Prazer, Marinette [Em Revisão]

Vamos ter que separar eles

Eu estava sentada no sofá com os meus pais no outro, cruzo as pernas como perninha de índio e olho os dois a minha frente.

- então, vocês devem conhecer aquela música do Brasil, deixa acontecer naturalmente - falo tentando tirar o clima tenso.

- fale logo Marinette! - meu pai disse sem paciência.

- pai, a três anos atrás o Adrien me beijou e eu senti milhares de borboletas na minha barriga, eu pensei que era por que foi o meu primeiro beijo mas na verdade eu já estava começando a gostar dele, aí aconteceu essa coisa toda de eu ir para o Brasil, meu psicológico melhorar aí eu voltei e ele estava muito mal, eu tô ajudando ele sabe, Alya disse que eu faço bem para ele e isso é bom, então, tá rolando sabe, eu tô voltando a gostar dele e ele, ele eu não sei, mas acho que também está gostando de mim.

- ele é um bom garoto, só é muito pra baixo - minha mãe se pronunciou.

- filha, depois de tudo que ele te fez você dá o seu perdão de mão beijada, ele fez você ter crises e várias crises de ansiedade - meu pai estava indignado.

- eu não perdoei ele e ele ainda não tem totalmente a minha confiança, eu não sou mais assim, mas tá rolando pai, eu não escolho de quem eu quero gostar.

- sim filha, mas ele te fez mal - meu pai continuou insistindo.

- os meus avós tinham todos contra eles e mesmo assim eles se casaram - cruzo os braços.

Meus avós tem uma história muita doída, eles se conheceram na segunda guerra mundial, a minha avó era francesa e meu avô japonês, eram dois países que estavam em guerra um contra o outro, a França tinha Reino Unido, União Soviética e Estados Unidos, já o Japão tinha a Alemanha e a Itália, países contra países, mortes e mais mortes, bombas, explosões, tiros, todos se escondendo e mesmo assim eles se conheceram e se apaixonaram, infelizmente eu não conheci eles mas vou levar essa história para a vida inteira.

- sim filha, mas eles eram mais velhos e mais sábios - meu pai disse e eu me seguro para não revirar os olhos.

- ele não vai me fazer mal, se fizer, eu mesmo acabo com ele - falo querendo encerrar o assunto.

- vamos confiar na Marinette, amor, ele está diferente e eu percebi até na forma como ele a olha agora - minha mãe disse dando um sorriso doce e meu pai ainda estava sério.

- não, eu não quero ver a minha filha daquele jeito novamente, está me escutando Marinette? Não quero ver você com ele!

Senti meu coração se apertar e eu me levanto subindo correndo as escadas e indo até o quarto de hóspedes que eu disse para as meninas usarem, bato duas vezes na porta e entro vendo as duas tirando roupas da mala.

- vocês pretendem ficar aqui por muito tempo? - falo me sentando na cama.

- não, temos que voltar para a escola ainda, mas uma semana ou duas sem ir não vai fazer falta - Kyoko disse sorrindo e piscou para mim mas logo seu sorriso se desmanchou - o que houve amiga?