Hugo e Louis

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- senhor Adrien - ouvi meu nome e abri meus olhos vendo a mesma médica de mais cedo alí junto com um enfermeiro e uma cadeira de rodas - vim buscar a Marinette

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- senhor Adrien - ouvi meu nome e abri meus olhos vendo a mesma médica de mais cedo alí junto com um enfermeiro e uma cadeira de rodas - vim buscar a Marinette.

Concordei com a cabeça e desapoiei Marinette do meu peito a deitando na maca, a ouvi resmungar e ri baixo me levantando da maca.

- desculpa, nem perguntei seu nome - falo com a médica.

- pode me chamar de Monica - sorriu para mim -

- e para onde vão levar ela? - pergunto olhando a minha mulher bocejando e esfregando os olhos agora, parecia que estava em um sono bom e eu a interrompi.

- para ver os filhos de vocês - sorriu para mim.

- podemos ver eles?

- sim, mas só por alguns minutos, e eles também precisam ser amamentados.

- ocorreu tudo bem na cesária? - ouço a voz de Marinette um pouco rouco por ter acabado de acordar - não me contaram o que aconteceu, eu só apaguei.

Sinto meu coração doer um pouco de lembrar que eu quase a perdi de novo, seguro sua mão e abaixo a cabeça.

- Marinette, tivemos várias complicações durante a cesária - a médica começou a falar enquanto abaixava a parte de ferro da maca que protege - você está com uma anemia grave, seu corpo perdeu muito sangue, e foi uma cesária prematura com os fetos não totalmente prontos para nascer, os riscos foram bem maiores. E também um deles estava com o cordão umbilical no pescoço, tivemos que fazer reanimação em você e nele.

- reanimação? - senti sua mão apertar a minha forte.

- mas vocês estão vivos Mari, vivos e bem - falo tentando a confortar vendo seus olhos demonstrando preocupação - e agora vamos poder ver os pequenos, tá?

- uhum - respondeu baixo.

A médica a ajudou a se sentar e o enfermeiro trouxe a cadeira de rodas por perto, ela se levantou e se sentou na cadeira. Monica arrumou o soro e a bolsa de sangue que já estava quase no final no suporte alto da cadeira de rodas.

O enfermeiro segurou na parte de trás da cadeira e sem dizer nada saiu seguindo Monica, fui atrás deles.

- se eles são prematuros, não tem problema eles beberem o leite materno? É que eu não sei muito dessas coisas, dentro da barriga eles não tomam leite sabe - pergunto colocando as mãos nos bolsos.

- não, os fetos se alimentam de tudo que a mãe come, por isso que é bom a mãe nunca passar fome e comer um pouco mais, e também é por isso que elas sentem mais fome e desejos estranhos, quer dizer que o corpo está com falta de alguns nutrientes - percebi Marinette fechar a mão forte como se estivesse com algum sentimento ruim - e o leite materno sempre será importante em qualquer circunstâncias, só que eles não tem tanta força para sugar o leite ainda, então teremos que dar em um copinho pequeno por enquanto, mas em alguns dias eles já conseguiram beber direto do peito da Marinette.

Sorrio para ela e abaixo a cabeça, em alguns dias eles já estarão mais fortes então.

Entramos em uma sala e vi duas encubadoras acrílicas, o enfermeiro deixou a cadeira de rodas próximo da poltrona que também havia alí e foi para perto de uma das incubadoras, ele parece ser meio antisocial.

- pode se sentar também, vou pegar eles para vocês - Monica disse indo até uma das encubadoras.

Me sentei na poltrona e olhei Marinette que estava de cabeça baixa e parecendo com os pensamentos longes. Monica voltou com um ser humaninho pequeno em suas mãos e o enfermeiro segurando alguns fios que estava ligado ao pequeno, Marinette "voltou para a terra" e pegou o bebê com cuidado com as instruções da médica, apoiou sua cabeça abaixo de seu ombro tendo seu corpo deitado em seu peito, suas mãos ficaram nas costas dele e por baixo dele para o dar apóio.

- ele é tão pequeno - a azulada disse baixo o olhando apoiado em seu peito.

Monica deu a volta indo para a outra incubadora e abriu a mesma, pegou o outro bebê e trouxe para mim, o peguei do mesmo jeito que ela mandou Marinette fazer. O olhei vendo bocejar e sorri.

- vou deixar vocês a sós, voltarei em dez minutos para poder amamenta los - a loira de jaleco disse antes de sair da sala junto com o enfermeiro.

- está tudo bem Mari? - pergunto vendo seus olhos marejarem e ela começa a chorar assim que eu pergunto.

- é culpa minha - disse baixo - se eu tivesse me cuidado, ou tomado os remédios certos e não esquecido, eles ainda estariam dentro da minha barriga, saudáveis, e não prematuros aqui, não teria que fazer reanimação pois eles estariam bens.

- não fala isso...

- você sabe que é verdade. Eu poderia ter matado eles - fechou os olhos chorando - eu poderia ter... poderia...

- amor - a chamo baixo e seus olhos azuis se abriram - você não tem culpa, você não sabia que estava grávida, não sabia que eles iriam ter problemas com a cesária, não sabia que isso tudo iria acontecer, não tem como prever algo que você não saiba.

- você pode... - levantou a cabeça me olhando - me chamar assim sempre?

- assim como?

- de amor, quero que você me chame assim.

- eu te chamei assim? - eu não notei - me desculpa, eu não percebi.

- não, eu quero que me chame assim a partir de agora, por favor, eu me sinto bem quando você me chama de "amor".

Se sente bem?

Calma, quer dizer que estamos voltando?

- enquanto eu estava inconsciente, você pensou em nomes? - perguntou acariciando as costas do pequeno em seu peito ainda.

- não, sem idéias - sorrio envergonhado.

- quando pequena, eu queria dois filhos só para poder dar os nomes de dois personagens de um desenho que eu assisti, isso é meio idiota, mas eu queria.

- e qual era os nomes?

- Hugo e Louis - fechou os olhos - esses são os nomes.

Prazer, Marinette [Em Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora