Crise de Ansiedade|07

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Chego na escola sem os meus óculos mesmo, mandei concertar e era um pouco difícil de enxergar, mas tudo bem

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Chego na escola sem os meus óculos mesmo, mandei concertar e era um pouco difícil de enxergar, mas tudo bem.

Vou até o palco do pátio e me sento alí no canto isolada como sempre, após alguns minutos alguém senta ao meu lado.

- Mari, o que está fazendo aqui sozinha? - ouço a voz de Alya e sorrio.

- eu gosto daqui.

- posso ficar aqui com você? - assentio para ela e ela se sentou ao meu lado.

- não sabia que estudava aqui.

- estudo, só que não volto para casa com Adrien, eu sempre vou a pé pois gosto de andar, eu sei que é estranho mas eu gosto de ver a paisagem - disse dando de ombros.

- eu tô vendo tudo embaçado, não vejo a hora de comprar as minhas lentes de contato ou parar de usar óculos.

- quando eu tiro meus óculos eu não enxergo nada, mas eu tenho um reserva - ela diz e eu me ajeito alí tentando não ficar muito perto dela.

Nunca tive tanta aproximadamente assim.

- eu deveria ter pensado nisso. Você não tem amigos Alya?

- tenho o meu melhor amigo Nino que também é o melhor amigo do meu irmão, mas eles são muito diferentes. Nino é educado, fofo e romântico comigo, Adrien despreza e xinga as pessoas, nem sei como eles se dão tão bem.

- Nino já zombou de mim também - ela me olhou incrédula - eu acho que tem alguém apaixonado na irmã do melhor amigo - sorrio para ela e a mesma tampa o rosto com vergonha.

- para de falar besteira Marinette - disse baixo.

- não estou falando besteira, estou falando sério - o sinal toca e eu me levanto do palco - bem, eu tenho que ir para a sala.

Arrumo minha mochila nas costas e começo a andar.

- Ei Mari! Espera! Você vai... - chego aonde não tem mais chão e eu acabo caindo do palco - cair...

- merda - digo baixo e sinto alguém segurar a minha cintura me colocando de pé novamente.

- você está bem? - uma voz que eu não conhecia pergunta.

- sim, desculpa, eu estou sem meus óculos.

- quer ajuda então para chegar até a sua sala?

- tá falando sério?

- claro, porque não? - ele segura a minha mão - qual é a sua sala?

- nono ano B.

- certo senhorita...

- Marinette - sorrio para ele.

- o meu nome é Luka, Marinette.

Ele saiu me guiando até a sala e em poucos minutos estávamos na frente da minha sala.

- bem, se precisar da minha ajuda eu sou do nono ano C.

- obrigada Luka.

Entro na minha sala e trombo com alguém que segura a minha cintura não me deixando ir ao chão.

- você não consegue ficar um dia sem ser lerda? - era o Adrien - ué, cadê seu olho duplo?

Me solto dele e vou para a minha carteira, bato na mesa de alguém sem querer e ouço Lila dessa vez.

- olha por onde anda, cega!

- ela está sem óculos, é uma cega mesmo - ele riu.

Vou até a minha carteira e me sento, tampo o meu rosto ouvindo os comentários de Adrien e Lila.

- vai chorar agora é cega? - Adrien continuou falando.

Me encolho na carteira e ouço os passos dele, meu coração acelera a cada segundo e sinto a mão dele passar pelos meus ombros e ir até o meu cabelo aonde ele segurou e puxou para trás fazendo eu olhar no rosto dele, as lágrimas começam a descer pelo meu rosto e minha respiração ficou ofegante. Adrien pareceu um pouco confuso enquanto me olhava, tusso um pouco e minhas mãos começam a ficar trêmulas.

- m-me solte Adrien - ele soltou o meu cabelo.

Respiro fundo mas com dificuldade, começo a chorar mais e Adrien segurou o meu braço com força me fazendo levantar mas eu logo caio, ele passa o braço em torno da minha cintura não deixando eu ir de encontro ao chão.

- o que houve? - era a voz de Lila.

Percebo que começou a formar uma rodinha a nossa volta, eu suava frio e me sentia fraca, continuei chorando e tentava me soltar de Adrien.

- ei lerdona, olha pra mim - Adrien diz e eu nego com a cabeça - estou mandando!

- para cara, não está vendo que ela tá passando mal? - Nathaniel diz um pouco afastado da gente.

- eu estou vendo porra! - o loiro disse irritado.

- então para de tratar ela assim só por um tempo caralho!

Adrien respirou fundo e me pegou no colo logo me sentando na minha mesa fazendo ele ficar a minha frente, suas mãos pararam dos dois lados do meu rosto e ele olhou nos meus olhos.

- olha aqui lerdona, você está tendo uma crise de ansiedade, você tem que controlar a sua respiração para poder se acalmar - disse daquele jeito idiota dele - respira fundo e inspira, e olha nos meus olhos. Se você desmaiar aqui eu que vou estar fudido - seguro os braços dele e tento o afastar de mim - PARA DE GRAÇA PORRA! SÓ FAZ O QUE EU ESTOU MANDANDO!

Respiro fundo e fiquei o olhando nos olhos, aos poucos minha respiração foi voltando ao normal e minhas mãos pararam de tremer, paro de chorar e estranhamente o olhar sereno dele me acalmou. As mãos dele saíram do meu rosto com delicadeza e ele se afastou de mim voltando para o seu lugar sem falar mais nada.

Queria entender o porque dele ter me ajudado agora.

Queria entender o porque dele ter me ajudado agora

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Vou postar mais 4 capítulos antes de ir dormir...eu acho

Prazer, Marinette [Em Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora