Prazer, Marinette [Em Revisão]

Você não quer se arrepender depois

Enquanto Adrien dirigia eu olhava a cidade pela janela, não tínhamos trocado uma palavra desde que entramos no carro mas não era um silêncio que incomodava.

- Marinette, posso te perguntar uma coisa? - perguntou parando no sinal vermelho e eu o olhei.

- claro.

- àquele fichário que eu li outro dia, você... você estava escrevendo não era? - ele ainda lembra daquilo?

- sim, é um livro que estou escrevendo e se tudo der certo eu pretendo lançar ano que vêm - falo voltando a atenção para a cidade.

O sinal abriu e ele voltou a dirigir o olhei de canto e parecia um pouco curioso.

- pode fazer mais perguntas se quiser - digo me ajeitando no banco.

- nunca te vi escrevendo algo desse tipo.

- descobri esse talento quando estava no Brasil, tanto que comecei a escrever lá.

- do que se trata? - ele falou mudando a marcha do carro e apertando o volante.

- é de amor e aventura, uma mulher que descobre que só tem alguns meses de vida, ela começa a gastar seu dinheiro sem parar em cassinos e em um desses cassinos ela conhece Cristopher, um dos criminosos mais procurados do mundo, juntos eles vivem grandes histórias por três meses.

- muito criativo, espero que você me mande um exemplar assim que sair.

- sonha! - ele revirou os olhos e voltou a atenção para a estrada.

Pego o papel com os endereços vendo que o próximo era perto da pista de patinação e o que vêm depois é do outro lado da cidade, suspiro e guardo o papel no porta luvas novamente.

- eu que te fiz criar essa personalidade? - perguntou baixo.

- 50% foi culpa sua, mas fique sabendo que eu sou grossa só com você.

- você não vai me perdoar?

- não, vai demorar muito para eu poder te perdoar SE eu te perdoar.

Ele ficou quieto agora, mais alguns minutos e paramos em frente a pista de patinação, era do outro lado da rua.

- já volto - falo soltando o cinto e pegando uma das caixas no banco de trás, saio do carro.

Atravesso a rua e toco a campainha da casa, após alguns segundos uma mulher um pouco mais velha que eu abre, entrego o pedido a ela e mais um autógrafo pois ela pediu, me despeço e quando eu vou atravessar a rua ouço alguém me chamar.

- Mari! - era a voz de Luka.

Olho para os lados e vejo ele vindo em uma bicicleta, ele parou próximo de mim e colocou o pé no chão logo sorrindo para mim.

- tudo bem?

- Luka - sorrio de volta - sim, e você?

- bem também, o que está fazendo aqui?