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Uma vez dentro do apartamento tinha o aniversariante apenas para si, e após a noite de torturante insegurança, resolveu o que passara os últimos dias decidindo. Queria ser de Denis mais do que em pensamento e coração.

Largou a bicicleta próxima à janela novamente e segurou o pulso de Denis antes que este alcançasse o quarto, puxando-o para o beijar no pescoço. O mais novo dificilmente se arrepiava, entretanto gostaria tanto que continuou a tocá-lo com os lábios...

— Nico... estou bêbado — avisou.

— Não tanto que tenha perdido o juízo — respondeu despreocupado.

— Vai mesmo fazer isso comigo nesse estado? — riu divertido com a expectativa.

— Pode apostar que gosto de você assim, molinho molinho...

Denis riu mais alto quando em desejo seu lóbulo foi devorado.

— Aproveitador... — Denis acusou.

Sua nuca foi puxada para um beijo suave nos lábios, depois de ter deixado algumas marcas no pescoço. Nicolas curvou-se sobre seu pequeno, abraçando-se às suas costas por cima dos ombros, e logo os dedos invadiam o cós das calças para tocar a pele por baixo, distribuindo beijos onde alcançasse.

— Não esta cansado? — questionou Denis.

— Nem um pouco...

— Sério, estou bêbado.

— Não me importo...

— Não terei a mínima coordenação...

— Você me ensinou o que fazer...

— Mas estou cansado. Vou dormir o dia inteiro...

— Não no que depender de mim. É seu primeiro aniversário comigo...

— ...possessivo...

Ouvindo o suspiro de Denis o outro afastou-se apenas para lhe tirar a camisa quando o mais novo levantou os braços, se aproximando novamente para tirar o cinto enquanto o namorado ainda não conseguia recusar seus beijos. A bebida de fato deixava todas as carícias mais prazerosas, e os olhos de Denis agora brilhavam de desejo.

— Nico... eu... — sussurrou.

Passou as mãos nos fios loiros à sua frente vendo-o se abaixar, demorando a entender o que acontecia.

[ 5º 40: CE :40 ]

O menor enlaçou seu pescoço, a falha tentativa de um abraço enquanto buscava por ar.

— Preciso... — Denis tentou dizer.

Calou-se, não tinha forças. Tentou se mover, entretanto o outro era maior pra que conseguisse, exausto como estava, e se sentia soterrado.

— Nico — chamou.

— Diga, meu rim — resmungou.

— Tenho que sair, Kumiho... Enquanto ainda estamos... quentes... — esclareceu.

— Certo.

Não se moveram, e começaram a rir.

— Me quer mesmo dentro de você — observou Denis.

— Sempre — Nicolas garantiu.

— No três a gente se move.

Foram ao fim da contagem, quando nenhum se moveu, até que Denis o fizesse tombar para o lado. Beijou sua mão e tocaram a testa ajustando a respiração.

— Ainda está doendo? — Denis perguntou preocupado.

— Um pouco. Deve passar pela manhã — respondeu Nicolas.

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