Saviour. FINALIZADA

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Olivia F
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Desvio meu olhar da vista que tinha a janela da sala de Henry para ele, o cabelo bagunçado, a camisa amarrotada, barba por fazer, e olheiras escuras embaixo dos óculos de grau. Eu tinha reparado que ele os usava quando estava cansado demais.

—Você vai vir comigo até a casa de James, tomar um banho e descansar um pouco. — sussurro mordendo meu lábio. — Eu entendo que não quer ir pra casa pra não ficar longe daqui caso algo aconteça, mas você vai ficar doente Henry.

Elena tinha ido embora assim que anoiteceu, e não ficou muito satisfeita por eu não ir com ela. Henry também achou ruim até eu explicar que se ele ia ficar na cidade eu também ficaria perto. Eu não vou deixar ele se afundar nessa sala arriscando a própria saúde.

—Olivia eu não posso sair. — ele me olha tirando os óculos para esfregar os olhos e suspiro encolhendo meus ombros.

—Seriam só algumas horas, o Peter saiu para tomar banho a tarde, porque você não pode? — ergo uma sobrancelha preocupada com ele e suspiro frustada. — Se você não vir, eu vou para casa!

Era uma coisa infantil usar isso contra ele, mas eu estava preocupada com a saúde dele.

—Como assim? — a testa dele se franze como se não tivesse entendido.

—Kal está sozinho desde ontem, alguém precisa cuidar dele. E como você não se importa com a própria saúde, cabe a mim ir para casa cuidar do nosso cachorro!

—Nosso...— um sorriso diferente se abre no rosto dele e Henry murmura para si mesmo algo que não entendo. — Assim que Peter voltar, vou pedir para um outro detetive o ajudar e vamos para casa. Nossa casa.

—Mesmo? — descruzo meus braços o olhando desconfiada. —E James?

—Seu pai aguenta mais uma noite sem você dormindo debaixo do teto dele. — sorrio concordando e me arrumo na minha cadeira olhando a janela de volta. —Você acha ruim nossa casa ficar tão longe da cidade? — a pergunta me pega de surpresa e penso antes de responder.

—Sua casa foi o primeiro lugar que eu me senti segura Henry, o primeiro lugar que eu posso chamar de lar. — sussurro voltando a olhar os olhos azuis dele. — Antes de te conhecer só existia um lugar onde eu conseguia respirar, e mesmo assim não me sentia segura, que era o Hollywood Forever, mas nenhum lugar me fez feliz como sua casa.

—Não foi isso que eu perguntei, meu amor. — ele volta a por os óculos. E eu me pergunto onde Deus jogou a forma depois de fazer aquele pedaço de perfeição.

—Eu sei que não foi. — mostro a língua enrolando uma mecha do meu cabelo no dedo. — Eu amo o fato da nossa casa ser longe de tudo. É como se fosse em outro mundo, um lugar onde nada vai me machucar.

Henry apenas sorri largo e volta ao trabalho sem me responder. Pego meu celular avisando meu pai que eu não iria passar a noite lá. Ele responde com um emoji de "ok" e faço uma careta imaginando o que ele ia aprontar na minha falta.

Papai.:" Você conheceu a nova recepcionista? Tina?"

Fecho minha cara ao ler aquilo, e arrasto meu lábio entre os dentes lembrando da garota atrapalhada.

Olivia.: "conheci!E é Gina! Fique longe dela pai, a garota acabou de chegar no emprego."

Pai.: "Não é isso Olivia"

Ele responde e franzo a testa confusa enviando um sinal de pergunta que não teve resposta.

—Ah ótimo...estou lidando com uma criança. — sussurro esfregando meu rosto.

—Que foi? — Henry me olha confuso e me levanto indo até o quadro com as informações do caso.

—A empresa tem uma nova recepcionista, não sei o que foi, mas eu senti uma afeição por ela sabe. — sorrio olhando as fotos dos outros dois garotos que Henry e Peter descobriram. — Meu pai acabou de mandar uma mensagem sobre ela, e não quero que ele machuque ninguém.

—Vai ficar tudo bem Liv, você tem que confiar nele. — Henry fala vindo até mim e para ao meu lado. — Eu odeio esse caso.

O olho surpresa e toco seu braço sabendo que ele sofria por causa das vítimas. Cinco garotos sendo arrancados da família por um monstro que ninguém sabia quando ia atacar de novo.

—Vocês acharam quatro corpos? — pergunto com a voz baixa e ele concorda. — Tem alguma dica de quando ele...mata? — falo com um pouco de dificuldade.

—Não, ele não tem seguido nenhum ritmo, apenas os sequestros. — Henry fecha os olhos e sinto o cansaço dele quase tocavel.

—Você vai conseguir... você é meu Superman. — o abraço com carinho e me afasto quando Peter entra na sala parecendo melhor depois de um descanso. — Vamos Henry?

—Vamos.

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Eu devia ter postado esse ontem, mas sou sacana.

Bjs da tia Lina