Nossa família...

443 47 50
                                    

Minha respiração estava ofegante e estava com frio, me encolhi mais no cobertor e vejo Emma entrando pela porta do quarto

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Minha respiração estava ofegante e estava com frio, me encolhi mais no cobertor e vejo Emma entrando pela porta do quarto.

- Papai, você não tem que me levar para a escola? - perguntou chegando perto de mim e subindo na cama com um pouco de dificuldade.

Meu corpo tremia e meu nariz estava entupido, me encolho mais e olho minhas mãos trêmulas, respiro fundo e pego meu celular na beira da cama logo entregando para Emma.

- liga para a tia Alya e fala para vir aqui o mais rápido possível ok? - peço baixo.

Ela concordou com a cabeça e pegou meu celular, começou a procurar o contato de Alya e eu fechei os olhos puxando o cobertor mais para cima, cada vez mais eu estava com mais frio.

Acabei caindo no sono em segundos e acordo novamente com Alya tocando meu pescoço, a olhei cansado.

- você estava na chuva ontem? Se estava esse é o motivo de você estar doente agora.

- é, eu fiquei um tempo na chuva - falo baixo e sorrio para ela.

- parabéns, anta - ela deitou sobre o meu corpo e fez carinho no meu cabelo, tá aí uma coisa que a gente fazia que paramos de fazer porque nos mudamos - cadê a Mari ein? Ela deveria estar com você, foi comprar doce para as baixinhas é? Se for eu perdôo porque as meninas são muito fofas e nem eu resistiria a um pedido delas.

- a Mari, ela... - desvio o olhar do de Alya.

- Mari, para, por favor - peço junto com um soluço sentindo meu coração doer e ela começou a andar mais rápido - amor, volta aqui! - nada, ela não volta. Respiro fundo e fecho meus punhos e olhos gritando para ela como se ouvesse alguma chance dela voltar - NÃO ME DEIXA!! POR FAVOR!!!

- acho que ela está na casa dela - me viro para o outro lado na cama e coloco a cabeça embaixo do cobertor, Alya se levantou da cama e ficou um tempo alí até sair do quarto sem dizer mais nada.

Passei a noite chorando (coisa idiota né?) Por ela, me sinto incompleto novamente, perdi ela uma, duas, e agora a terceira vez, não aguento mais isso. Será que nunca teremos uma vida feliz juntos?

É, pelo jeito não.

- toma isso daqui - ouvi Alya e me sento na cama a olhando, ela tinha um copo com pouca água e meio amarelada, a olho.

- não é veneno não né? - pergunto pegando o copo.

- sim, toma aí que daqui alguns minutos você morre - disse se sentando na cama e eu revirei os olhos.

Bebo a água e devolvo o copo para ela, me deito na cama novamente e cubro meus braços.

- tá, o que rolou com você e a Mari? - perguntou cruzando as pernas parecendo índio em cima da cama.

Observei o corpo dela vendo a barriga um pouco mais gordinha, ela está grávida, eu havia esquecido. Droga! Eu pedi para ela vir aqui mesmo estando grávida, vai atrapalhar a vida de outra pessoa Adrien!

- Adrien? - me chamou e eu levantei a cabeça a olhando - o que foi?

Estico meu braço em sua direção e toco sua barriga, sorrio de leve.

- acho que vai ser menina de novo - falo mudando de assunto.

- aaaaaaah nem vem, vai ser um menino, M E N I N O - ri dela.

- quer apostar?

- tá, bora apostar a sua casa.

- eu não sou doido de apostar a minha casa - ri da cara que ela fez.

- tá com medo de perder é? - faz cara de sabe tudo.

- eu não tenho medo, mas se eu errar a casa vai para você e eu vou ter que achar outra, e eu gosto dessa. Eu aposto três mil dólares.

- calma, dólares? Você sabe que não é a moeda da França né?

- sim, mas aí você já tem dinheiro para poder ir para os Estados Unidos quando quiser. Topa ou não?

- beleza, bora apostar - estendeu a mão na minha direção e eu estendi a minha.

Aperto a mão dela fechando em um acordo e eu bocejo, Alya sorriu e beijou minha testa antes de se levantar e cobrir o restante do meu corpo deixando só minha cabeça para fora.

- boa noite - disse antes de sair do quarto e apagar as luzes.

Termino de dar papinha para Maya e limpo a boca dela com um paninho, posso até estar aqui, mas a minha mente não

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Termino de dar papinha para Maya e limpo a boca dela com um paninho, posso até estar aqui, mas a minha mente não. Eu só consigo pensar em Adrien, ele estava na chuva, será que pegou um resfriado?? Ou uma febre???

- amor, estou saindo, volto a noite - ouço Adam e respiro fundo - não vai me dar um beijinho de tchau?

- tchau - falo sem animação.

Ele veio até a cozinha e segurou meu braço me puxando fazendo eu me levantar, o olhei com desgosto e ele me beijou a força, não fechei os olhos em nenhum momento.

- tchau - disse sorrindo para mim e saiu dalí.

Adam pegou meu celular ontem depois que eu voltei, tive que chorar calada ao lado dele e agora me sinto destruída mais ainda. Ouço a porta ser fechada e espero alguns minutos, corro até a porta e tento abrir mas estava trancada, bato na porta com força três vezes e começo a chorar.

- Abra essa porta! Abra! - peço já começando a soluçar.

Eu não quero ficar trancada aqui dentro, eu não quero.

- Mama! - ouço Maya me chamando - Mama!

Desculpa filha, não quero que você me veja assim, não agora, eu só quero dar uma vida feliz para você, e não ao lado de alguém que eu nem sei se irá cuidar de você direito.

- Adrien, me desculpa - me sento no chão - desculpa por não conseguir ficar ao seu lado e não ter a nossa família juntos, desculpa Emma por não ser a mãe que você queria ter ao seu lado, desculpa!

Me encolho e fico alí chorando abraçando meu corpo, eu estou com medo do que o futuro tem para mim.

Prazer, Marinette [Em Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora