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O sangue das feridas feitas pelo chicote, escorriam até o chão. O corpo trêmulo pendurado pelos braços no Pelourinho, não esboçava nenhuma reação, nem um gemido. Todos os sentidos haviam-se separados do seu corpo, pela culpa e pela dor.
Ele não consegue compreender o porque uma vida vale mais que a outra, o porque seu filho vale menos que o filho do seu senhor.
Os ferros quentes do meio dia, o caixão na sala da casa grande contam a história do infortúnio de um pai escravo, preso pela cor de sua pele e pelo amor dos seus filhos mortos, jogados em uma vala.
A liberdade é uma flor repleta de espinhos para àqueles que mesmo estando livres, são presos pela cor de sua pele.

Leôncio irá lutar contra todos os espinhos dessa cruel liberdade, o mundo será pequeno para um coração de leão.

Não existe liberdade para uma alma presa pela dor.

1/10/21

Espinhos da LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora