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As mãos continuavam lhe tocando nas laterais, no peito, sendo puxado pela nuca e tendo a bunda pressionada pelos pequenos dedos, sem que a boca se afastasse de seu rosto. Sentia o outro urgente.

— Tão tarde? — questionou Nicolas.

— Vai dizer que está cansado? — Denis sussurrou.

Nicolas riu.

— Não, mas parece que quer tentar outra vez — apontou Nicolas.

— Eu sempre quero tentar mais uma vez — Denis lembrou-lhe.

— E eu sempre desisto de continuar tentando.

— Desiste nada. Sempre concorda em tentar mais uma vez.

Denis se pôs de pé, puxando-o para que se sentasse, rindo.

— Podemos fazer uma ceia antes? — Nicolas perguntou.

— Podemos?

O mais novo tomou-lhe a mão e a colocou sobre as roupas, mostrando a situação em que estava, e Nicolas o encarou ao perceber que falava sério.

— Denis, eu... — disse Nicolas receoso.

— Relaxa, não vou fazer nada que não queira ou possa te machucar — jurou Denis.

— Mas Denis, eu...

Nicolas recebeu a investida em beijos ao longo do pescoço e dos ombros que o forçaram a deitar novamente enquanto o outro passava os joelhos pelos seus quadris para se sentar sobre ele, tendo os lábios mordidos. Sentia-se devorado.

— Denis, não... — Nicolas tentou novamente.

— Está com tanta fome assim? — questionou Denis.

— Não é isso. Denis...

— Dou 10 segundos para terminar essa frase.

Denis desviou o olhar pelos primeiros 5 segundos, tomando-lhe a mão e a beijando, para que ficasse mais a vontade para dizer o que quisesse. Sabia que Nicolas queria, sempre queria, como ele, apenas não se permitia ser guiado. Então, nos 5 segundos seguintes buscou no rosto de Nicolas indícios de que deveria parar. Não encontrou.

Voltou a beijar lhe arrancando a camisa para ter mais acesso ao colo e tórax. Não era nada do que não tivessem feito antes, explorando-se e levando a vida sexual no que pareciam ser preliminares infinitas com ápices precoces.

Tornou a beijar a boca de Nicolas que parecia interessado em prolongar, achou que era hora de tocá-lo, então desceu a pequena mão direita pra que trabalhasse e ouviu o parceiro suspirar. Nicolas se tocara antes, porém não imaginava outro que não a do parceiro que pudesse satisfazê-lo, mesmo que houvesse toque melhor.

Perdeu Denis de vista. Entre suas pernas ele agora trabalhava com a boca, agradável até que ficou apreensivo.

— Amor, relaxa. Não vou te machucar — Denis prometeu.

Usou a língua novamente, aguardando.

— Eu juro que não vou entrar em você — insistiu.

Nicolas tentou controlar a respiração, forçando-se a relaxar e cumprir a expectativa do outro, que voltou a ocupar a boca. Quando Denis achou ter cumprido a tarefa o suficiente fez com que o outro ficasse de pé com ele e o acariciou com um lubrificante, ensinando-o.

— Eu não faço ideia do que estamos fazendo — Nicolas riu constrangido.

— Mesmo? — ironizou com risos.

— Eu faço alguma ideia, mas não sei como funciona.

Embriagou-se do perfume que amava, e Denis voltou para a cama, posicionando-se.

— Sou todo seu — esclareceu Denis provocativo.

— E se eu te machucar? — Nicolas questionou.

— Não vai me machucar.

Denis sabia que sentiria algum desconforto depois de tanta abstinência, e o outro tão inexperiente. Entretanto achou desnecessário que Nicolas soubesse naquele momento.

— Eu não sei... — disse Nicolas ainda receoso.

— Ficarei bem — prometeu —, apenas faça devagar.

O devagar de Nicolas era muito lento pelo medo de o ferir, com as mãos em sua cintura rapidamente percebeu Denis parar de respirar.

— Denis... — chamou Nicolas preocupado.

— Continue — Denis pediu.

E Nicolas foi lentamente até o final, cobrindo o corpo do outro esperando ver sua expressão quando o outro expirou um gemido baixo.

— Você está bem?

— Sim, estou — respondeu Denis.

Não era de todo verdade e baixou o rosto sem ver necessidade de preocupá-lo com sua expressão, sabendo que a dor logo deixaria de existir. E para confirmar rebolou um pouco para dar a confiança que Nicolas precisava para se movimentar.

Erguendo o tronco Nicolas apertou um pouco as volumosas ancas ao começar a se mover. De fato era uma boa sensação que evitou há tanto tempo pelo medo de ferir e ser ferido. Imaginava se no lugar de Denis seria capaz de manter tanto decoro ao ser dilatado. Estendeu a mão para tocá-lo entre as pernas, encontrando a mão do outro ali acariciando-se, então manteve sua mão sobre a dele.

Denis rebolou em incentivo, com Nicolas perdendo o ritmo irregular que tinha, cansado. Separou-se.

— Deita — exigiu Denis.

— Denis...

— Você não tem mais autorização para terminar essa frase.

O fez deitar para cima, com os rostos espelhando o que um causava no outro, e beijou o pescoço para tranquilizá-lo quando pareceu confuso. Com uma perna de cada lado Denis o recebeu novamente novamente, dessa vez conduzia os movimentos rítmicos quando Nicolas precisava apenas ficar parado.

Sentia as mãos quentes em suas coxas, com os dedos quase fazendo a volta em sua largura devido aos braços longos. Logo Nicolas não sabia o que fazer com elas e Denis não perderia tempo lhe dando sugestões. Precisava se mover.

— De-Denis... — suspirou Nicolas.

— Eu sei, também te amo — declarou.

Debruçou-se e foi abraçado para que trocassem beijos até o colo, e afastou as mãos de si entrelaçando os dedos pra que pudesse se levantar novamente e se mover mais rápido.

— Denis... — Nicolas sussurrou novamente.

— Isso, diga meu nome — pediu.

— Denis-s...

— O que eu sou seu?

— Meu... meu...

— Como é foder seu rim, hein?

— O que?

— Qual o nome do seu rim?

O mais velho bagunçou os próprios cabelos loiros sob os olhos sorridentes que o viam perder o controle, a respiração cada momento mais entrecortada no rosto cada momento mais extasiado.

— Denis é o nome do seu rim — provocou Denis.

Não ouvia mais a voz, apenas suspiros do que sugeriam ser seu nome em meio a espasmos involuntários. Denis afastou os cabelos da testa, mantendo os braços no alto enquanto Nicolas puxava os próprios fios com força, vermelho e quente, e a respiração dolorosa até se derramar.

Continuou se movendo um momento mais antes de perceber que o outro não se movia, e chamou-o algumas vezes, sem resposta.

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