6º 46: CE :47

38 3 0
                                    

Beijou-o para que parasse de ouvir sua voz, quando protestou confuso, e sentou na sua frente. Não demorou para que Oliver implorasse por mais toques ao ser interrompido diversas vezes.

— Ítalo... — suspirou.

— Não — lhe negou— Isso não chega perto da minha irritação com você...

Oliver engoliu a saliva com dificuldade, de olhos fechados, sentindo Ítalo se afastar sem deixar que se tocasse. Seu marido tinha um olhar ameaçador. Suspirou urgente.

— Eu ou você... hoje será como? — Oliver perguntou.

— Ninguém gozará hoje.

— O que?

— Você vai pensar duas vezes antes de fazer algo idiota de novo...

☼☼☼☼☼

A mente de Kelson estava vazia, querendo reivindicar aquele corpo a si mesmo com os pés e mãos atados. Guido havia preparado tudo sem dizer uma palavra além de comandos básicos. Não lhe dissera para se despir, então apenas o imitou e teve um dos pulsos presos, deduzindo o restante.

Viu-o vestir seus óculos novos e os lábios quentes e úmidos sobre os seus assim que amordaçado, agora deitado vulnerável e exposto ao que o seu noivo quisesse, e apenas isso o excitava antes mesmo de Guido o tocar ou sentar-se em seu quadril. E ele não tinha tanto autocontrole quanto ambos gostariam, seduzindo-se invés de seduzir Kelson, preenchendo-se novamente, de olhos fechados.

— Príncipe... — suspirou Guido.

O mais velho novamente tentou mover-se, com movimentos tão limitados, reclamando os arranhões que começaram ferozes ao redor do umbigo e na parte mais sensível sob os braços, sem poder defender-se.

Sentia a pele arder sabendo que não encontraria um local que não estivesse vermelho quando olhasse no espelho. Retraindo-se à dor real quando sentiu as unhas nas coxas, próximas a virilha, sem conseguir chamar o noivo do delírio que prosseguia a lhe ferir.

Apenas quando Guido virou-se teve alívio, sem desmontá-lo, levando os braços ao alto cabeça, arranhando-se em área tão inviável. Seus olhos febris escondidos pelos óculos embaçados. Era louco pelo noivo que sussurrou...

— Príncipe Kels-son...

Guido fechou os olhos, descendo a mãos pelo pescoço antes de tornar-se urgente. Jogou o corpo para trás, deitando-se sobre as pernas de Kelson excitado pelo título, arranhando ali sob espasmos de dor reclamados.

Finalizou exausto após o desgaste do dia, apenas se mantendo imóvel um momento antes de rolar para o lado. Kelson se moveu e balançou a cama, sabendo que Guido costumava se esgotar com mais do que aquilo.

Sacudiu a cama novamente tentando acordá-lo e desistiu, ainda preso...

☼☼☼☼☼

Ítalo afastou as mãos mais uma vez, fingindo por minutos que Oliver não estava ali. Qualquer brisa no pênis o faria gozar e o derrubaria aquela altura.

— Isso é tortura, sabia? — Oliver comentou.

— Calado — ordenou.

Folheou uma revista um instante e consultou a hora no relógio, voltando ao marido sentado ofegante em frustração

— Não se mova — Ítalo exigiu.

— Querido, por favor... — implorou.

— ...por favor, Senhor! E não, não pode se mover ainda.

Voltou-se para ele, sentado na poltrona e puxando o membro para fora antes de tocar-se. Mordia o lábio observando Oliver, atrevidamente, e suspirou de olhos fechados quando sentiu aquela fisgada luxuriosa que antecipava o auge.

Oliver moveu-se e Ítalo lhe deu uma ordem mais alta e mais urgente. Apenas observar o faria gozar, porém com ajuda se aliviaria tão mais rápido...

— Isso... é pelo que disse mais cedo... Oliver Justi. — pontuou Ítalo.

— Sim, Ítalo Minete... senhor... Eu posso...

— Não, não pode — negou mais uma vez.

Ítalo se aproximou mais, imaginando os lábios do outro em si, se afastando quando Oliver tentou tocar com boca.

— Não se... — Ítalo perdeu-se.

Sua mente mergulhou no desejo, exibindo o fundo da garganta ao namorado enquanto as gotas caíam no chão. Afastou-se para se recompor.

— Vou pro banho — disse Ítalo.

— Espera! E eu... Ítalo, disse que ninguém gozaria hoje! — Oliver reclamou.

— Já passou meia noite.

— Então... eu... ah...

Ainda sem se tocar sentia as ondas mais fortes, e ao ouvi-lo ofegar Ítalo voltou-se ao alcançar a porta do banheiro. De olhos fechados Oliver mordia os lábios com força até espiá-lo lhe observando.

— Posso ir com você? — Oliver perguntou.

— Apenas se terminar, sem se tocar — desafiou.

Duvidando que conseguisse se aproximou de braços cruzados, intimidador. Oliver umedeceu os lábios, ofegando um pouco com o membro se movendo estimulante. Sua respiração rápida e os olhos de Ítalo cada vez mais abertos por nunca ter visto algo similar.

— Eu... eu vou... por favor, senhor Ítalo... — implorou.

A voz fora a mais profunda e pesada que ouviu, e Oliver sequer se lembraria dela. Deixou-se cair na cama de olhos fechados ao tempo que Ítalo, com a toalha ao ombro, sentava-se na poltrona ainda surpreso.

— Podia gozar a hora que quisesse — descobriu Ítalo.

— Disse para não gozar, senhor — Oliver falou.

— Como controla isso.

— Ainda está com raiva de mim?

— Pare com isso. Vamos pro banho. Depois você me ensina.

— Não vou, senhor. Não importa como me puna.

Ítalo deixou-o, indo pro banho e ao terminar encontrou Oliver com os pés fora da cama após tentar se acomodar para dormir.

Até Onde Posso Alcançar...Место, где живут истории. Откройте их для себя