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Oliver percebeu que Ítalo havia chegado cansado quando jogou a mochila logo abaixo da janela e foi ver os amigos, mesmo sendo tarde. Passara a chegar antes que saísse para a aula à noite, ficando para cuidar dos dois.

Denis não precisava de tanta ajuda, porém Guido o fazia se esforçar mais em qualquer coisa. Já dormiam, e Ítalo finalmente retornou vendo-o sentado na cozinha.

— Como eles estão? — questionou Ítalo.

— Estão bem — relatou disciplinadamente. — Consegui que Guido comesse duas colheres a mais no jantar. — reforçou satisfeito consigo mesmo.

— Obrigado — agradeceu pela carga que não precisava pegar para si. — Oliver, sabe que não tenho como agradecer o suficiente o que está fazendo para me ajudar. Aqueles dois...

Baixou os olhos, estava realmente cansado e puxou a segunda e última cadeira que tinha em casa, sentando-se de frente para Oliver ao lado da mesa retraída para dar mais espaço. Foi surpreendido por um beijo suave, dando passagem a exploração. Nunca era 8 entre eles, sempre 80, e não demorou para que Oliver o puxasse repentinamente para que se sentasse em sua perna esquerda, e lhe tirasse a camisa antes de tirar a própria.

— Oliver — ofegou Ítalo interrompendo-o.

Os beijos continuaram, descendo à curva do pescoço e provocando cócegas ao chegar ao mamilo em seguida.

— Oliver... Oliver, não! — Ítalo exigiu.

O mais jovem apoiou a testa no ombro do outro, se acalmando.

— Não podemos fazer na minha mini cozinha quando tenho hóspedes — declarou Ítalo.

— Certo — concordou. — Outra hora, então?

— Está me convidando para transar.

— Gostaria de ter convidado antes — declarou levantando a cabeça.

— Se transarmos agora, depois de termos beijado tanto, seria como...

— Namorados. Estamos namorando, não é? — questionou observando-o. — Sabe como funciona. Afeição, beijos, compromisso, beijos, consideração, passeios, e mais beijos, ajuda com o dia a dia, sexo...

Ítalo levantou se vestindo, retornando a cadeira pro lugar correto enquanto Oliver juntava sua camisa do chão sem lhe dar mais tempo de admirar.

— Precisa saber que... Eu namorei, uma vez — confessou Ítalo.

— Uma vez? Então... Entendo, deve ter sido um rompimento ruim e está receoso de terminar mau ou ser inexperiente — constatou.

— Não. Estou lhe dizendo que... tenho muita experiência. Eu sempre saio, saía — corrigiu-se. — Em encontros casuais, que terminavam aqui ou em outra casa e não nos víamos mais. Definir algo agora talvez apenas nos machuque. Não quero fazer isso, então... — esclareceu.

— Está me dispensando? — questionou.

— Não! Eu estou dizendo que gosto muito de passar o tempo com você, e acho que você também — explicou. — Mas... não quero que ache que o estou iludindo ou algo do tipo. Apenas não quero que crie expecta...

— Eu quero namorar com você.

— Oliver, não sabe o que diz...

— Sei — insistiu teimoso. — Quero compromisso com você e por algum motivo está com medo disso.

— Está me pedindo em namoro.

— Sim. Achei que era claro que namorávamos, mas se precisamos conversar sobre... — considerou. — Preciso do compromisso, de que enquanto estivermos juntos estarei apenas com você, e você apenas comigo. Pode prometer?

Até Onde Posso Alcançar...Where stories live. Discover now