Gabriel Agreste|06

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- qual parte você quer fazer? - digo abrindo o meu caderno

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- qual parte você quer fazer? - digo abrindo o meu caderno.

- nada, faz tudo para mim - ele diz se jogando na cama agora com uma bermuda.

Suspiro e me sento na beira da cama, começo a escrever e fico cerca de duas horas pesquisando e escrevendo, durante esse tempo o Adrien saiu do quarto uma vez e agora já estava no quinto sono, mas eu continuava a escrever.

Eu não entendo porquê as pessoas falam para eu fazer o trabalho na casa delas em vez na minha, já que eu acabo fazendo sozinha mesmo, mas acho que é para eles não parecerem tão merdas.

Termino o trabalho e coloco o meu nome e o de Adrien, não queria ele reclamando no meu ouvido depois.

- Adrien, terminei - chego próximo dele com a minha mochila nas costas e o meu caderno de desenhos em mãos - ei Adrien.

Ele dormia calmamente, tinha cara de anjo até, mas não era. É o famoso as aparências enganam.

- Adrien.

- Se você me chamar mais uma vez eu deixo você ir a pé para casa - ele diz e abre os olhos.

- desculpa, pensei que não tinha acordado ainda - digo olhando para o outro lado.

Ele se levantou e calçou seus chinelos, não me olhou e saiu do quarto, vou atrás dele e paro assim que ouço um choro baixo.

- o que foi? - o loiro perguntou.

Olho em direção a uma porta e chego perto ouvindo o choro.

- quem que dorme aqui? - pergunto ainda olhando para a minha porta.

- a bosta da minha irmã de quatro olhos. Vamos logo lesada.

Bato duas vezes na porta e abro a mesma um pouco, vejo Alya descendo a escada que dá em sua cama.

Bato duas vezes na porta e abro a mesma um pouco, vejo Alya descendo a escada que dá em sua cama

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- Marinette? O que quer aqui? - ela diz chegando perto de mim.

Entro no quarto e paro em sua frente, olhei em seus olhos um pouco avermelhados e cheguei a conclusão que ela estava realmente chorando.

- o que aconteceu para você estar chorando?

- ela não estava chorando - Adrien diz sendo burro.

- é, eu não estava chorando - Alya disse abrindo um sorriso para mim.

Eu também sei esconder Alya.

- vamos logo quatro olhos.

- Alya, o que aconteceu? - insisto e ela fica quieta de vez, o loiro bufou irritado.

- se vire para chegar em casa! - e finalmente ele saiu do quarto.

- pronto, agora ele já saiu.

- eu vou pedir para o Gorila te levar.

- Gorila? Vocês tem um Gorila? - pergunto confusa.

- não, é o apelido que eu e o Adrien demos para o nosso motorista, não temos um Gorila de verdade - ela diz e solta uma risada junto com um sorriso.

Ficamos um tempo em silêncio e eu ainda estava preocupada com ela chorando.

- Alya, o que aconteceu?

- o meu irmão veio aqui e falou para eu nunca mais entrar no quarto dele por que fica com cheiro de peixe morto, e se eu entrar de novo ele vai usar o meu cabelo como esfregão - ele diz abaixando a cabeça e com a voz um pouco falha.

Estava ao ponto de chorar novamente.

Chego perto dela e a abraço, ela retribuiu e eu tentei confortar ela.

- você não cheira peixe morto, você tem cheiro de... - cheiro o cabelo dela - Doritos? - me separo dela e ela ri baixo.

- eu às vezes escondo alguns aqui no quarto para o Adrien não pegar, aí eu como a noite, é por isso.

- faz sentido - nós duas rimos agora.

- vamos, já está muito tarde e eu não quero que o meu pai te veja aqui - ela diz e segura a minha mão logo saindo do quarto, a sigo.

- por que não quer que ele me veja?

- ele é muito frio, e sempre olha torto, tenho medo dele te tratar mal.

Tratar mal o Adrien já me trata todo dia.

Ela solta a minha mão e desce as escadas correndo, desço atrás dela e tropeço no último degrau caindo de cara no chão, meu caderno de desenho sai rolando e a porta de uma sala alí se abriu fazendo o caderno bater no pé de alguém.

- de quem é isso? - levanto o meu olhar para o homem vendo alto.

Ele pega o meu caderno e eu me levanto rapidamente, chego perto dele.

- é meu senhor - digo um pouco com vergonha e percebi minha visão meio embaçada.

- Marinette - Alya diz me chamando, me viro para trás e ela chega perto de mim - seu óculos quebrou.

- aaaaah não, porque tudo só da errado comigo?

Ela me entregou o óculos quebrado e eu coloquei próximo de meu rosto voltando a enxergar tudo nítido, mas segurando as duas partes do óculos. Olho em direção ao homem que pegou o meu caderno e quase morro.

Gabriel Agreste.

- você que fez esses desenhos? - ele pergunta folheando o meu caderno.

Eu tinha travado, estava sem reação, o que dizer? O QUE DIZER????

- sim pai, ela que faz - Alya respondeu por mim.

- você tem talento senhorita... - esperou eu dizer meu nome.

- M-marinette - respondo morrendo de vergonha.

- deveria investir nisso - ele diz e me entrega o caderno.

Pego o caderno e enfio dentro da minha bolsa.

- e-eu quero seguir carreira de estilista, designer de moda sabe - digo sorrindo.

- talvez eu te financie quando estiver madura e não gaguejar mais.

Ele passa por mim e eu respiro fundo guardando os meus óculos quebrado.

- eu fiz tudo errado não é? - digo me sentindo derrotada.

- não, até que foi bem, é muito raro ele elogiar as pessoas - Alya diz tentando me confortar - minha mãe vai amar você.

- é, mas eu espero nunca mais voltar aqui na verdade.

Prazer, Marinette [Em Revisão]On viuen les histories. Descobreix ara