Dói muito

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Eu andava de um lado para o outro naquele corredor de hospital, porque o médico demora tanto? Será que aconteceu algo? Porque ele não dá notícia? A minha pequena está com bem?

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Eu andava de um lado para o outro naquele corredor de hospital, porque o médico demora tanto? Será que aconteceu algo? Porque ele não dá notícia? A minha pequena está com bem?

- Mari, calma - ouço Adrien e aquela tranquilidade dele.

- calma?! Não dá pra ficar calma! Eu quero ver a Maya! A minha Maya! Minha pequena!

Adrien segurou o meu pulso e me puxou para o seu corpo me prendendo em seus braços e me olhando nos olhos, deu um selinho demorado em mim e acariciou minhas costas.

- você ficar nervosa não vai adiantar nada, é tudo no seu tempo amor.

- eu estou preocupada.

- eu sei que está, sei que está, mas tenta se acalmar um pouco - beijou a minha testa e apoiou minha cabeça em seu peito.

Fecho os olhos mais calma, ele tem esse dom de me acalmar, não importa o que esteja acontecendo, ele me acalma.

- Sra. Dupain e Sr. Agreste? - ouço a voz do médico e me solto de Adrien olhando o homem a minha frente.

- Doutor. Deus, porque demorou tanto? Como está Maya?

- bem, ela respondeu bem ao Iodo e se continuar assim poderá ir embora amanhã mesmo.

- Que bom - Adrien disse me abraçando por trás.

- posso ver ela?

- ainda não, ela está isolada por enquanto por causa do medicamento, amanhã cedo já poderam vir buscar ela, agora, com licença - disse e foi até um dos quartos do corredor.

- droga - digo baixo.

- amanhã cedo eu prometo vir com você.

- está falando sério?

- claro que sim, agora vamos antes que a Alya me mate por ter deixado a Emma lá de novo sem avisar.

Sorrio para ele e o do mais um selinho, seguro sua mão e saio junto a ele do hospital.

O caminho até o condomínio foi quieto, mas não foi desconfortável, foi até bom, é bom estar perto dele. Já estava chovendo e pedi a Adrien para me deixar em casa pois tinha que fazer uma faxina...na verdade eu não tinha nada para fazer e queria me ocupar com algo.

Assim que abro a porta de casa vejo Adam descendo as escadas e me olhou sorrindo, veio até mim e me abraçou.

- oi amor, senti tanta a sua falta.

- Adam...eu... temos que conversar.

- tá, mas primeiro, eu queria te dar uma coisa - disse se afastando de mim e pegando algo de seu bolso, me entregou uma caixinha aveludada vermelha - quando eu olhei lembrei de você.

Pego a caixinha um pouco confusa, a abro e vejo um anel em prata com uma pedra azul linda em cima, engulo em seco e devolvo a ele.

- é muito lindo Adam, mas temos que conversar.

- o que houve? Você não parece estar muito bem.

Quando vou abrir a boca para falar ouço a campainha tocar, arco uma sombrancelha confusa pois o interfone não tocou.

- que estranho - volto até a porta e abro vendo uma mulher alta de cabelos longos, morena e julgar pelo jeito que está se vestindo e estrutura corporal chuto que é brasileira - pois não?

Ela me olhou séria e logo depois olhou para dentro de casa, pois a mão na porta e abriu mais entrando e passando por mim, a observei ir até Adam e dar um tapa em seu rosto.

- filho da puta - o xingou em português. É, brasileira, estava certa.

- o que? - Adam colocou a mão no rosto onde ela o acertou e pareceu um pouco confuso, ele não sabe português.

- seu filho da puta desgraçado! - ela começou a bater nele e eu sou obrigada a interferir.

- ei! Ei! Ei! - empurro ela - quem você pensa que é para chegar aqui o batendo?! - digo em português para ela entender.

- esse desgraçado me engravidou e sumiu assim que eu contei! - disse furiosa e olhou com ódio para Adam novamente.

- moça, calma, isso é impossível, Adam é meu noivo e ele não sabe português.

- óbvio que sabe! Ele me prometeu várias coisas, mas assim que me teve na cama sumiu! Depois voltou e quando eu contei que estava grávida sumiu de novo! Eu vou acabar com ele! - ela foi partir para cima de Adam mas eu entro na sua frente a bloqueando.

- ele é meu noivo, ele não fez isso!

- COMO NÃO FEZ?! EU ESTOU GRÁVIDA DESSE FILHO DA PUTA! - disse e pegou seu celular, desbloqueou o aparelho e colocou em uma foto logo me entregando o celular - se quiser pode ver que dia foi tirada a foto.

Peguei o celular e vejo a foto dela e de Adam alí, os dois abraçados e ela sorrindo com um teste de gravidez na mão, ele beijava a bochecha dela e senti meu coração apertar, olhei a data vendo que era de duas semanas atrás.

- pode explicar isso Adam? - pergunto sem humor na voz, me viro de frente para ele o mostrando a foto.

- ela está mentindo amor, ela...

- não minta para mim Adam! - digo mais séria - aqui está a prova! Só fala a verdade!

Ele engoliu em seco e não disse nada, respiro fundo percebendo meus olhos lacrimejarem, entrego o celular para a mulher alí e vou até a porta, meu braço é segurado antes que eu possa sair.

- o que você quer?

- Mari, vamos conversar, por favor, eu posso explicar - o olhei já sentindo as lágrimas descendo, puxei meu braço fazendo sair de sua mão.

- não quero suas explicações de merda.

Falo e saio de casa, começo a andar pela rua e as lágrimas descem mais rápido tomando conta do meu rosto junto com a chuva, eu amo o Adrien, mas ainda o pensamento de Adam ter me traído e ter dado um filho a outra pessoa me machuca, machuca muito, machuca mais que tudo.

Me sento na beira da calçada uma rua abaixo da minha casa, passo os meus braços pelas minhas pernas chorando sentindo meu peito doer.

Para Marinette! Você também traiu ele...

...mas dói, dói muito.

Prazer, Marinette [Em Revisão]Where stories live. Discover now