Eu te fiz lembrar|19

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Acordo sábado de manhã com o meu despertador tocando, bufo irritado e me sento na cama

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Acordo sábado de manhã com o meu despertador tocando, bufo irritado e me sento na cama. Toda manhã de sábado eu tinha ensaios fotográficos e essa era a hora que eu colocava a minha máscara de menino doce e meigo de família.

Me levanto e vou tomar um banho para me preparar para o dia infernal que seria hoje.

[...]

Me olho no espelho e sorrio o mais sincero possível, era impossível eu sorrir sincero na verdade, a última vez foi a uns 3 anos atrás quando vi minha mãe chegar em casa depois de uma semana de viagem, mas ela estava um pouco mal no dia...

Depois eu conheci Lila, nos damos bem, e assim que eu estou hoje.

Saio do banheiro e coloco a minha camisa já que eu já estava com calça, pego o meu celular e coloco no meu bolso logo saindo do quarto, desci as escadas e encontrei a minha vadia favorita alí, sorrio para ela e chego perto a dando um selinho.

- não sabia que vinha aqui amor - seguro a cintura dela.

- decidi te acompanhar hoje nos ensaios, sei que você odeia - Lila disse parecendo um amor de pessoa.

- obrigado - a do mais um selinho.

Passo em braço em torno da cintura dela e fui até a copa vendo a mesa posta para o café da manhã, me sento em uma cadeira e Lila ao meu lado.

- e Marinette está bem?

- vamos conversar amanhã sobre isso, hoje eu estou querendo manter o bom humor - digo a olhando sério.

Ela afirma com a cabeça percebendo que eu vou falar umas boas para ela.

[...]

Os flash's da câmera já doía os meus olhos, e eu tinha que sorrir ainda por cima, em algumas eu ficava sério então era melhor.

Faço como se estivesse arrumando a minha jaqueta e Vincent tira mais três fotos.

- okay, pausa de 10 minutos - Vincent diz vendo as fotos que tirou.

Suspiro aliviado e vou até Lila que mexia no celular, sento ao lado dela e tusso falso para ela notar a minha presença.

- oi amor - ela da um beijo na minha bochecha e volta a ver o celular.

Reviro os olhos e pego o meu celular também, tinha algumas mensagens e eu só irei responder depois. Procuro no Instagram o perfil da lerdona e foi um pouco difícil achar pois errei o nome dela. Coloquei marinete, marinet, dupan, duipan, xeng, xieng. Como assim o nome dela é Marinette Dupain Cheng?

Deixei isso de lado e olhei o Perfil dela, tinha fotos de desenhos de vestidos e eu reconheci alguns, foram os que eu dei uma melhorada para ela. Sorrio e mando uma mensagem no privado dela.

" - Eai lerdona."

Ela não estava online então eu desligo o celular, acho que faltava uns 8 minutos para a pequena pausa terminar, Vincent arrumava algumas coisas e eu estava com fome.

- Vincent, podemos fazer uma pausa um pouco maior? Estou com fome - pergunto tentando ser educado.

- claro Adrien, 20 minutos - ele disse simples.

Me levanto e olho Lila que ainda estava concentrada no celular, parece que ela só vêm pois não tem nada para fazer.

- vai querer algo, amor? - pergunto tentando tomar a atenção dela.

- não, estou em bem assim.

Reviro os olhos e vou colocar a minha roupa normal.

[...]

Pago a moça do caixa e me sento em uma das cadeiras da lanchonete, começo a comer a minha pizza enrolada e deixo meu celular sobre a mesa.

Após alguns minutos percebo alguém ao meu lado, levanto a minha cabeça vendo a lerdona cega alí.

- olha só mas o que temos aqui - digo a olhando.

Ela usava um moletom azul escuro com um desenho de gatinho na frente, tão criança.

- posso me sentar aqui?

Eu diria não, mas não tenho companhia e tenho que conseguir a confiança dela. Concordo com a cabeça e ela se senta a minha frente puxando as mangas do moletom cobrindo suas mãos, percebi que às vezes ela fazia isso, e também percebi outra coisa...

- notei que você é muito branca, mas em um nível de palidez e também é muito magra para a sua idade.

- é, eu tive alguns problemas quando criança.

- tipo? - pergunto e percebo que ela fica desconfortável.

- não gosto de falar disso.

- eu sou curioso - sim, estava insistindo para saber.

Ela me olhou parecendo lembrar de algo triste e se ajeitou na cadeira claramente incomodada.

- você irá contar para todos da escola e vai ser mais um motivo de zoação.

- depende o porque, agora fala que se não vou ficar mais curioso ainda - ela suspirou se rendendo.

- quando pequena eu fui sequestrada e mantida em cativeiro por 7 meses, foi quando meus pais ainda estavam começando a fazer bolos. Eles tinham me sequestrado para vender fotos minha sem roupas, mas meus pais conseguiram comprar todas as fotos e queimaram, deu muito prejuízo para eles pois estavam com pouco dinheiro na época e ainda tiveram que fazer empréstimo. E no final de tudo eu acabei me acostumando a comer pouco e não sair muito de casa - disse um pouco baixo e tudo de uma vez.

- Mari, eles te tocaram? - digo a olhando ainda.

- algumas vezes, mas só toques mesmo.

- quando eu te toquei, você lembrou deles? - digo com receio agora, ela me olhou com lágrimas nos olhos.

- não, eu não lembrei deles, eu sempre deixo essa memória esquecida.

E agora eu te fiz lembrar...

Me levanto da cadeira e vou para o lado dela, toco seu rosto e limpo uma lágrima que desceu, deixo um beijo em sua testa e a abraço apoiando sua cabeça em meu peito.

- Desculpa ter feito você me contar.

- não, tudo bem, uma hora ou outra eu teria que contar para alguém mesmo, sabia que alguém faria essa pergunta.

Prazer, Marinette [Em Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora