CAP. 40 - Ferimentos Profundos

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Minha perna estava latejando a todo momento, não conseguia conter meus gemidos de dor ao sentir aquilo

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Minha perna estava latejando a todo momento, não conseguia conter meus gemidos de dor ao sentir aquilo. O sangue não parava de sair em minha coxa, a sensação estava sendo o inferno. 

Brahms estava subindo as escadas até o segundo andar outra vez, não conseguia prestar atenção em nada com aquele ferimento enorme em mim, apenas no quanto estava doendo...

Passava os dedos por meus olhos, apertando-os, tentando conter as lagrimas... Aonde eu estava com a cabeça para tentar fugir sem um plano de fuga... Óbvio que as portas iriam estar fechadas, deveria ter ido direto para o porão. 

Percebo que Brahms passa direto pelo quarto aonde eu estava, fazendo-me encará-lo em apreensão. 

- Para onde está me levando??

Mas ele nada diz, simplismente entra no quarto antigo de seus falecidos pais... Não consigo ver nada pois estava completamente escuro. A noite do lado de fora também não colaborava para a minha visão, o breu já estava feito... 

Sinto seus braços deixarem-me sobre algo fofo e macio, acho que era a cama do quarto. Em alguns instantes Brahms acende a luz do local e vejo-o ao longe perto do dijuntor, andando em minha direção...

Tudo ali estava mudado, não reconhecia nada daquele lugar, todos os utensilios que eram de seus pais não estavam mais aqui... A decoração era bem neutra, parecendo estarmos em outra casa.

 A decoração era bem neutra, parecendo estarmos em outra casa

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- Você fez isso...?

Falo tentando ignorar a dor e o momento em que estavamos, aquilo realmente teria sido uma surpresa de se ver. 

- É o meu quarto. 

Talvez se eu falasse que para quem morava em um porão, isso estava bem acima de todas as minhas expectativas sobre Brahms.

- Vou precisar tirar sua calça. 

Ele diz abrindo o meu zíper, não dando-me tempo para dar-lhe uma resposta. Dou um grito de dor ao desgrudar o tecido da calça jeans da minha ferida ensanguentada...

Atrás de mim, havia uma pequena caixa de medicamentos, nem se quer havia notado aquilo até Brahms puxa-lá para si e pegar uma faixa de gaze, junto de uma agulha e fio.

- V-você vai costurar??

- Antes vou limpar.

- Você realmente sabe fazer isso?

A preocupação em minha voz era clara, estava com medo apenas por olhar para aquelas enormes mãos segurando aquela agulha tão pequena. 

- Claro.

Ele joga em meu ferimento o que parecia ser soro e logo em seguida um medicamento que não sabia o que era, aquilo ardia demais... Dava pequenos espasmos ao sentir aquele líquido entrar por minha pele, não poderia negar que o corte era profundo.

- Greta...

Minha atenção sai do machucado e foco em sua face em minha frente. 

- Eu deveria deixar você apodrecer com esse corte. 

Abaixo a cabeça em seguida, eu entendia o seu ódio... Mesmo eu tentando fugir, ele estava cuidando de mim. Sentia-me envergonhada por ter feito isso e ainda estar sendo ajudada por ele.

- Você me deixou sozinha por dias.

Falo enquanto ele dava pontos apertados em minha coxa, tentava ser forte e conter meus gemidos de dor por fazer aquilo sem anestesia alguma.

- Então você queria me ver mais vezes?

Fico calada, não conseguindo dar uma resposta, pois meu ódio ainda estava entalado em minha garganta... Mesmo que a resposta fosse sim. 

- Se esse é o caso, você ficará aqui de agora em diante. 

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now