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Olivia F
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Olho o celular mais uma vez vendo que só haviam se passado alguns minutos e olho para o Kal que parecia tão cansado quanto eu.

—Já deve estar acabando querida. — Gina senta ao meu lado no chão do corredor do lado de fora do apartamento de meu pai e deito a cabeça no ombro dela nervosa e preocupada.

—São quase uma hora da manhã...Henry está a muito tempo vendo essas coisas macabras que não quer que a gente veja. — sussurro frustada e preocupada com a saúde dele. — James entrou a uma hora e não saiu para dar notícias. Eu só quero abraçar meu namorado e dizer que vai dar tudo certo...

Esfrego meu rosto frustada sentindo Kal mexer a cabeça no meu colo fazendo um barulho antes de se virar pedindo carinho na barriga.

—Você vai poder dizer isso quando ele acabar. — ela faz carinho no meu cabelo e fecho meus olhos cansada de esperar.

Eu não sabia o que eles estavam vendo, mas para Henry não me deixar entrar era ruim, e mesmo que ele seja forte e tudo eu sinto que ele precisa de mim. Sinto que eu devia estar com ele!

—Foda-se! —resmungo e me levanto depois de afastar o Kal.

—Olivia! — Gina levanta para me segurar, mas já estou entrando no apartamento e caminhando para a sala.

Henry e Peter estavam sentados no sofá com o corpo tenso, e não havia sinal do meu pai por ali. Eles deviam estar concentrados porque não me escutam, então aproveito e olho pra tv.

Eles não me deixaram entrar porque estão vendo filmes de terror?

A cena na televisão mostra uma espécie de médico retirando órgãos de um corpo...

Ah puta merda.

—PORRA. —me assusto ouvindo o grito ao meu lado e todos os olhos da sala se viram para Gina que cobria os olhos assustada.

Eu devia estar assustada também? Acho que uma hora vou ficar, mas agora eu só estava preocupada com o Henry.

—Olivia, eu mandei você ficar no corredor! — ele se levanta enquanto Peter desliga o vídeo e olho Henry franzindo a testa por seu tom de voz.

Ele está irritado?

—Eu estava preocupada... você podia estar precisando de apoio. — Murmuro tentando me explicar, mas paro de falar quando ele agarra meu braço. — Henry!

—Eu não preciso de nada. — o olhar dele dizia o contrário, e eu podia sentir a raiva dele se voltar contra mim. —Porque você tem que deixar tudo fodidamente complicado?

Eu já tinha visto aquele olhar diversas vezes na minha vida.

—Solta meu braço! — falo sem demonstrar como a reação dele tinha me afetado. —Agora!

Henry respira fundo olhando meu rosto e logo sua mão solta meu braço subindo para o meu rosto.

—Meu amor, eu não quis ser grosso...eu...— os olhos azuis se fecham quando me afasto dele.

—Você está abalado, e frustado e sei lá o que mais. — falo baixo porque eu entendia ele. — Mas isso não te dá o direito para falar assim comigo!

Falo magoada vendo seus olhos voltarem a se abrir me olhando assustados, eu queria muito abraçar ele e dizer que estou aqui, mas a sensação da mão apertando meu braço me trazia memórias que eu não queria lembrar.

—Olivia, eu não ia te bater. Você não precisa ter medo de mim. — ele fala baixo tentando me tocar de novo e me encolho negando com a cabeça.

—Volte ao seu vídeo, eu vou tomar um banho e dormir. — falo me mantendo distante e puxo a Gina para o quarto comigo.

Eu sabia que ele não ia me bater... não sabia? Porque eu fiquei tão abalada com a forma que ele me olhou? Com sua raiva? Eu fui a errada em não esperar, certo?

—Ollie — escuto a voz da Gina me tirando dos meus pensamentos e bato a porta atrás de mim a olhando antes de ir até a cama cobrindo meu rosto. — Ele só estava irritado...tenho certeza que foi por impulso.

Solto um resmungo sem querer que mais daquelas imagens invadam minha cabeça. Henry gritando comigo, Henry com raiva, Henry com um cinto na mão.

—Eu não consigo... não consigo. — soluço balançando a cabeça atormentada e ela saí do quarto apressada. — não, não. Henry não é assim. — sussurro para o que minha mente continua a jogar sobre mim. .

—Filha? — escuto a voz do meu pai e ergo meus olhos para ele sem me importar com o choro.

—Ele...eu...as imagens...— gaguejo embaralhado apertando minhas mãos nos meus braços.

Porque minha mente estava me atacando?

—Shhh...menina linda. — James me abraça contra seu peito e fico tensa por longos segundos. — Isso é só seu cérebro te torturando...shhh — ele beija minha testa me balançando e choro baixo. — O seu corpo só reconhece uma coisa em momentos assim Olívia, ele espera o pior.

Uma mão faz carinho nos meus cabelos e a outra nas minhas costas, como se eu fosse um bebê e ele estivesse me acalmando.

—Henry...meu braço. — Murmuro tremendo contra aquele abraço.

—Ele está irritado e abalado princesinha, você entrou e viu algo que ele te proibiu de ver. — a voz de James soa repreendedora e me encolho. — Tenho certeza que ele te segurou para te puxar pra longe, mas você ficou com medo dele e isso o assustou.

—As imagens...eu não quero ter medo do Henry. —murmuro chorando baixinho cansada.

—Não precisa, amanhã você vai pedir desculpas e deixar ele pedir desculpas também... você vai ver, tudo vai se resolver. — outro beijo é deixado em meus cabelos antes que James comece a cantarolar uma música de ninar.

Eu devia ter ficado no corredor

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Sentiram minha falta? Vocês não acreditam como eu estava surtando porque não conseguia postar.

Uma discussão pra animar mais as coisas.

Bjs da tia Lina

Saviour. FINALIZADAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora