuga... Óbvio que as portas iriam estar fechadas, deveria ter ido direto para o porão.
Percebo que Brahms passa direto pelo quarto aonde eu estava, fazendo-me encará-lo em apreensão.
- Para onde está me levando??
Mas ele nada diz, simplismente entra no quarto antigo de seus falecidos pais... Não consigo ver nada pois estava completamente escuro. A noite do lado de fora também não colaborava para a minha visão, o breu já estava feito...
Sinto seus braços deixarem-me sobre algo fofo e macio, acho que era a cama do quarto. Em alguns instantes Brahms acende a luz do local e vejo-o ao longe perto do dijuntor, andando em minha direção...
Tudo ali estava mudado, não reconhecia nada daquele lugar, todos os utensilios que eram de seus pais não estavam mais aqui... A decoração era bem neutra, parecendo estarmos em outra casa.
- Você fez isso...?
Falo tentando ignorar a dor e o momento em que estavamos, aquilo realmente teria sido uma surpresa de se ver.
- É o meu quarto.
Talvez se eu falasse que para quem morava em um porão, isso estava bem acima de todas as minhas expectativas sobre Brahms.
- Vou precisar tirar sua calça.
Ele diz abrindo o meu zíper, não dando-me tempo para dar-lhe uma resposta. Dou um grito de dor ao desgrudar o tecido da calça jeans da minha ferida ensanguentada...
Atrás de mim, havia uma pequena caixa de medicamentos, nem se quer havia notado aquilo até Brahms puxa-lá para si e pegar uma faixa de gaze, junto de uma agulha e fio.
- V-você vai costurar??
- Antes vou limpar.
- Você realmente sabe fazer isso?
A preocupação em minha voz era clara, estava com medo apenas por olhar para aquelas enormes mãos segurando aquela agulha tão pequena.
- Claro.
Ele joga em meu ferimento o que parecia ser soro e logo em seguida um medicamento que não sabia o que era, aquilo ardia demais... Dava pequenos espasmos ao sentir aquele líquido entrar por minha pele, não poderia negar que o corte era profundo.
- Greta...
Minha atenção sai do machucado e foco em sua face em minha frente.
- Eu deveria deixar você apodrecer com esse corte.
Abaixo a cabeça em seguida, eu entendia o seu ódio... Mesmo eu tentando fugir, ele estava cuidando de mim. Sentia-me envergonhada por ter feito isso e ainda estar sendo ajudada por ele.
- Você me deixou sozinha por dias.
Falo enquanto ele dava pontos apertados em minha coxa, tentava ser forte e conter meus gemidos de dor por fazer aquilo sem anestesia alguma.
- Então você queria me ver mais vezes?
Fico calada, não conseguindo dar uma resposta, pois meu ódio ainda estava entalado em minha garganta... Mesmo que a resposta fosse sim.
- Se esse é o caso, você ficará aqui de agora em diante.
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Brahms - Conexão Fatal
Fanfiction๑Dark Romance๑. +18 Apenas um boneco... Um maldito boneco... Ao menos era isso o que todos pensavam. Não, Brahms nunca foi só isso. Ele surgiu por entre as paredes da mansão, seu corpo foi até mim... Todo aquele tempo cuidando de um boneco de porce...