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James S
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Sinto meu celular vibrar e saio do quarto devagar o pegando no bolso enquanto encaro Olivia pela janela na porta. O nome de Gina brilha na tela e atendo rapidamente, eu sentia tanta falta das nossas conversas loucas.

—James, acabei de ler a mensagem da Elena. —ela parece agitada, como se estivesse em movimento. —Como ele está?

—Ele...—respiro fundo ainda sem acreditar naquilo. Henry tinha sido parte da minha vida por 16 anos, ele me trouxe minha filha, ele a fez me amar, e agora eu não podia o ajudar em nada. —Henry está em coma.

—Ah, meu deus. —Gina fala abafado e o barulho vira algumas buzinas. O que essa louca está fazendo? — Como Olívia está?

—Eu não sei Gina, ela não fala desde que recebemos a notícia, não chora, tudo que ela faz é estar sentada ao lado da maca de Henry segurando a mão dele. —esfrego meu cabelo frustado. —Ela se fechou na mente dela como fez no começo.

—Estou indo para o hospital, vou levar algumas roupas para ela, e comida pra você. —Gina suspira. —Como você está James?

Franzo a testa surpreso com a pergunta, como eu estava? Se ao menos eu pudesse ajudar em algo, Peter tinha levado Marianne para casa e se ofereceu a ajudar ela com as ligações para a família de Henry, Elena tinha sumido depois da notícia do coma e eu só podia ficar ali. Vendo meu amigo a beira da morte, e minha filha perdida no próprio sofrimento.

—Perdido...eu me sinto muito perdido. —sussurro me apoiando na parede fechando meus olhos. —Eu não sei o que fazer Georgina, não sei como ajudar eles.

—Fique calmo, eu estou chegando. —imagino o sorriso dela e isso me acalma um pouco. —Enquanto isso esqueça que você é amigo de Henry, como advogado o que você faria?

O que?

—Eu entraria em contato com o plano de saúde e veria o que precisa ser pago... Também iria até a delegacia garantir que Olivia não pague pela morte de George Hill.

—Ótimo, esse é o James que eu adoro. —franzo a testa surpreso. —Quando eu chegar você pode ir resolver essas coisas, eu cuidarei de Olívia.

—Georgina..— nego com a cabeça ao me ver sorrindo encantado com aquela mulher. —muito obrigado.

—Eu...—ela limpa a garganta. —Estou fazendo isso pela Olívia. —resmunga, mas consigo ver a verdade por trás de suas palavras. Ela se importava comigo.

—Mesmo assim, obrigado.

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Olivia F
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Durante toda a minha vida tudo que eu mais quis foi me sentir segura e amada, Noah nunca me deu isso, minha infância foi o que muitos chamam de assustadora, quando ele tentou me matar eu não tive medo, nunca tive medo de morrer, nem da morte.

Não até aquele momento.

Henry William Dalgliesh Cavill não tinha apenas salvo minha vida, ele salvou minha alma, meu futuro. Com ele eu tinha um lar, uma família, amor, carinho e proteção, com ele eu tinha tudo que sempre quis e até mais. Com ele eu encontrei meu pai verdadeiro, um homem que sempre me quis e que me ama pelo que sou. Eu tinha Kal, o melhor e mais carinhoso cão do mundo.

Olho para baixo onde o cachorro estava deitado debaixo da cama do hospital e suspiro profundamente, eu queria estar deitada ali no lugar de Henry, ele saberia como reagir na minha situação. Ele sempre sabia como se comportar em situações complicadas.

Volto a olhar o rosto que me causava tantas emoções diferentes, agora coberto pelo respirador e alguns hematomas fortes. As lágrimas enchem meus olhos outra vezes e as empurro de volta com toda minha força respirando fundo, eu não ia chorar ali.

—Olivia. —escuto uma voz, mas nem me dou o trabalho de olhar quem era. —Liv...—me assusto ao sentir mãos me sacudindo e encaro Gina sem falar nada. —Vamos trocar essa roupa? Tomar um banho? —volto a olhar o Henry sem prestar atenção nela e apenas sinto meu corpo a seguir enquanto ela me puxa para o banheiro e começa a tirar minhas roupas.

Meu corpo movido no automático apenas sente a água cair sobre ele de leve, assim como as mãos de Gina, eu devia sentir vergonha por ela estar me banhando, mas naquele momento não importava. Nada importava.

Ela me em  um vestido grande demais para mim mesma e sou levada de volta para a cadeira onde puxo minhas pernas para cima abraçando meus joelhos antes de pegar a mão do meu detetive outra vez.

—vou comprar algo para você comer! —ela avisa e prenso em dizer que não estou com fome, mas mudo de idéia.

Eu precisava me alimentar por causa do bebê, Henry nunca me perdoaria se eu não cuidasse do nosso filho.

Isso se ele acordar

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Sei que tinha prometido não demorar, desculpa meus amores.

Os comentários de vocês me deixam louca de amor.

Bjs da tia Lina.

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now