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Olivia F
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Abro os olhos novamente depois de um tempo apagada, sinto o gosto de sangue na boca seca e respiro fundo sentindo meu peito reclamar, olho para o chão vendo uma pequena poça de sangue onde o sangue do meu nariz pingou. Me esforço até estar sentada e puxo meu pé sentindo algo o prender e escuto o barulho de correntes.

—filho da puta. — sussurro quase não ouvindo minha própria voz.

— acordou? — Noah aparece me olhando com um copo em mãos e fico em silêncio o ignorando. — o que? Nenhuma resposta irônica? — ele olha o relógio em seu pulso antes de vir até mim e colocar o copo na minha frente. — Beba!

Encosto a cabeça na parede e empurro o copo com minhas mãos presas o fazendo derramar em um sinal de que não receberia nada dele. Noah ergue uma sobrancelha e me pergunto porque ele não tinha terminado aquilo ainda.

— Meu pai vai comer seu fígado quando nos acharem. — consigo falar sentindo minha voz arrastar em minha garganta seca.

— Agora você chama o James de pai? — ele se abaixa na minha frente e percebo os olhos agitados dele. O que acontecia com esse homem? — Eu sou seu pai!

— Você? — rio apesar da dor em meu pescoço, provavelmente devia ser da hora que ele tentou me sufocar com as mãos. — Você nunca foi meu pai... você é meu carras...— viro o rosto passando a língua no lábio com outro tapa, meu rosto estava tão dormente que eu nem sentia mais a dor, apenas a raiva crescendo dentro de mim. — Eu vou ter o prazer de cuspir no seu corpo quando eles acabarem de te esquartejar.

— isso se eles te encontrarem docinho...estaremos na Grécia antes que você perceba. — Grécia. Ele tinha negócios lá, e um barco para poder viajar sem documentação.  — sem respostas?

— Henry vai chegar aqui antes do que você espera. — Murmuro ainda firme no meu papel, mas com o coração acelerado.

Por favor meu amor, seja rápido.

{...}

Noah volta com um prato de comida depois de ficar uma hora fora e ignoro ele voltando a tentar me soltar das amarras.

— você não era tão teimosa assim Olívia. O que aquele idiota fez com você? — ele toca meu cabelo e faço uma careta de nojo ao lembrar de que tinha o estragado e deixado com uma cor horrível de roxo.

Como ele fez isso comigo apagada? Não faço ideia, mas minha roupa ainda estava molhada e manchada.

— qual o seu problema? — desisto de puxar as cordas que só machucam minhas mãos e o olho sem me abalar com a fome ou sede. Eu estava acostumada a viver com pouco na casa dele, mas com Henry eu tinha o que queria e quando queria. — Porque não termina com essa merda logo? Vamos, faça o que quer e me mate. — ele ergue uma sobrancelha surpreso. — Eu não tenho medo de você, nunca tive e não vou ter agora. Você é só uma bosta que acha que o mundo deve estar aos seus pés...— vejo a raiva crescer no rosto dele, mas continuo firme. — Mas eu não sou sua cadelinha, e ninguém é meu dono.

Noah se abaixa e segura meu rosto, encaro os olhos castanhos dele com a mesma raiva em mim.

— Você é igualzinha aquela vadia da Anne. — ele rosna me soltando e vai até a cadeira perto da porta se sentando.

— Obrigada, minha mãe era ótima, eu sei. — sorrio como se ele tivesse me elogiado e ele bufa parecendo pronto pra me dar um tiro.

—Idiota. — ele rosna baixo e deito a cabeça na parede esperando o sono voltar. — Sua mãe foi o negócio mais mal feito que eu fiz. — abro os olhos o encarando curiosa agora. Ele ia contar?— Uma aposta de jogo você acredita? Uma dívida que seu avô estava disposto a pagar. —Faço uma careta não gostando do rumo daquela história. — Seu avô tinha um leve vício em cartas, e eu era muito bom em cobrar dividas. Quando ele ofereceu a virgindade da filha eu não podia dizer não. — sinto meu estômago embrulhar e descubro que não quero ouvir aquilo. — você não sabe como é delicioso tirar a virgindade de uma garotinha Olívia, a dor, o desespero, o sangue, é perfeito.

—nojento. — Murmuro sentindo meu corpo tremer com o nojo. Minha mente corre para um lugar seguro, com Henry pela manhã em sua cama, o carinho dele ao perguntar se tinha me machucado, o alívio por não ter me feito sangrar.

— tenho certeza que seu policialzinho adorou fazer isso com você. — Noah fala dando um sorriso de lado. — Mas era pra ser comigo!

—Era pra ser com quem eu quisesse. Eu não sou um objeto. — grito o olhando com mais nojo ainda. — você é um louco.

— posso ser, ou não. — ele ri para si mesmo e se levanta. — a questão é que isso tudo é culpa do seu paizinho.

—James? — pergunto sem entender agora. — o que James tem a ver com o assunto?

— Eu ganhei sua mãe, mas enquanto esperava para ter ela, James chegou e roubou o que era meu. — abro a boca chocada. Ah meu Deus.

— você a tirou dele, esperou ela ter o filho dele, então a matou quando eu não precisava mais dela para sobreviver. — sussurro entendendo tudo. — e então me criou, esperando para minha maior idade, para poder ter o que meu avô prometeu.

—uma boceta virgem — ele completa sorrindo de forma cruel.

—Bom... você chegou tarde. — Murmuro mesmo sem conseguir ser debochada como antes. Ele era mais louco do que eu pensava.

—cheguei, mas ainda posso fazer muito com você. Como o policialzinho vai reagir se eu te engravidar?

Arregalo os olhos e viro o rosto vomitando o que restava no meu estômago enojada com as palavras dele.

HENRY POR FAVOR.

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Temos uma razão para o cuzao ser cuzao

Espero que gostem, dêem opiniões eu amo

Bjs tia Lina, carinho nos dog

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now