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Olivia F
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Ao chegar a casa de Henry entro pensando que ele era louco por deixar a porta destrancada, se bem que ele é um policial. Tipo, ele pode achar quem o roubar, certo?

Rio da minha mente e me abaixo fazendo carinho no pelo do Kal quando ele vem correndo em minha direção.

— oi garoto lindo, sentiu minha falta? — deixo ele lamber meu rosto antes de levantar indo para a cozinha onde coloco água e ração para ele. Será que é estranho eu me sentir em casa aqui?

Olho em volta da cozinha e lavo minhas mãos começando a preparar o jantar, será que Henry vai demorar? Eu não me importo muito de ficar sozinha ali.

Abro a porta olhando o jardim enquanto deixo a água fervendo em uma panela e saio olhando a casa para me acostumar.  O jardim era gigante e rio ao ver uma tentativa morta de horta em um canto, volto para dentro investigando tudo curiosa. Dou uma rápida olhada no quarto dele só por curiosidade, como um homem daqueles estava sozinho. Fico olhando algumas fotos e mordo meu lábio indo até onde deixei minha mochila a abrindo, pego o porta retrato que Henry me deu olhando com atenção.

A única imagem que tinha de minha mãe era da minha memória, Noah não tinha fotos dela. Observo a imagem notando traços em comum com meu rosto, eu sempre achei que tinha os olhos de minha mãe e o tom de pele de Noah, mas agora percebo que não. Era tudo dela, sorrio feliz por finalmente perceber aquilo, eu não tinha nada daquele homem, e isso me causava um alívio enorme.

Deixo o porta retrato na estante de Henry, era uma foto dele no final, e vou para a cozinha continuando a cozinhar.

{...}

— Olivia? — a voz de Henry chama e volto pra dentro com o Kal o olhando. Ele parecia um pouco abalado e mordo meu lábio preocupada.

— tá tudo bem? — pergunto limpando minhas mãos no avental que usava.

— sim. — sorri me observando e desce os olhos para minha roupa. — o que você está aprontando?

— uhn..— mordo meu lábio envergonhada. — eu fiz o jantar, mas você demorou um pouco então fui pro jardim. Aquela sua horta estava horrível. — Resmungo com as bochechas quentes e o olho com medo que me reprenda.

— não precisa fazer isso se não quiser Olivia. Não precisa trabalhar na casa para ficar aqui. — ele tira a jaqueta e sorrio negando com a cabeça.

— eu gosto de cozinhar, e de hortas. Você na verdade está me dando coisas pra encher a cabeça. — o tranquilizo mordendo meu lábio quando vai guardar a arma no armário.

— okay, mas só faça se tiver vontade. — volta pra perto me olhando com atenção antes de ir para a cozinha.

— posso perguntar onde você foi? — brinco com meus dedos o seguindo e vou até o forno pegando os dois pratos de macarrão com molho branco e salada.

— Uhum...— ele lava as mãos franzindo a testa. — Precisava falar com James.

— James? — o olho confusa pegando o suco que fiz e mordo o lábio novamente. — não brigou com seu amigo por minha causa, brigou? — pergunto seria agora.

E se James desistisse de ser meu advogado?

— fique calma Olivia. Eu só precisava saber o porquê ele quis ser seu advogado. Se não era um jogo dele. — ergo uma sobrancelha ainda nervosa, agora por isso. E se for? — não é, relaxe. Sua mãe era amiga dele, e ele quer te defender por ela.

Suspiro percebendo que tem outra coisa aí, mas deixo para lá. Henry parecia cansado demais e eu não ia o deixar mais cansado.

— okay, agora come. — ordeno e ele ri sentando. Comemos conversando sobre coisas aleatórias, e suspiro gostando daquele clima.

— amanhã vou procurar um emprego. — informo enquanto ele lava a louça. Depois de uma discussão, ele tinha ganho porque eu fiz a comida. — vi uma lanchonete perto da delegacia, talvez eles precisem de alguém.

— tem certeza que está pronta? — pergunta preocupado e sorrio achando aquilo adorável.

Ele realmente se importa?

— sim, não posso parar minha vida por alguém que não vale a pena. — penso em tudo que Noah me fez e sim, eu precisava continuar com minha vida.

Henry dá um sorriso largo me olhando e ergue a mão tocando minha bochecha, prendo minha respiração surpresa com o toque, mas não me encolho. Lembro do abraço que dei nele e em como me senti segura contra o peito dele, escutando seu coração batendo.

— tudo bem te tocar? — ele pergunta olhando sua mão em minha pele e concordo devagar.

— eu não tenho medo de você. — sussurro envergonhada. — sei que não vai me machucar, assim como Peter. — sorrio inocente pensando no amigo dele e franzo a testa quando o sorriso de Henry diminui. — o que foi?

— Nada, só lembrei do trabalho. — desconversa terminando de lavar a louça e seca as mãos.

— ah, entendo. No que vocês trabalham? — ele me olha confuso e rio sentando na pia. — eu leio bastante, detetives comuns não tem salas reservadas.

— ah...— ele balança a cabeça entendendo. — somos especialistas em desaparecimentos de menores e em denúncias de maltratos infantis. Eu sou formado em psicologia, então meu chefe me designou a esse ramo para cuidar das crianças.

— que incrível. — falo realmente interessada. Ele realmente me passará calma no primeiro dia, e depois. — e você gosta? — mordo meu dedo.

— sim, — ele se encosta na mesa de frente pra mim. — salvar as pessoas sempre foi o que eu quis fazer, pensei que como psicólogo eu ia fazer um trabalho bom. Mas não tinha ação. — rio baixinho imaginando ele sentado em uma sala sem vida só falando. Eu entendia como ele iria se sentir preso. — então vi um anúncio para a polícia. Foi a segunda melhor escolha que eu fiz na minha vida...

— segunda? — ergo uma sobrancelha curiosa.

— sim...— diz baixo concordando. — a primeira foi ligar o rádio na noite que te conheci.

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