Só o ar de Paris já era diferente de Brasil, Paris tem cheiro de amor e capuccino, já Brasil tem cheiro de comida e música, as músicas do Brasil são incríveis, umas tem que dançar com os pés que eu identifiquei ser samba, já outras tem que mexer o quadril que era o famoso Funk, aprendi a dançar ambos.
Saio do aeroporto de Paris e vou até um dos Táxis parado alí, coloco minhas malas no porta malas entro e falo o endereço da casa dos meus pais logo fechando a porta, observei a cidade passando pelo vidro e praticamente nada havia mudado, as mesmas lojas, casas, até os senhorzinhos que iam para a praça todo dia cedo estavam lá, que bom que não morreram não é?
Após alguns minutos o carro estaciona em frente a minha antiga moradia, do o dinheiro ao motorista e agradeço logo saindo, espero o motorista sair do carro e abrir o porta malas para mim pegar minhas malas.
Vocês devem estar achando estranho pois eu sai do meu apartamento só com uma bolsa, mas é porque eu já havia despachado as malas mais cedo.
- será que eu poderia ajudar a senhorita com as malas? - ouço uma voz muito bem conhecida ao meu lado assim que o carro sai.
- Jorge! - praticamente grito quando o vejo, o abraço forte e ele retribui, ficamos um tempo abraçados e eu já estava com vontade de sair com ele rodando a cidade enquanto ele contava suas mil histórias - estava com tanta saudades - falo assim que me solto dele.
- também estava Senhorita Marinette - ele sorriu e pegou duas malas minhas enquanto eu pego a terceira - quando a senhora Charlie descobriu que você estava vindo ela quis fazer vários tipos de comidas brasileiras e francesas.
- que bom, pois eu estava com muita fome, comi só algumas panquecas e já embarquei.
Entramos dentro de casa e já pude sentir o cheiro de macarrons saindo do forno, deixo minha mala alí mesmo e fui até a cozinha encontrando Charlie tirando uma bandeja de macarrons do forno, espero ela colocar sobre o fogão para poder a chamar.
- Charli! - digo animada.
A senhorinha me olhou e deu um grande sorriso, chego perto e a abraço um pouco forte sentindo o cheiro doce que ela continha.
- oi joaninha - ela disse assim que nos afastamos - como você cresceu - sua mão acaricia a minha bochecha e eu sorrio - está tão linda.
- a senhora também está muito linda - a abraço mais uma vez - cadê os meus pais?
- foram terminar de arrumar sua matrícula na escola.
- minha mãe disse que já havia feito.
- ela fez eu lembrar de uma certa joaninha que sempre fala que já fez mais ainda irá fazer. Tal mãe, tal filha, não é mesmo?
Solto uma risada nasal e beijo a bochecha dela, saio da cozinha e percebo que Jorge já havia levado a minha mala, então eu subo as escadas indo em direção ao meu antigo quarto que eu tinha certeza que Charlie não mudou nada nele.
Acordo com a cortina sendo aberta e pude sentir cheiro de bebida forte, minha cabeça doía e eu queria voltar a dormir.
- vamos acordar bela adormecida! - Alya disse e puxou o cobertor de mim - que hoje já é um novo dia!
Coloco o travesseiro sobre o meu rosto e Alya continuou na beira da cama.
- me deixa Alya - digo baixo e com a voz um pouco rouca pois acabei de acordar.
- sabia que hoje é segunda não é? Temos aula, e o dia está muito lindo lá fora - ignoro ela e senti um carinho no meu cabelo - eu sei que é difícil não a ver mais aqui, mas ela não gostaria de ver você nesse estado. Porra cara, você já parou no hospital quatro vezes porque não comia direito.
- Eu não queria comer, só queria mor... - ela me corta.
- não! Não termine essa frase! - Alya tirou o travesseiro do meu rosto e me puxou para me levantar - você tem que viver, se não, com quem eu irei brigar?
Na verdade, agora eu só fico quieto a ouvindo, não consigo mais a xingar nem contrariar, então só fico quieto.
- anda, toma um banho e desce para comer algo - ela me deu um abraço e saiu do quarto.
Suspiro e olho as latinhas de cerveja no chão, já tenho 18 anos e nem sei o que eu quero ainda. A três anos atrás eu me afastei por completo da minha carreira de modelo e aos poucos parei com a fama de pegador e só tive Laila, mas não quis mais transar com ela então já vai fazer dois anos que eu não toco o corpo dela, sei que ela me traí ainda, mas eu preciso de uma âncora para me manter vivo, embora ela esteja ao ponto de desistir de mim.
Vou até o banheiro e percebo que as minhas olheiras estavam um pouco fortes e eu me sentia um pouco fraco também, não comia a dois dias e Alya não tinha percebido isso, bom para mim.
Tiro a minha roupa e vou até o boxe do banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água cair sobre o meu corpo, me apoio na parede sentindo a água em minhas costas e fecho os olhos, coloco as mãos na cabeça lembrando do único motivo para eu ainda não ter desistido de viver.
Pedir desculpas a ela.
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Prazer, Marinette [Em Revisão]
FanfictionMarinette Dupain Cheng é uma garota que ninguém gosta, rejeitada e excluída e acaba parando em uma brincadeira idiota, depois de tanta humilhação ela vai embora da cidade, e ela só irá voltar para se vingar de todos que a humilharam. 📢:: Essa fanfi...