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Olivia F
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Dois dias depois recebi alta do hospital, garanti a tia Mel que pagaria a conta do hospital assim que conseguisse ligar para o antigo advogado da minha mãe.

Minha mãe conheceu Noah quando estava saindo da faculdade de economia, filha dos donos do maior império tecnológico de Los Angeles Anne Fraser cresceu em uma redoma de vidro. Criada para ser uma esposa e mãe, se casou com o homem que sua familia escolheu  e viu seu pai entregar a empresa que ela tanto amava a esse homem.

Eu nunca terminei de ler o diário que ela me deixou, não tinha coragem para saber o que Noah fazia com ela, mas devia ser horrível para ela se enforcar no meu quarto quando eu só tinha cinco anos.

Ao chegar a casa dos Hill, Mel me leva até o quarto de hóspedes e sorrio agradecida vendo algumas coisas minhas ali. Elas tinham entrado no meu quarto? Fico envergonhada por terem visto como ele me tratava e me sento na cama suspirando.

— você está com fome? — Ellie entra no quarto com uma bandeja e sinto meu estômago roncar. Sorrio concordando e ela se senta ao meu lado.— é bom ver você sorrindo. — ela sussurra tocando meu rosto agora apenas dolorido e seguro sua mão começando a comer.

— muito obrigado por acreditar em mim.— sussurro realmente agradecida. — e por nunca se afastar de mim antes.

— você é minha irmã Olivia, e é como uma filha para minha mãe. Nunca a deixaríamos.

Sinto meus olhos lacrimejando e fungo engolindo o choro, eu não chorava. Sou uma mulher forte! Como devagar olhando as coisas que elas buscaram e olho a janela pensando em como tudo seria a partir de agora.

— preciso achar um emprego, e falar com o advogado da minha mãe pra ter acesso a herança. — esfrego minha testa com tantas coisas a rodando. — ainda tem o processo. Eu não acredito que ele esta dizendo que é inocente. — a olho frustada pelas notícias que recebi mais cedo. — e eu nem quero pensar no que acontecerá quando voltar a escola. Eu serei a história do ano.

Tinha conseguido passar por dois anos sendo invisível no ensino médio, ser amiga de uma líder de torcida me protegia, mas com essa história. Eu seria a fofoca na boca de todos.

— estarei com você não importa o que aconteça. — ela aperta minha mão e sorrio agradecendo terminando de comer.

— se não fosse você eu estaria perdida. — a abraço com força.

— okay, agora vamos falar do policial gato que te visitou duas vezes no hospital! — ela fala empolgada e faço careta.

O detetive Cavill tinha voltado mais duas vezes ao hospital, nas duas eu estava dormindo por causa dos remédios, mas segundo minha melhor amiga ele só queria saber se eu estava melhorando dos ferimentos e me atualizar sobre o caso. Era um gesto gentil, mas eu sabia que era só parte do trabalho dele. Já para Ellie era um sinal de que ele estava preocupado, o que me deixava nervosa.

Homens me dão medo.

— Elena, sua mãe está te chamando na cozinha! — a voz de George Hill diz entrando no quarto e a filha dele se levanta pegando a bandeja saindo do quarto em silêncio, brinco com meus dedos olhando o homem a minha frente. Ele não tinha cabelos brancos, barriga saliente e um sorriso sério no rosto como os advogados de filmes. George era um homem moreno, alto e atlético com um sorriso frio igual todas as vezes que o vi. — Olívia, fico feliz que esteja bem! — fala em um tom que não reconheço.

— obrigada Sr.Hill, por me deixar ficar aqui também. — agradeço gentil apertando meus dedos esperando que ele saia.

— espero que a verdade seja dita logo. — ele fala baixo e penso se escutei certo. Verdade?— seu pai me ligou para ser advogado dele...

— e o senhor disse o que? — mordo meu lábio nervosa com aquela informação. George era um ótimo advogado, e me odiava.

— que ia pensar. — fala simples antes de sair do quarto. Respiro fundo contra a vontade de chorar novamente e me deito encolhida na cama.

Eu nunca teria paz?

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Henry C.
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— cara, você está acordado a quantos dias? — Peter pergunta ao entrar na nossa sala pela manhã e ver que eu ainda estava ali. Olho o relógio fazendo as contas e faço uma leve careta.

— 32 horas... Eu precisava achar esse vizinho que ela citou no depoimento. — bato na folha do depoimento dela impresso agora. — ele está no Texas agora. Vou entrar em contato depois que ir para casa.

Peter me olha sério por alguns minutos, mas logo suspira pegando os papéis em sua mesa.

— vá para casa, coma algo, tome um banho e durma. — pega meu notebook da minha mesa.  E o olho sério, que porra ele estava fazendo? — Eu entro em contato com ele, e procuro o professor também. Mas tenho que dizer que duvido que os dois vão querer se envolver novamente nisso, Oliver fodeu os dois.

Não tinha sido só os dois pelo que andei investigando, Noah Oliver tinha um grande talento de fazer os inimigos sumirem. Imagino o que teria acontecido com aquela garota se eu não tivesse chegado.

— vá logo Henry, antes que eu ligue para sua mãe e a faça te buscar pela orelha.

Reviro os olhos e me levanto pegando minhas chaves e o celular olhando se tinha alguma notificação. Pego minha jaqueta no banco e meu copo de café e saio depois de me despedir indo para o estacionamento. Olho a lua iluminando o fim da madrugada, antes de entrar na caminhonete fechando a porta percebendo que estava mesmo cansado.

Mas isso era meu trabalho, eu tinha escolhido essa vida. E ninguém iria me atrapalhar de manter Noah Oliver na prisão.

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O que vocês acham que vai acontecer?

Bjs da tia Lina, e se protejam

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now