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Olivia F
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Coloco um boné sobre a cabeça sorrindo largo para meu reflexo. Será que Henry ia gostar? E se não gostar, isso vai mudar minha opinião?

Não, se ele não gostar de primeira vai ter que se acostumar.

Minha mente fala firme na minha cabeça e saio do banheiro olhando Elena arrumada para a escola.

—Você tá perfeita Ollie, muito linda. — ela bate palmas animada e sorrio aceitando o elogio.

— Vamos? Eu tenho que conversar com o diretor e depois ir falar com meu pai...— pego minha bolsa vendo ela pegar sua mochila. — Quer ir a tarde fazer uma visita para os detetives?

—Uhn... não vamos atrapalhar? — ela me encara nervosa e sorrio negando enquanto descemos encontrando a tia Mel nos esperando com as chaves do carro.

—Peter vai adorar te ver, você pode acalmar ele. — sussurro pensando no meu detetive e em como ele deve estar cansado e nervoso com o caso.— Tia Mel, posso levar alguns daqueles biscoitos? Henry adorou da última vez.

—Claro querida. Vou fazer um pote...—ela me olha e pensa direito. — Dois, para o detetive Stan também. — fala indo pra cozinha e me viro para minha amiga.

—Peter quer te ver, ele está nervoso e precisa da baixinha dele para o ajudar. — falo com a voz baixa e séria sendo encarada pelos olhos castanhos-esverdeados de volta. — Você gosta dele Elena, assuma isso ou pare de evitar ele.

—Eu...— ela suspira tentando fugir, mas logo me encara firme. — Eu tentei, até aquela mulherzinha aparecer..

—E o que isso importa? Se eu brigar com o Henry toda vez que fico com ciúmes, nosso namoro não seria como é agora. — falo baixo recebendo um sorriso confuso de volta. — Acredite, ontem eu quase dei um tiro em uma policial que sorriu pra ele.

—Mas Henry nunca dormiu com milhares de mulheres. — Ellie faz um bico e sorrio arrumando seus cabelos.

—Ele não sai com ninguém desde que te conheceu. Isso é importante? — eu não sabia se aquilo era importante, mas pelos olhos arregalados dela recebi uma resposta afirmativa.

—Eu vou na delegacia com você.

{...}

Saio da escola sorrindo largo feliz por tudo estar sendo arrumado, tive uma longa conversa com o diretor e garanti que continuaria pagando minha matrícula e que voltaria as aulas amanhã. Como estudei um tempo em casa não tinha perdido muito e ia recuperar para o vestibular.

Entro em um táxi e vou para a empresa de James olhando as estradas de Los Angeles. Era uma época agradável do ano, nem frio nem calor demais, apesar daqui nunca fazer realmente frio. Só conhecemos duas estações, piscina do diabo e suando na sombra. Mas eu amava aqui, e nunca ia querer ir embora.

Pago a corrida descendo do táxi e entro no prédio indo até o balcão olhando uma nova atendente me encarar. Ela era baixinha, com curvas e cabelos bagunçados, e eu conseguia ver de longe seu jeito atrapalhado.

—Oi...Gina — olho o crachá dela para não cometer um erro. — Sou Olívia, o Senhor Scott já está no escritório?

—Olivia? — ela procura entre os crachás. — a filha do chefe. — concordo vendo como ela era atrapalhada e sorrio carinhosa.

—Isso. A filha do chefe.— pego o crachá colocando no meu casaco e estendo a mão. — Seja bem vinda ao trabalho.

—Obrigada. — ela agradece toda envergonhada e aperta minha mão de leve. —Ele está no escritório dele, pode subir.

Sorrio agradecida e caminho para o elevador olhando meu reflexo no espelho arrumando meu boné. Que ele aceite o trabalho por favor.

Saio do elevador olhando a mesa da secretaria vazia, franzo a testa e ando até a sala do meu pai batendo na porta antes de entrar fazendo uma careta para a cena que encontro.

—Olivia. — meu pai se afasta limpando o batom da boca e faço uma careta olhando a Nina me encarar como se não sentisse vergonha de estar se agarrando com o próprio chefe no meio da sala dele. —Nina, pode sair?

—O que? James, não precisamos nos esconder por causa da sua filha. — ela olha ele fazendo um bico e sinto a ironia quando fala "filha", ela não gostava de mim.

—Esconder o que? — James a olha erguendo uma sobrancelha com um olhar frio. Oh merda, aquilo iria doer se fosse em mim. — Foi só uma noite, volte ao seu trabalho.

—Mas...tudo bem senhor Scott. — ela pega as pastas e passa por mim com tudo.

—Henry tinha razão... você é um cretino. — Murmuro com pena da garota fechando a porta atrás de mim.

—Não sou. — ele me olha sério e logo relaxa a expressão. — Apenas não encontrei a pessoa certa desde sua mãe.

Mordo meu lábio e concordo, eu não podia julgar ele sabendo tudo que meu pai passou. E pelo que eu saiba ele nunca mentiu para ninguém, nem para mim.

—Eu tenho uma proposta de emprego pra você!

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James é uma safrado, mas a gente ama.

E aí? O que vem a seguir?

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now