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Olivia F
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Sair no meio da noite com apenas uma mochila com minhas roupas e sem rumo talvez não fosse a melhor decisão que eu tinha tomado na vida. Mas ou era eu sair agora, ou ser expulsa pela manhã, ainda podia ouvir os gritos de George Hill sobre eu não poder ficar na casa deles agora que ele trabalhava para meu pai soando em minha cabeça, mesmo depois de quase uma hora que sai pela janela do quarto de hóspedes.

E lá estava eu, sentada ao lado de um arbusto perto da entrada do cemitério, um dos meus lugares favoritos naquela cidade, me escondendo do cara que tinha assobiado para mim e esperando que um policial desconhecido viesse atrás de mim. Eu ainda não sabia porque tinha ligado para o Detetive, talvez por ele ser o único contato no meu celular, talvez por outro motivo. O importante é que ele estava vindo me salvar, outra vez.

Escuto passos perto e olho por de trás das folhas a entrada vendo o homem parado olhando em volta, ele vestia uma calça jeans escura e uma camisa social cinza com o primeiro botão aberto, nem parecia um policial. Se não fosse a arma na cintura e o distintivo perto. Respiro fundo e me levanto pegando minha mochila, olho em volta como se os homens fossem aparecer do nada e me aproximo dele ignorando meu joelho sangrando.

— Detetive — o chamo e ele me olha, descendo os olhos por meu corpo parando-os em meu joelho e faz uma careta. — eu caí. — explico dando de ombros.

Como ele reagiria sabendo a verdade?

— depois você explica... Vamos, vou te levar para um lugar seguro e você me conta o que faz a essa hora na rua. — olha para mim novamente e nega com a cabeça. Será que era meu pijama de bolinhas?— E vestida dessa forma!

Mordo meu lábio envergonhada, porque eu sentia que devia confiar nele? Ele toca meu braço, e me encolho respirando fundo.

— sem tocar. — sussurro e ele apenas concorda parecendo entender o meu motivo. O sigo até uma caminhonete em um tom verde musgo e ele abre a porta para eu entrar. Agradeço e entro devagar olhando os pacotes de salgadinho bagunçando tudo, faço uma leve careta pela sujeira e me encolho no meu canto colocando o cinto ficando o mais longe possível do banco do motorista que agora ligava o carro tentando limpar a própria bagunça.

— eu não sabia que iria dar uma carona, estava jantando quando você ligou— ele parece se desculpar e franzo a testa olhando os pacotes.

— seu jantar é salgadinho de milho? — pergunto sem me controlar e o olho séria. — muito saudável.

—eu não tive muito tempo hoje, e eles matam a fome. — se defende fechando a cara e mordo meu lábio por ver como ele ficava lindo assim.

— onde está me levando Detetive?

— Henry, pode me chamar de Henry. — sorri fraco dirigindo para a parte afastada da cidade. Eu sempre adorei essa parte, eu e Ellie vínhamos fazer piqueniques várias vezes.

— Certo, Henry, onde você está me levando? — abraço minha mochila.

Talvez para o pântano onde ele vai me esquartejar e jogar os pedaços para os jacarés!

— para minha casa!— fala simples como se fosse normal e arregalo os olhos segurando o cinto. — não precisa ter medo Olivia, eu não vou te machucar.

O olho desconfiada e mordo meu lábio pensando em todas as pessoas que me traíram, em Noah. Porque eu devia confiar nesse homem de olhos azuis? Espero a resposta, mas não obtive, apenas aquela sensação de que podia confiar e pronto.

— vou ficar só essa noite, amanhã irei atrás de um lugar. — falo firme, mais para mim mesma do que pra ele.

— Certo. — faz uma pausa olhando meu joelho na pouca luz produzida pelo painel.— como se machucou?

— uhn...isso. — olho meu joelho mordendo meu lábio e rio envergonhada— quando estava falando com você um homem assobiou para mim...

— eu escutei, e o que você respondeu também. — me olha sério. — você devia tomar cuidado. A cidade é perigosa.

— Eu sei, bom ele ficou irritado e eu tive que correr dele — brinco com meus dedos mais envergonhada. — entrei em um bar, me escondi no banheiro, mas ele me achou. Então pulei a janela para o beco ao lado, só que eu não sou muito boa em quedas, e machuquei meu joelho. Não é nada.

— está sangrando. — falou para me desmentir e mordo meu lábio sem responder ao ver a enorme casa em que ele estaciona.

Era uma construção de dois andares feita em madeira a mostra, bem estilo campo, havia muitas janelas pelo o que eu podia ver. Olho Henry, antes de descer do carro encantada com a vista do espaço gigante que tinha ali e da casa que mesmo parecendo simples eu sabia que não era.

— seu arquiteto está de parabéns. — Murmuro caminhando na frente dele tocando uma das vigas envernizadas que seguravam o teto da varanda sentindo o cheiro da madeira fina. Sei que parece estranho, mas para mim aquilo era calmante. — um belo desenho, ótima construção. — Henry me olha confuso e mordo o lábio o seguindo para dentro abrindo a boca surpresa pelo lugar aberto. Sala de estar, jantar e cozinha tudo em um cômodo gigante, com uma escada em um canto que levava eu suponho para o segundo andar.

— você parece ter gostado! — ele fala um pouco baixo e tomo um susto quando algo gigante entra pela porta da cozinha latindo pra mim. Solto um grito e me escondo atrás do Henry me encolhendo. — Hey garotão...— ele se abaixa fazendo carinho no cachorro enorme e franzo a testa para como o animal parecia inofensivo perto do dono. — Olivia é visita, você não pode comer ela. — arregalo os olhos agarrando minha mochila, e Henry me olha. — esse é o Kal.

— uhn. — respiro fundo olhando o animal que agora estava sentado sobre as patas traseiras me olhando com a língua pra fora. — oi.— estendo a mão timidamente tocando o focinho dele que a cheira e logo lambe. — você é muito grande garotão...— me aproximo ignorando meu medo e me abaixo na frente dele. — quase me matou de susto.

Henry ri pegando minha mochila levando até um sofá e fico ali conversando com o cachorro até o dono o chamar com o pote de ração, suspiro me levantando e limpo minhas mãos na camisa já suja do beco onde cai.

— vou fazer um curativo no seu joelho, e vamos conversar. — Henry me avisa apontando o sofá e suspiro concordando indo me sentar o esperando. Logo ele aparece com um kit de primeiro socorros e me olha sério. — eu vou só fazer um curativo okay, mas preciso te tocar para isso. Tudo bem?

— eu. — mordo meu lábio vendo a careta preocupada que ele fazia ao encarar meu joelho e suspiro concordando devagar. Eu confiava nele, era o que importava. — Tudo bem.

Tudo bem, digo para meu cérebro quando ele segura minha perna.

Estava tudo bem mesmo?

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Eu tinha que colocar nosso filhotinho na história.

Bjs da tia Lina e desculpa qualquer erro.

Poxa esse foi grande

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now