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Henry C
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Eu olhava o relógio a cada dez minutos, algo em mim esperava notícias da garota, como se eu não fosse ter paz se não soubesse que ela estava bem. Ela se encontrar com James Scott só me deixava mais nervoso, como amigo dele eu conhecia a fama e aquilo não me deixava tranquilo. Nem um pouco, Olivia não era do tipo de garota para James paparicar.

Mas você quer paparicar ela

A voz na minha cabeça cantarola e rosno revirando os olhos a expulsando, e infelizmente atraindo atenção do meu parceiro.

— É a terceira vez que você rosna na última meia hora, o que tá te incomodando? — me olha curioso com um sorriso torto e tenho vontade de arrancar aquele coque dele com um canivete cego.

—Nada. — minto e escuto a risada irônica dele. — Okay, você ganhou. — Conto a história para ele e suspiro frustado. — e a deixei em frente a empresa do James, isso ou vai acabar muito bem ou vai acabar muito mal. E Olivia Fraser já se machucou demais, não acha?

Encaro Peter esperando alguma resposta irônica ou uma piadinha debochada dele, mas só encontro uma cara preocupada.

— Você não acha que está ligado demais a essa história Henry? — pergunta de forma séria e fico um pouco alarmado, meu amigo nunca ficava sério. — você está tornando pessoal. E isso não é bom.

Respiro fundo e não consigo negar aquilo, para mim era pessoal, eu não conseguia evitar.

— eu sei, mas se você conhecesse ela entenderia. A garota implora por ajuda mesmo quando chama um louco na rua de idiota. — Murmuro mordendo meu dedo nervoso com aquilo e franzo a testa quando escuto uma batida na porta da sala.

—Entre. — Peter ordena e a porta se abre fazendo o ser pequeno que não sai da minha mente entrar com um pote nas mãos sorridente. Meu amigo se levanta com um sorriso de lado no rosto e franzo a testa. — ora ora, olá para você! — se aproxima de Olivia e vejo ela o olhar confusa. — precisa de algo moça linda?

— e.e.eu...— ela gagueja e sorri envergonhada passando a mão na bochecha. Devia ser uma mania se esconder ao corar, porque ela fazia muito. — eu vim trazer isso para o Henry... São biscoitos da tia Mel.

Ergo uma sobrancelha com aquela informação, ela tinha ido a casa de George Hill novamente.

— você voltou para a casa dela? — pergunto sério vendo ela franzir a testa confusa por meu tom. Droga, suspiro e me levanto indo até ela abrindo um sorriso gentil. — obrigado pelos biscoitos Olivia, é muito gentil da sua parte.

— é muito gentil. — Peter murmura pegando o pote dos MEUS biscoitos e sai comendo eles.

— mas...eram pra você. — ela faz um bico e sorrio achando muito fofo.

Por Deus, o que tá acontecendo comigo?

— tudo bem Olivia, não estou com fome. — dou de ombros a observando. — o que fazia com os Hill?

— nossa, você é direto. — resmunga olhando minha sala e vai até a janela olhando a vista da praia e cruzo meus braços a observando. — eu fui buscar umas coisas que deixei pra trás ontem. Aproveitei que George não estava. — explica brincando com o cabelo e suspiro.

— Como foi seu encontro com James Scott? — pergunto sem conter a curiosidade e franzo a testa quando ela faz uma leve careta. — o que foi?

— James conhecia minha mãe... — ela morde o lábio como se estivesse organizando os pensamentos. — Ela ia pedir o divórcio e os papéis foram enviados antes dela...se matar. — fala com um pouco de dificuldade e tenho vontade de ir até ela e a abraçar.

Mas, com certeza ela não gostaria disso.

— eu sinto muito Olivia.

— fica mais confuso. No pedaço do diário dela que eu li, dizia que ela tinha deixado tudo em meu nome, para não dar nada ao Noah, mas...

— mas? — questiono curioso.

— antes de morrer ela mudou o testamento e deixou tudo em nome dele. Isso não faz nenhum sentido para mim. — concordo, para mim também. Uma mulher pronta a se livrar de um marido não se mataria, nem deixaria a filha assim.

— o que James falou?

— disse que não pode me ajudar com o testamento, mas que aceita ser meu advogado no processo contra Noah.

— Isso é bom, James é um bom advogado. — falo com desgosto por ter que defender aquele idiota, mas aquela história estava mal contada. — você ainda parece triste!

— ter um advogado de graça é bom...mas é só isso que eu tenho. Sem o dinheiro do testamento não posso ir para um hotel, e eu não posso voltar para aquela casa. Meu sangue ainda deve estar pelo chão. — ela treme e cruzo meus braços para conter o impulso de a abraçar.

— então fique comigo. — falo sem pensar.

— o que? — me olha assustada.

— na minha casa eu digo... Fique na minha casa. — Olivia começa a negar e a interrompo. — Será melhor para te proteger caso Noah mande alguém atrás de você...

— você acha que ele faria isso? — pergunta com medo agora.

Droga Cavill, você só fode.

— não Olivia, mas posso te proteger se ele for louco. — tento a acalmar. — e você teria o Kal pra te fazer companhia. Gostou dele, não gostou?

— sim, ele é muito fofo. — morde o lábio pensativa.

— será só até você arrumar um emprego ou conseguir se virar.

— tem certeza? É sua casa.

— sim, eu tenho certeza. — Era a única coisa que eu tinha certeza no momento. Ela precisava ficar na minha casa.

— tudo bem, até eu conseguir um lugar só meu.

Ou até você a convencer a ficar pra sempre

A voz sussurra na minha cabeça novamente.

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Espero que gostem, sem revisão

Bjs da tia Lina e se cuidem

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now