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Henry C
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—Então, é uma antiga fábrica de rações? —pergunto curioso olhando o mata que James tinha trazido assim que ligamos para ele. —George comprou a cerca de catorze anos. Deve ser onde ele esconde os corpos dos garotos.

—tem bastante espaço para covas e não há nada por perto para desconfiarem de produção. —Peter completa meu pensamento e pega o rádio da polícia dentro do carro enquanto eu me abaixo segurando o Kal que estava mais agitado do que nunca.

—Hey garotão, nós vamos salvar a mamãe, confia em mim. Tudo estará perfeito a noite, você vai dormir agarrado nela, eu prometo. —seguro atrás das orelhas dele com calma para que me escute. —Mas você precisa entender que não pode ir comigo, você precisa ficar no carro com o vovô. —escuto James soltar um rosnado e rio baixo beijando o pelo do meu cachorro antes de pegar a coleira e a guia no meu bolso o prendendo. —No carro, não quero Olivia com medo de algo machucar ele!

—Pode deixar comigo, se o que vai me deixar fazer é cuidar do cachorro, eu vou cuidar! —James parece irritado com minhas ordens. —Você tem certeza desse plano?

—Tenho. —esfrego meu rosto olhando os carros passando pela estrada e em seguida o Peter falando com a central afastado do barulho. —Eles me querem, Olivia é só uma isca, mas eu não vou deixar a machucarem logo agora que...—me corto ao lembrar que não devia falar aquilo com o James sem Olivia confirmar.

—Agora que? —ele ergue uma sobrancelha e engulo em seco mordendo meu lábio. —Henry!

—Logo agora que ela quer começar a faculdade. —minto o mais convincente que posso e ele acredita. Graças aos deuses.

—Capitão Line autorizou nossa missão, e estará mandando alguns reforços em uma hora. —Peter fala e aperto a porta do carro.

Uma hora...tanta coisa poderia acontecer com minha bonequinha em uma hora.

—Não vou esperar uma hora. —falo firme olhando meus amigos e ambos se olham como se conversassem em segredo.

—Okay, vamos com você.  Ninguém mexe com nossa família. —Peter bate a porta do carro guardando as coisas e concordo.

—Estamos ferrados...temos o que? Três armas contra algo que nem sabemos? —James ergue uma sobrancelha e o encaro confuso. —Ainda bem que somos bons lutadores. —ele ri correndo até minha caminhonete entrando com o Kal o prendendo no banco do carona.

Ainda bem...eu nunca me senti tão despreparado para uma missão antes.

Aceno para Peter e entro no carro ligando ele e as sirenes, olho o celular para ver se não tinha perdido nada, e no mesmo momento outra foto chega. Dessa vez Olivia está com o rosto descoberto, pálido e molhado, ela parece assustada e quando a próxima foto chega eu entendo.

George Hill está segurando um fósforo aceso.

Filho de uma puta manca.

{...}

—Peter vai dar a volta e ver se consegue entrar pelos fundos, eu vou pela frente fingindo estar me rendendo. —olho meus amigos sentindo que não podia esperar companheiros melhores para essa vida que escolhi.

—E eu espero os reforços com o Kal, se eu escutar tiros e entro para ajudar vocês! —James completa enquanto brinca com um pente de balas parecendo ansioso para usar elas.

—Isso. —abraço os dois juntos. Dava para acreditar que se odiavam a dois meses? —Se algo der errado vocês sabem o que fazer. —me afasto olhando ambos. —Salvem Olívia primeiro!

Me viro sem esperar a resposta deles, e caminho para a entrada do galpão olhando em volta com atenção esperando alguém aparecer para me atacar, escuto uma porta de ferro ser arrastada, e logo Robert Nash aparece carregando uma arma nas mãos mirando no meu peito.

—Parado. —paro de andar o olhando com atenção e um sorriso torto no meu rosto. Cretino filho da puta.

—Eu devia saber que você estava metido nisso, só alguém fraco demais para mandar uma mulher fazer o trabalho sujo. —jogo sem conseguir decidir o que estava sentindo por Melanie Hill naquele momento. Olivia a considerava família e foi traída porque a mulher foi burra em não nos contar o que o ex marido planejava.

Eu não sabia se um dia estaria bem o suficiente para a aceitar de volta a nossas vidas. E espero que Olivia me entenda.

—É melhor calar a porra da boca, ou vai morrer antes de encontrar sua macaquinha. —rosno ao ouvir a forma que chama Olivia e me seguro para não quebrar os dentes dele.

Racista nojento.

—Estou aqui, me leve até seu companheiro. —falo irritado e ele se aproxima  me revistando.

—Veio sem armas Cavill, que burrice.

—Eu não preciso de balas para estourar seu crânio. —falo sem me abalar com as brincadeiras dele. Eu era muito melhor que ele, e todos sabiam disso. —Vai me contar porque está me apalpando tanto? Eu sempre achei que essa raiva aí era tesão sabe...

Perco o ar recebendo um soco no abdômen, mas me recompondo em segundos, eu tinha atingido a ferida dele? Uhn...

—Avise seus amigos para irem embora! —ele ordena e olho para trás vendo os dois no carro, e Kal tentando roer a liga da coleira.

—Eles vão assim que vocês soltarem Olívia, eu os fiz prometer! —falo sincero voltando a olhar o homem mais velho e mais baixo. —Agora posso ver minha mulher?

—Ande logo. —aponta e volto a andar com as mãos erguidas para ele ver enquanto me segue com a arma nas minhas costas.

Entro no galpão sentindo o cheiro azedo de algum produto químico que desconheço, escuto latidos em algum lugar e isso me deixa puto, animais sendo maltratados, as luzes são fracas apesar do lugar aberto e em poucos minutos vejo as grades e o corpo pequeno preso nele.

—Henry...—Olivia me encara e percebo que ela está seca agora, com outra roupa. O que?

—oi meu amor. —respondo sem mostrar como eu estava desesperado para a ter segura. —Vou tirar você daí rapidinho okay?

—Não Henry, você não devia ter vindo. —ela nega e vejo uma lágrima escorrer por sua bochecha.

—Eu nunca te deixaria Olívi...

—Devia ter deixado detetive...devia ter deixado tudo de lado e sumido. —a voz de George Hill surge e o olho com raiva.

—Está fazendo isso porque descobri tudo que você faz? —cruzo meus braços com vontade de arrancar aquele sorriso de seu rosto.

—Estou fazendo isso porque você é uma pessoa muito curiosa, e eu odeio pessoas curiosas. —ele caminha até Olívia e toca os cabelos dela me fazendo ver que ainda estão úmidos. —Gostou do nosso show? Que maneira mais fácil de fazer o trouxa correr do que fingir que vai queimar a namoradinha?

—Eu vou arrancar sua cabeça do pescoço e pendurar na porta da delegacia seu nojento do caralho. TIRE AS MÃOS DELA. —tento avançar contra ele, mas Nash me segura e alguns capangas aparecem o ajudando.

—Não tão rápido Henry, primeiro vamos ter uma conversinha. —George ri soltando o cabelo de Olivia e ela se encolhe como pode se protegendo.

—Tenho uma pergunta antes de tudo! —o olho com nojo. —Onde enterrou o corpo das crianças?

—Enterrei? —um sorriso cruel aparece em seu rosto e sinto que não vou gostar nada daquilo. — Como você acha que alimentei os cachorros?

Arregalo os olhos parando de lutar com aquela informação, ele...ele...

SEU ESCROTO.

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*Chega sorrindo envergonhada*

Oi gente, eu sei que demorei, os últimos dias tem sido realmente frustantes para mim.

Sinto muito a demora com os capítulos, e prometo recompensar meus leitores.

Bjs da tia Lina.

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now