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Olivia F
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Peter me chama quando a primeira testemunha está pronta, respiro fundo para controlar o meu nervosismo e me levanto indo para fora da sala dele e de Henry.

Sigo o homem até uma sala com um vidro e vejo uma mulher lá dentro secando o rosto com um lenço. Imagino como deve estar sendo dolorido para ela aquilo e entro na sala atrás de Peter.

—Sarah, essa é Olívia, ela vai desenhar o homem que você viu. — Peter me apresenta e sorrio fraco para ela me sentando em uma das cadeiras livres deixando o caderno e a caixa de lápis na mesa.

—Eu sinto muito pelo que você está passando. — sussurro sincera para ela antes de olhar em volta, era uma sala quadrada e as janelas eram espelhos, me lembrava aquelas séries policiais que a Elena gostava.

—é só você dizer o que lembra do homem, cada detalhe é importante. — Peter volta a falar e me concentro escolhendo uma folha em branco e pegando um lápis esperando ela começar a falar.

—Ele era alto e moreno, um metro e noventa ou mais, usava roupas pretas. — vou escrevendo esses detalhes franzindo minha testa. — o rosto dele era quadrado, tinha olheiras debaixo dos óculos de grau, e olhos castanhos. — começo a desenhar surpresa por ela ter visto tantos detalhes. — não tinha barba, e o nariz era apontado. — a olho esperando mais algum detalhe e sinto um pouco da dor dela ao ver que chorava.

—Acho que já conseguimos um rosto... Peter. — o olho mostrando o desenho não querendo a transtornar mais.

—ele era assim Sarah? — Peter pega o caderno mostrando o desenho pra ela e a mulher concorda rápido. — lembra de mais alguma coisa? Uma tatuagem, marca, cicatriz?

—Uhn... não, sinto muito. — ela nega rápido secando os olhos novamente e mordo meu lábio observando ele a acalmar.

Eu não serviria para aquele trabalho, consolar pessoas machucadas, pais que perderam seus filhos, prender bandidos. Não, meu trabalho mesmo era com coisas calmas como desenhar.

—tudo bem, já acabamos por hoje, qualquer mudança você sabe onde me encontrar e tem meu celular. — Peter levanta a levando para a porta. — Eu ligo se descobrirmos algo.

—Obrigada Detetive Stan, e a você também Olívia. — ela me agradece e apenas sorrio acenando para ela quando eles saem.

Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo encarando o homem no desenho. Ele não parecia alguém que sequestraria crianças e as machucaria. Mas eu sabia que aparência não era tudo, por aparência Noah conseguia convencer a todos que eu era louca e ele um santo.

Penso nisso um pouco, como ele tinha controlado todas a sua volta, comprado cada policial que bateu na nossa porta, feito cada pessoa que descobriu a verdade sumir. E agora que ele morreu tudo isso ia sumir, como se os crimes dele não tivessem afetado a minha vida e de outras pessoas para sempre.

Afasto os pensamentos quando Peter volta com um homem também latino e o apresenta a mim, logo reconheço o sobrenome de um dos garotos desaparecidos.

Passo para outra página em branco e escuto ele falar sobre os mesmos detalhes da mulher anterior.

{...}

Peter se despede da terceira testemunha e pego os três desenhos e o caderno me levantando sentindo minhas pernas reclamando do tempo que fiquei sentada. Estalo meu pescoço e saio com as minhas coisas indo para a sala onde Henry estava.

Entro vendo ele erguer os olhos pra mim, e logo Peter aparece também fechando a porta atrás de si mesmo.

—E então? — Henry se levanta e mordo meu lábio pegando os três desenhos levando até o quadro negro os pendurando lado a lado. — uhn...

— Olivia fez um belo trabalho. — coro com o elogio do Peter e mordo meu lábio olhando os três desenhos parecidos e ao mesmo tempo diferentes.

—A primeira mulher disse que o rosto era quadrado, o segundo que ele tinha uma tatuagem no pescoço, e a terceira que ele tinha barba. — falo sentindo o olhar deles em mim e encolho meus ombros por lembrar dos detalhes. — Mas os três concordam sobre os olhos, o cabelo e as roupas.

—Sim...— Peter me dá um aperto no braço olhando os desenhos. — Temos um suspeito.

—E eu tenho novidades. — Henry fala com uma expressão sombria no rosto, antes de bater em mais dois papéis presos ao quadro.

—Mais casos? — Peter olha surpreso chegando perto para ler, mas logo a expressão dele se fecha.— merda. Os dois?

—Sim, procurei e encontrei as duas autópsias que batiam na descrição. Desci no arquivo para ver e são os dois primeiros garotos, uma semana de diferença entre as mortes. — os dois se olham como se conversassem em silêncio.

—O que isso significa? — olho os dois curiosa e nervosa.

—Que temos um assassino em série. — Peter fala passando as mãos nos cabelos e vejo a tensão em Henry ficar quase visível.

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Ui

Bjs e amanhã tem mais

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now