Saviour. FINALIZADA

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Henry C
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—Quem faria isso? — Olivia pergunta o que está rodando minha cabeça a horas.

Passamos o dia lendo e relendo cada um dos papéis naquelas caixas enquanto esperamos Peter voltar com o aparelho de vídeo para vermos as fitas, mas ele precisou ir para a delegacia. James e eu concordamos em deixar aquilo por último e prestar atenção as outras coisas, como os passaportes falsos e os relatórios.

—James tem uma teoria que não me deixou muito feliz. — Murmuro passando uma mão no meu rosto observando enquanto Olivia se move pela cozinha começando a ficar tensa junto comigo. Eu odiava a deixar preocupada com meus problemas.

—Conte. — ela pede enquanto mexe no fogo e suspiro.

—Noah descobriu algo muito ruim sobre George e o obrigou a ser advogado dele, George como não é burro guardou as provas e relatórios das acusações que podiam incriminar Noah consigo. — vou até ela pegando a faca de sua mão quando começa a cortar uma cebola.

Olivia e facas não são amigas.

—O que mais? — ela pergunta secando as mãos me olhando nervosa.

—James também acha que Noah conseguiu comprar o Capitão Nash e ele vem sendo corrupto. — Eu não gostava daquilo, porque não podia simplesmente acusar meu superior de corrupção, eu perderia meu distintivo. — O que nos leva aos passaportes e documentos falsos, são todos de George. Talvez ele tivesse planos para fugir do país se algo desse errado com Noah.

—Porque ele sabia que Noah era perigoso e tinha medo? — Olivia me olha com a testa franzida e suspiro entregando a cebola picada pra ela.

—É uma teoria...em resumo a única certeza que temos é que George tem muita coisa escondida ainda. — Murmuro indo lavar minhas mãos.

—Isso não faz sentido. — Olívia resmunga colocando as mãos na cintura e a olho curioso. — Porque ele deixaria coisas que o colocariam na mira dos polícias para trás? Porque daria a Melanie a arma para usar contra ele no divórcio?

Penso naquilo enquanto arrumo a mesa e concordo logo. Olívia tinha razão, ali tinha mais alguma coisa que não estávamos vendo.

—Talvez ele planejasse voltar e pegar as coisas...a casa está vazia agora. — Murmuro vendo James entrar na cozinha com a bochecha vermelha e ergo uma sobrancelha.

—Ela me deu um tapa. — meu amigo me olha como se eu pudesse explicar o motivo.

—O que você fez? — Olivia encara ele com uma colher na mão e penso que ela iria usar como arma contra James.

—A beijei. — ele fala como se fosse a coisa mais normal do mundo.

—Assim, sem mais nem menos? — pergunto olhando ele sem acreditar na cara de pau.

—É que ela fica tão linda com raiva, eu não imaginei que fosse levar um tapa. — ele toca a bochecha parecendo mais bobo ainda.

—Pai. — Olivia o encara negando com a cabeça devagar parecendo mudar de ideia sobre dar um sermão nele. — Henry chame Gina para jantar, por favor?

—Tudo bem...— passo por James dando um tapa no seu braço de leve e saio da cozinha.

Encontro Gina na sala encarando os jornais que estavam separados com os braços cruzados.

—Não são crianças aleatórias...— ela murmura e ergo uma sobrancelha.

—Como assim? — Gina da um pulo assustada e me encara mordendo o lábio.

—Eu fiz faculdade de administração...em uma das classes aprendemos a separar itens juntos. — ela fala parecendo bem profissional. — costuma ser algo simples, números, letras e símbolos.

—Okay, e o que isso tem a ver com os jornais? —pergunto concentrado na explicação dela.

—Não são aleatórios. — ela começa a separar os jornais. — ele sequestra três garotos a cada três meses, todos com seis anos, e todos com nomes com a letra inicial iguais. — olho os jornais percebendo a linha que ela criava.

—Merda. — resmungo, se ela estivesse certa. Significava que teríamos que esperar mais três meses para ele voltar a ativa.

—Ele já sequestrou o terceiro? — Gina me encara com uma careta e concordo esfregando meu rosto. — Talvez eu esteja errada, eu não sei fazer essas coisas como vocês detetives...

—Você fez muito bem Gina, consigo ver razão no que você mostrou. — Murmuro a tranquilizando e mordo meu lábio. — Espera, você disse três garotos com a mesma letra?

—Isso. — ela aponta os nomes e franzo a testa. — O que foi?

—temos cinco casos em aberto na delegacia. — murmuro pegando meu celular para ligar para o Peter.

—Três com J na inicial. — escuto a voz de Olívia e viro a olhando na porta. — Falta um com O...

—Peter, eu acho que descobri algo. — falo assim que ele atende olhando minha namorada que parecia frustada com algo.

—Vocês precisam descobrir quando ele sequestrou o último garoto, e se a linha está certa. — Olivia vem até mim mordendo meu lábio olhando os jornais. — George sabe algo sobre o caso e vocês precisam descobrir o que.

Fecho minha cara concordando, era por isso que eu vivia reclamando com a falta de pessoal no nosso setor. Eu não era especialista em estratégias, e Peter muito menos.

Quando entrei para a polícia só queria salvar pessoas, não brincar de quebra cabeça.

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Eu juro que nossos detetives não são lerdos...kkkk

Amo vocês