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Pensava em como fazê-lo acreditar e acariciou sua nuca, intensificando suavemente antes de tocá-lo, e Guido tentou escapar até notar a mão firme que o queria ali, se conseguisse se afastar aquilo terminaria de um modo estranho, e afastou apenas o rosto.

— Estamos no banheiro... — Guido contestou.

O mais velho sorriu aliviado de ser apenas aquilo que o preocupava, e sentiu-se livre para segurá-lo com toda a mão invés de acariciar com os dedos, como vinha fazendo.

— Não tem problema — afirmou Kelson.

Guido tocou-o da mesma forma, apoiado no peito de Kelson para olhar pra baixo e ver as duas mãos trabalharem um no outro ouvindo-o junto à nuca. Com a mão livre em concha Kelson jogou água nas costas do outro, fazendo-o se arrepiar e aproximar-se mais para se livrar do incômodo. Riu com reação.

— Seu corpo tem uma sensibilidade adorável... — Kelson admirou.

— Quer descobrir o quanto? — provocou Guido.

A resposta o fez expirar com força em seu ouvido, excitado, afastando a mão de si para que não fosse tão rápido e tivesse condições de continuar a trabalhar no namorado. A água ao redor se acalmava, e Guido não entendeu a mudança repentina. Olhou para os olhos escuros que lhe observavam, construindo uma resposta a interrogação.

— Não quero terminar tão rápido — confessou Kelson com um sorriso.

Guido atacou-o com beijos no pescoço, abraçando-o com força ao entender e levar a boca ao outro, que ainda tentava se acalmar para não terminar com aquilo tão rapidamente. Kelson fechou os olhos para ignorar o visual, todavia sua percepção se concentrou nos sons do movimento e decidiu abri-los novamente.

Calou-se ao morder os lábios quando viu Guido pegar o sabonete, e tirou-o de suas mãos para que pudesse fazer por ele. Esfregou suas costas, ainda abraçado, deixando a espuma escorrer e suas mãos estarem completamente cobertas.

O mais novo inclinou-se em sua direção, sinalizando ao ficar disponível e sentir-se explorado com delicadeza, pouco a pouco. Apoiou-se nos ombros a sua frente, expondo-se mais à carícia que se aprofundou, determinada. Um beijo atrás da orelha o fez arrepiar-se novamente, vendo que o outro se acalmava ao dar por encerrada a distração.

— Não... vamos terminar... — exigiu Guido.

Com alguma urgência passou as pernas sobre as coxas do outro, sendo seguro para que se mantivesse firme, e direcionando-o para si antes de tornar a sentar vagarosamente. Libertou um suspiro alto, fazendo que Kelson se arrepiar envolto pelo seu calor.

O espaço limitado o fazia perceber cada gesto do outro, no entanto queria poupá-lo e fazer por si enquanto Guido parecia motivado a usá-lo para satisfação própria. O puxou para beijar o peito magro ao tempo que levou a mão a trabalhar novamente e Guido segurou nos seus braços como se tivesse garras, deslizando as unhas desde o ombro, e colado um ao outro o mais velho teve de abraçá-lo para tentar o conter.

— Não. Não... — Guido pediu.

— Não o que? — questionou Kelson.

— Não. Não nã...

— Quer que pare?

— Não... não pare — implorou.

Guido percebia sua mente diluir-se na água agitada da banheira, deixando Kelson sem ação ao se afastar tanto e retornar em seguida, preenchendo-se, deixando o outro ouvir sua voz como saísse uma vez que não podia ler os olhos fechados. Por vezes entreabria a boca, quando o mais velho conseguia beijá-lo, em outros momentos mordia um ou os dois lábios — ou o outro par.

Até Onde Posso Alcançar...Donde viven las historias. Descúbrelo ahora