Passou por Guido na porta, que lhe acenou decidido a passar mais um tempo com Kelson, e puderam chegar em casa de táxi, com enorme dificuldade em subir as escadas carregando alguém que era mais alto. Achou justo que se conseguia derrubar um, poderia carregar outro.
Colocou-o de imediato na banheira, deixando que a água corresse e lavando seu mal estar que saia com parte do álcool que ingerira, forçando-o a ter a cabeça embaixo do chuveiro.
— Fri... frio... — reclamou Nicolas.
— É frio mesmo. Preciso que coopere, e não que termine dormindo com um banho quente — respondeu Denis, para as paredes.
Deixou-o reclamar sabendo que não lembraria de nada quando estivesse sóbrio, e o fez tirar todas as roupas sujas antes de secar dos ombros ao umbigo e ao perceber a porta do quarto do outro trancada, o enfiou na sua camisa mais larga que encontrou.
Sentou atrás dele, secando o cabelo antes que fosse colocado embaixo de cobertas quentes, e só então o deixou — rapidamente — para buscar um balde para o mal estar que se faria presente nas próximas horas, deitando-o sobre o braço esquerdo e abraçando-se a ele para perceber rapidamente qualquer alteração que tivesse. Pegou o celular.
Denis
Nicolas deu ptOliver
Certo, me diz onde estão.
Irei buscá-losDenis
Já cuidei de bêbados antes
Está dormindo agora
Deixe-o descansarSurpreso Oliver mostrou a Ítalo a última mensagem, que sorriu antes de continuar alisando os cabelos de um namorado agora menos preocupado, imaginando que o amigo não perderia a oportunidade de se acertar com o outro.
☼☼☼☼☼
Denis aproveitou a ausência de Guido para trabalhar na cama dele, adiantando o serviço pelo notebook. Não era comum que o caçula dormisse fora, com alguém que houvesse conhecido há pouco tempo, entretanto se tranquilizou após telefonar para ele e ver que estava bem. Kelson realmente parecia uma boa pessoa, e a voz do amigo mostrara que estava confortável com a situação.
Voltou a concentrar-se nas planilhas quando percebeu a convulsão e viu Nicolas vomitar dentro do balde ao lado. O mais velho tornou a deitar mantendo os olhos fechados e respirando devagar. Tinha o cenho franzido quando foi até ele.
— Está acordado? — questionou Denis.
— Oliver? — Nicolas suspirou confundindo-o.
— Arg! Não me compara com aquele cara... — queixou-se.
Nicolas entreabriu os olhos, incomodado com a claridade que o fez fechar em seguida. Denis sentou na borda da cama da própria cama bloqueando parte da luz que entrava pela janela.
— Se for para dar pt, por favor, faça o em casa — pediu Denis.
— Onde está meu telefone... Vou falar com Oliver...
— Não vi seu telefone, nem sua carteira à propósito. Deve ter perdido.
— Como cheguei aqui... É o seu quarto?
— É o nosso apartamento, sim. E eu o trouxe.
— Desculpe incomodá-lo.
— Acha que esse é o problema? Sabe onde e em qual situação estava antes de eu chegar?
— Não pedi nada. Eu disse que poderia viver sem que soubesse como me sinto. Vou embora agor...
Denis acertou-lhe um tapa no rosto sem mostrar arrependimento mesmo sabendo que a ressaca ampliava a dor e viu os olhos do outro encherem-se quando se levantou letárgico. Segurou-o quando percebeu que estava sem energia alguma e ajudou-o a sentar para golfar novamente. Suspirou cansado, deixando-se ser convencido a deitar novamente.
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Até Onde Posso Alcançar...
RomanceAVISOS - Este livro contém gatilhos de abuso sexual, violência, álcool e distúrbios alimentares. Por favor abandone-o caso não se sinta confortável no decorrer da leitura. [ tipo: menções ] - Este livro contém trechos eróticos, que estarão sinalizad...