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James S
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Solto Olívia de nosso abraço, observando seu rosto com carinho antes de deixar um beijo em sua testa.

Minha filha.

Ela era tão parecida com a mãe que me assustava, mas eu conseguia me ver ali, nos cachos pontuando a ponta dos cabelos, o nariz arrebitado. E a teimosia, sim eu sou muito teimoso, preciso ser para me dar bem nessa profissão.

—Vamos pra minha sala. — cumprimento o Henry com um abraço rápido e os conduzo até minha sala pedindo a Nina, minha secretária que arrumasse alguns chocolates para Olívia.

— sua filha teve uma idéia de manhã, e preciso que coloque na cabeça dela que é burrice. — Henry dispara enquanto Olivia se senta em uma cadeira o olhando com os olhos arregalados.

Lá vem merda.

—O que? — cruzo meus braços me encostando na minha mesa a olhando com atenção e olho pelo canto do olho meu amigo olhar a janela como se pra nos dar privacidade. Sutil como um elefante.

— eu só...— Ollie baixa o rosto brincando com as próprias mãos e resmunga algo que não consigo escutar.

—o que? — repito começando a imaginar milhares de possibilidades. E se ela estivesse grávida? Olho para o Henry com minha melhor cara assassina, mas as próximas palavras de minha filha fazem minha respiração fraquejar e o coração parar de bater no ritmo certo.

—Eu pensei em procurar meu avô. — ela ainda sussurra, mas não tenho certeza de que eu possa responder algo. Ela queria ir atrás daquele homem?

—Porque? — consigo fazer minha voz sair de minha boca enquanto coloco uma mão sobre meu peito.

Benjamin Fraser foi o homem que causou as piores dores da minha vida junto com Noah, eles me tiraram Anne e depois Olívia, uma para sempre.

— Eu só acho que ele merece saber porque minha mãe está morta. — Olivia me olha firme e fecho meus olhos abalado com aquilo. — papai? Henry ele vai desmaiar. — ela parece aflita e logo sinto mãos pequenas tocando meu rosto. — papai?

Eu passei dezoito anos sonhando com meu filho me chamando de papai, dizendo a minha mente que eu nunca veria seu rostinho, ouviria sua voz. E agora ela estava aqui comigo, e eu tinha perdido todas as coisas importantes, não podia perder mais nada.

— porquê? — a olho segurando a mesa de novo. — Eu não sou suficiente? Não sou família suficiente?

—o que? — os olhos verdes se arregalam me encarando chocados.

— você quer conhecer ele, porque ele é da sua família. — Murmuro a olhando com medo de a perder de novo.

—Não, pai não é isso. — ela nega rápido e me abraça apertado fazendo aquele aperto no meu peito diminuir um pouco. — eu só ia mandar um e-mail para ele contando tudo. Não vou a lugar algum para longe de você, eu prometo.

Solto um longo suspiro contra seus cabelos agora amarelados por causa do que Noah fez com ela e fecho meus olhos a abraçando também.

—Não posso correr o risco de ele te tirar de mim de novo Olivia. Não posso perder mais ninguém para aquele monstro. — Murmuro fazendo carinho na cabeça dela olhando o Henry que ainda olhava a janela como se não estivesse ouvindo tudo. — Você pode ter pena dele por sua mãe, mas acredite em mim quando digo que ele não se importa, ele nunca se importou com ela apenas com o dinheiro e os jogos.

—Tudo bem. Não vou entrar em contato com ele, por você. — ela me olha e suspiro beijando sua testa.

—Obrigado. — sorrio e a solto para pegar os chocolates que a Nina trás. — Agora, podemos falar sobre meus assuntos? — tento mudar de assunto para me recuperar.

—Sim, o que eram todos aqueles documentos? — Henry se aproxima novamente enquanto Olivia devora um bombom como se fosse o fim do mundo.

Minha filha é estranha.

—os documentos. — suspiro dando a volta na minha mesa pegando a pasta. — o testamento da sua mãe.

—Mesmo? — Olivia para de comer me olhando surpresa e concordo.— como?

— Há uma cláusula no final de todos os documentos assinados por sua mãe. — abro a pasta separando os documentos. — dizendo que se algo acontecesse com Noah, a empresa e os outros negócios dela e dele estariam no seu nome.

—Espera, dele também? — Henry pega um dos documentos curioso e só concordo deixando eles lerem. — Foi ele que assinou isso... é o contrato de casamento. Tudo em nome de Olívia Fraser caso os dois morressem.

Eu só não entendo porque ele deixaria tudo para Olivia, na minha cabeça algo não se encaixa nisso.

—Sr.Scott? — Nina bate na porta e a olho. — Chegou uma carta para o senhor.

—Deixe eu ver. — vou até ela sorrindo agradecido e abro a carta devagar sem reconhecer a letra. Quem ainda escreve a mão hoje em dia?

" James...eu odeio você com todas as minhas forças. Você teve tudo que eu queria, o amor de Anne, uma filha dela.
Mas eu consegui o que eu queria, fiz ela pagar pelo que fez comigo, com meu contrato com o pai dela, quem deveria ter sido o primeiro era eu.
E você perdeu tudo, sua linda filhinha não sabe da sua existência e eu tenho grandes planos para Olívia.
Eu realmente amo a garotinha sabe, ela deve me odiar igual a vagabunda da mãe dela, mas eu gosto quando ela luta comigo. É lindo ver a raiva em seus olhos, e ela nunca chora.
Ela tem dezesseis agora, e achei que estava na hora de você saber da existência dela e de como eu sou um pai fantástico.

P.S-- essa carta deve estar sendo entregue depois que eu morri, se Olivia ainda viva fico feliz, a mãe implorou para que eu não a machucasse enquanto eu amarrava meu cinto no pescoço dela.

Noah Oliver."

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Eu sei que sou demais hehehe, temos uma confissão?

Bjs da Tia Lina e desculpa a demora

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now