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Chegando do restaurante, em seu quarto, Denis deitava-se na barriga de Nicolas, percebendo-o melhor, e sentia mais uma vez toda a paciência do mais velho em acariciar suas costas e o cabelo, mesmo quando tinha o mal estar no estômago. Um sacrifício que lhe deixava tão confortável; E ainda sem sono, comparado com as últimas semanas, achou que precisava dividir algo.

— Parece errado — Denis falou.

— O que parece? — perguntou Nicolas.

— Hoje foi divertido, mas parece errado.

— Não é errado, Denis. Amor, viemos para que fosse divertido. Divertido e diferente pra todos nós.

— Gosto quando vocês se divertem, mas... Eu me divertir parece muito errado.

Sentou-se para beijá-lo, e algumas vezes mais descendo ao pescoço, e carente dos toques que Nicolas prontificou-se a retribuir. Seus olhos mostravam toda a confusão de sentimentos, entretanto suas ações mostravam ter parado de tentar compreendê-los.

— Isso parece extremamente errado, mas... — Denis afirmou novamente.

— Não há nada de errado nisso, Denis. Isso é... — falou Nicolas.

Parou quando seu lábio foi puxado e com a intenção do outro tão explícita apertou as coxas de Denis.

— Eu... eu não quero hoje, Nicolas... Parece tão, tão errado... — disse Denis ainda que não parasse.

— Não tem problema, podemos apenas... Denis. Denis! — chamou Nicolas.

— Nico...

A boca havia sido capturada com mais força ao ser mordida quando o mais novo deixava a mente vagar apenas sendo beijado sem saber o que fazer com as mãos. Porém Nicolas havia sido um aluno aplicado desde a relação incerta quando se conheceram, e o beijou inclinando-o até estar deitado de costas, com o olhar tão urgente...

Denis sentiu a mão deslizar por um lado do pescoço enquanto o outro era beijado, e decidiu parar de acompanhar a outra mão que a cada momento estava em um lugar diferente, rápida demais. Cintura, peito, coxas, bunda, para estar novamente na cintura ou nas costelas.

— Posso tirar sua camisa? — Nicolas perguntou.

Denis acenou afirmativamente, precisava daquilo mais do que queria, e o namorado assim o fez para ter mais acesso aos beijos que entregou do umbigo ao peito e caminho de volta.

— Denis, posso abrir seu cinto? Tirar sua roupa? — questionou atencioso.

— Sim — segredou.

Expôs a voz repleta de expectativas, tocando os ombros e cabelos de Nicolas ao ser excitado. Fechou os olhos, apenas aguardando ansioso por mais toques, os toques que deixaram de ser das mãos. Era engolido devagar e com delicadeza.

Quando terminou e foi limpo como um filhote, permaneceu deitado, virado de lado olhando os olhos que lhe espelhavam, o rosto ainda afogueado estando na mão quente de Nicolas. Fechou os olhos e inspirou antes de abrir novamente.

— Está tudo bem, Denis? — Nicolas perguntou preocupado.

— Sim — confirmou Denis.

— Quer dormir agora?

— Talvez. Só... parece muito errado, ainda. Eu... me divertir ou fazer coisas que me façam distrair. Como se invés de punição houvesse um prêmio...

— Não tem motivos para ser punido, amor. Se privar de estar feliz seria uma punição muito injusta, Denis.

— Eu sei, mas... Apenas parece — sussurrou irritado consigo mesmo. — Não quero mais falar sobre isso — decidiu.

Até Onde Posso Alcançar...Where stories live. Discover now