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Henry C
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Olivia passou o jantar com a testa franzida e uma mão segurando minha camisa, acho que a mente dela estava começando a ficar bagunçada novamente.

—Porque vocês não deixam isso para amanhã? — Gina fala chamando minha atenção e vejo que ela encarava minha namorada com uma expressão preocupada no rosto. —Olivia estava bastante cansada durante a tarde.

—Porque não me disse? — passo uma mão pelas costas dela preocupado, talvez eu tenha exagerado durante a madrugada ao não deixar ela dormir direito. Mas eu não podia evitar a maneira que meu corpo reagia a ela.

—Aconteceu muita coisa desde que cheguei. — Olivia sussurra envergonhada terminando de comer e me levanto a puxando.

—James, podemos passar a noite aqui? — pergunto calmo sem querer pegar estrada com ela nervosa.

—Claro, seu cachorro já está dormindo no banheiro mesmo. — meu amigo ri encarando meus olhos. Ele esta preocupado também.

—Vocês podem ficar no meu quarto. — Gina fala se levantando e concordo aceitando a ideia. Apesar de ser cretino da minha parte. — Eu durmo no sofá.

—Gina, eu não quero fazer você sair da sua cama — Olivia começa com a voz arrastada de sono.

—Está tudo bem querida. — a loira diz carinhosa e levo Olivia para fora da cozinha seguindo para o corredor.

—Me lembre de nunca mais te manter acordada demais. — sussurro beijando os cabelos dela.

—Shh... você sabe que eu amei essa semana louca com você. — ela me abraça forte me olhando com os olhos brilhando. — Principalmente quando você não me deixou dormir...

—Nem comece, não vamos fazer sexo na casa do seu pai. — Rio roubando um selinho dela a ajudando a tirar a calça e a deitar na cama.

—Eu nem quero. — Olivia resmunga fazendo um bico e deito com ela a abraçando contra meu peito. — Henry?

—Oi meu amor? — passo meus dedos pelo braço dela a observando se arrepiar.

—Sei que você está muito ocupado com esse caso e a coisa com o George. — ela parece tímida enquanto fala e franzo a testa.

—Nunca estou ocupado demais para você Olivia. — mantenho a voz baixa enquanto a abraço curioso.

—Minha formatura é em dois dias. — franzo a testa novamente, o tempo tinha passado tão rápido. — Você vai ir comigo, não vai?

—Que pergunta Olívia, é claro que vou ir. — Murmuro beijando a cabeça dela a apertando. — Estarei ao lado do seu pai sorrindo orgulhoso pela minha bonequinha.

—Eu ainda odeio esse apelido. — ela resmunga antes de cair no sono.

—E eu te amo. — sussurro no ouvido dela esperando meu sono chegar.

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Gina K
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Termino de limpar a cozinha sentindo o olhar de James nas minhas costas e respiro fundo passando a mão nos meus cachos.

Quando me mudei para Los Angeles eu não esperava uma vida fácil, e seriamente pensei que arrumar um emprego seria o mais difícil. Por um tempo foi, mas parece que meu azar é meu maior inimigo.

Em 25 anos tudo que tive foi uma mãe imprudente, dois namorados que não sabiam respeitar o meu tempo, um monte de empregos perdidos e medo de confiar nos outros.

Mas ali estava eu, na casa de um estranho, me tornando amiga da filha dele e cada vez mais a vontade. Eu não devia me sentir a vontade perto de James Scott!

—Porque me bateu? — a pergunta me atinge e fecho os olhos lembrando. Ele estava gritando comigo na porta, eu odeio quando gritam comigo, eu corri pro meu quarto e ele me seguiu.

—Você disse que eu sou impossível, mimada e imprudente!— resmungo mordendo meu lábio. — E me beijou.

O melhor beijo da minha vida, até eu lembrar das palavras dele e de que estou aqui de graça. E se ele quiser que eu pague pela moradia? Se foi por isso que me salvou no primeiro dia? Eu ouvi histórias pela empresa de como ele usava as mulheres.

—E você retribuiu. — ele joga em mim e mordo meu lábio envergonhada. — Georgina...

Fecho meus olhos, meu nome ficava tão lindo quando era dito pela voz dele, e James fazia soar como a coisa mais doce do mundo.

—Eu não sou como as outras mulheres James, não vou para a cama com você. — cruzo meus braços, não passei pelo meu último relacionamento para virar um brinquedo nas mãos de um cretino.

—O que? — os olhos azuis se arregalam parecendo chocados com minhas palavras.

—É isso que você quer não é? Por isso que me resgatou e me deixou ficar. — Murmuro sentindo meus olhos encherem de água. — Eu escutei histórias sobre você, não devia ter confiado

Caminho pra fora da cozinha até sentir a mão dele segurar meu braço sem força, ergo minha cabeça o olhando de perto. O rosto quadrado, a barba por fazer e aqueles olhos azuis penetrantes quase me fazendo sufocar.

—Eu nunca te levaria para a cama, Georgina. — as palavras dele me atingem como um soco e me afasto do seu toque. Porque aquilo tinha me magoado mais do que a ideia dele me querer como um brinquedo?

—Ótimo, porque nem se você fosse o último homem do mundo eu te daria minha virgindade. — o empurro e vou até o sofá começando a arrumar para dormir segurando o choro o máximo que posso.

Eu nunca te levaria para a cama Georgina...

Isso do homem que dormiu com metade das funcionárias da empresa. No que aquilo me transformava?

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Eu amo um cretino, vocês não entenderiam

Bjs da tia Lina

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now