113

2K 180 99
                                    

🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷
Olívia F
🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷

Tudo tinha acontecido rápido demais, Henry tinha lutado com os dois homens e enquanto estava distraído George tinha me soltado e puxado com ele. A arma contra minhas costas me causada pânico, um aperto e meu bebê estaria em risco. Vejo o reflexo de algo prateado e meus olhos se fixam nas mãos de Robert Nash, e na faca que elas carregam.

—Henry. —grito tentando me soltar das mãos que me prendiam com mais força, e meu mundo para quando Nash crava a faca no peito do meu detetive.

Não, não, não, não... NÃO!

Henry cai de joelhos e puxo a mão de George tentando me soltar ao mesmo tempo que escuto barulhos de tiros, espero a dor e levo as mãos a minha barriga, mas é o corpo ao lado de Henry que cai.

—O que? —George murmura nos virando para trás e vejo Peter saindo de trás de uma das máquinas espalhadas pelo prédio.

Peter estava aqui, isso era bom... Eu acho.

—Solte ela Hill! —ele ordena e fecho meus olhos respirando ofegante. Eu preciso chegar ao Henry.

—você vai me deixar ir, ou eu mato ela também. —George continua me segurando e bufo cansada daquilo. Meu filho não merece uma mãe medrosa.

Henry não merece uma mulher que tem medo de lutar. Eu não fui feita para não lutar, principalmente se meu detetive precisa que eu seja forte.

—Cala a boca filho da puta. —piso no pé dele ao mesmo tempo que jogo a cabeça pra trás com tudo. Aproveito que o peguei de surpresa e mordo seu braço fazendo que derrube a arma. —Isso é por ameaçar Elena. —dou um soco nele sentindo minha mão reclamar. —E isso por mim e os garotos. —dou uma joelhada no meio das pernas dele o fazendo cair de joelhos.

—Olivia, deixa um pouco pra mim. —escuto Peter e concordo antes de me afastar escutando uma tosse tomar o lugar.

—Henry. —sussurro e corro para onde ele está deitado tocando seu peito, tinha tanto sangue. —Amor, não não... —soluço tocando o rosto dele tentando limpar o sangue de seus lábios.

—Liv...—os olhos azuis piscam me encarando e sinto meu coração pular no peito. —E..eu sinto muito.

—Shh não, está tudo bem. —pego a mão dele escutando sirenes e um latido conhecido por mim. —Aguenta firme, por mim Superman...por nós.

Eu precisava contar a ele sobre o bebê, mas não conseguia formas as palavras.

—Eu te amo...cu..cuida do Kal.

—Henry, você não vai a lugar nenhum. —agarro o rosto dele para me encarar. —Está me escutando, você não vai me deixar agora!

—Eu amo seus olhos...minha bonequinha. —ele parece não estar me ouvindo e vejo o cão preto e branco surgir lambendo o rosto do dono choramingando de forma desesperada. —Garotão...cuida da mamãe... Amo vocês.

—Você não pode me abandonar Cavill... não pode me engravidar e me abandonar. —sussurro para só ele ouvir e sinto alguém me puxar para longe ao mesmo tempo que paramédicos se debruçam sobre o corpo dele, mas o peito de Henry já tinha parado de subir e descer com sua respiração.

Era isso, ele tinha partido

—Olivia. —escuto a voz do James e me viro o encarando sem derramar minhas lágrimas. —Ele vai ficar bem.

—George! Cadê o George? — me afasto tomada pela raiva, era tudo culpa daquele filho de uma quenga. —Onde está aquele filho da puta?

—Peter estava levando ele ..—James parece confuso, eu não tinha tempo para explicar, saio atrás do Peter agarrando um dos ferros que tinham atirado ali.

Os uivos de Kal soavam altos até como uma trilha sonora para o que eu ia fazer.

—Peter. —grito ao ver as costas do homem alto e ele para segurando o George algemado se virando pra mim

—Olivia. Você não devia estar com o Henry? —ergue uma sobrancelha e nego com a cabeça balançando o pedaço de ferro nas minhas mãos.

—Cinco minutos, eu preciso de cinco minutos com ele! —aponto o George que tem um sorriso no rosto.

—Porque? —meu amigo parece curioso e olha o pedaço de ferro. —Olivia!

—Ele merece muito mais do que eu posso fazer, me deixe fazer isso. —olho os olhos castanhos de Peter. —Pelos garotos, por Elena e por He...por ele. —peço sem conseguir falar o nome dele agora.

A dor viria quando eu estivesse sozinha!

Sem Henry eu era uma parede que não podia deixar as emoções a mostra.

—Vocês tem dez minutos... —escuto uma voz velha e me viro encontrando um homem desconhecido, com um colete escrito "FBI". —Dez minutos Stan. Ninguém merece isso mais do que a garota, leve ele até o canil.

—Obrigado capitão Line. —Peter concorda e volta puxando o George, encaro o homem curiosa com quem era ele, antes de sair atrás do moreno.

—O que vocês vão fazer comigo? Brincar? —George parece achar tudo divertido o que me faz apertar o pedaço de ferro.

—Pode apostar. — resmungo ao entrar numa espécie de galpão secundário, seis gaiolas com pastores alemães estavam ali. Os animais latem ao nos verem e imagino o que passaram ali.

Me viro encarando o George e respiro fundo antes de bater com o ferro com toda a minha força no abdômen dele e Peter o segura para não cair.

—Olivia, eu pensei que você ia conversar. —meu amigo me olha assustado e eu rosno.

—Conversar é para pessoas, e não lixo. —bato novamente escutando o homem engasgar com a dor. —Gosta disso desgraçado? —pergunto puxando o cabelo dele e bato com o ferro em seu rosto vendo o sangue escorrer ali. —Espero que sim!

Os próximos oito minutos passam rapidamente por meus olhos, tudo fica vermelho, meu vestido, minhas mãos e o chão. Peter solta o corpo desacordado e o olho com o rosto sem expressão.

—vá chamar ajuda para ele. —peço olhando o corpo no chão sem me arrepender, ele merecia.

—Tem certeza? —um chute e nenhuma reação do latino.

—Sim, ele não vai acordar. —concordo mordendo meu lábio olhando o ferro em minha mão.

—Okay, grite se precisar.  —ele se afasta e logo sai daquele espaço.

Respiro fundo e olho as gaiolas, a única coisa que me importa agora é meu filho, eu tinha perdido meu Henry, e isso era culpa do homem desmaiado nesse chão.

E ele não merece misericórdia.

É tudo que penso quando subo em uma das gaiolas começando a soltar os cadeados até todos estarem soltos e os cães livres. Não demorou até eles correrem até o corpo, escondo o rosto nos joelhos cobrindo meus ouvidos não querendo ouvir nada do que acontece a seguir.

O mundo não precisava mais se preocupar com George Hill.

~%~%~%'%'%~%~~%~%~%'%'%~%

Eu pensei muito sobre essa parte da história, realmente espero que vocês gostem como eu estou gostando.

E agora?

Quem vem pra festa?

Saviour. FINALIZADAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora