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Henry C
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" —Eu não preciso de nada —encaro Olivia sentindo todas as minhas emoções passando por cima do meu cérebro e apenas sinto de leve o braço dela que estou segurando. Eu tinha mandado ela ficar do lado de fora e ela não obedeceu, e por causa disso ela tinha visto aquelas coisas.

—Solta meu braço! — Olívia me encara com uma expressão fria e minha mente começa a clarear. —Agora!

Respiro fundo descendo os olhos até o braço dela, Deus, o que eu estava fazendo? Eu fiquei louco?

—Meu amor, eu não quis ser grosso...eu...— ergo a mão para tocar o rosto dela, mas Olivia se afasta do meu toque, a dor daquilo me faz fechar os olhos.

Volto a olhar ela vendo o medo em seus olhos e me sinto horrível por isso. Olivia estava com medo de mim, o que eu tinha feito?

—Olivia, eu não ia te bater...

—Você é igual a ele...— Olivia me olha com nojo e franzo a testa até entender.

—Não sou...bonequinha! — ela começa a caminhar para fora do apartamento e a sigo. —Olivia."

—Olivia. — sento na cama sufocado com meu grito e olho em volta não a achando. Não, não, não. — Liv? — me levanto lembrando de entrar de fininho no quarto depois de todos terem dormido e me enfiado na cama deitando sobre sua barriga. Eu precisava ficar perto dela.

—Henry? —James entra no quarto e olho ele assustado. — Cara calma, ela foi pra casa da Melanie com a Gina.

—Ela vai me deixar. — sussurro sentando na cama sentindo que meu coração vai parar de bater. — Ela tem medo de mim...

—Henry. Não entra nessa. — meu amigo vem até mim e dá um puxão no meu braço provavelmente pra me balançar. — Ela não vai a lugar algum, Olivia sabe que você não fez por mal. — James olha meus olhos e respiro fundo tentando me acalmar. — Você é psicólogo, sabe como ela deve ter se sentido.

Fecho meus olhos tentando empurrar meu pânico para o fundo da minha mente, eram muitas emoções juntas de uma vez só. Tudo acontecendo rápido demais nos últimos meses.

—Eu vou a um lugar...— murmuro arrumando minha roupa pegando as chaves do carro e passo por ele.

—O que? Henry, você precisa estar no ginásio as oito horas. — ele fala vindo atrás de mim e passo pela sala vendo as caixas e documentos. Isso tudo era culpa desse caso filho da puta!

—Eu vou estar lá! — respondo antes de sair ouvindo ele reclamar atrás de mim.

{...}

Quando me formei na faculdade de psicologia o primeiro conselho que me deram foi, "você precisa de um psicólogo Cavill", eu ri e revirei os olhos como todo jovem começando uma carreira. Durante meu primeiro estágio eu entendi o conselho, você não pode lidar com seus problemas e os dos outros sozinho, ninguém pode.

Hoje em dia em vou a uma consulta a cada seis meses, ou quando um caso me deixava agitado demais. Com Olivia, o sequestro, assassinatos, e tudo mais que estou passando acho melhor adiantar a visita.

Envio uma mensagem para Cristopher e logo recebo a resposta com o endereço ali perto, sorrio surpreso e me concentro na estrada. Estaciono em frente a academia e desço vendo a moto estacionada ali perto e o homem forte encostado nela com uma mochila em mãos.

—Fiquei surpreso com a mensagem Cavill, nossa sessão está marcada para daqui três meses. — ele vem ao meu encontro e o cumprimento devagar.

—Estou precisando. — digo simples e olho para a academia. —Lugar novo?

—Era a mais perto de onde eu estava.

Conheci Cristopher no último ano da faculdade, a amizade foi quase instantânea, quando o procurei para ser meu psicólogo ele riu da minha cara e se negou. Mas alguns meses depois precisou de ajuda e fizemos um trato, um ajudaria a colocar a mente do outro no lugar quando tudo desse errado. E estávamos nessa a doze anos.

—Então vamos. — Murmuro caminhando para dentro da academia. Ninguém entendia porque nossas sessões funcionavam tão bem, mas eles não sabiam como trabalhávamos.

—Cadê o Kal-el? — ele pergunta curioso e rio porque mesmo depois daquele tempo todo ele ainda chamava Kal pelo nome todo.

—Com minha namorada. — os olhos verdes de Cristopher se arregalam surpresos e reviro meus olhos parando na recepção o observando conversar com a atendente e logo voltar a andar.

—Carol vai adorar saber dessa novidade. — ele volta a falar sorrindo largo para a minha careta.

—Ela vai planejar meu casamento em cinco dias. —resmungo conhecendo bem a esposa dele.

—E o nome dos filhos. — ele concorda. — Falando em filhos, vou ser pai.

—O que? E você nem me ligou! — dou um soco no braço dele fazendo uma cara irritada parando perto dos bancos e tiro a camisa devagar vendo ele fazer igual.

—Descobrimos na semana retrasada, eu estava esperando a hora certa. — murmura abrindo a mochila que carregava tirando faixas e luvas. —Então, comece a falar. Como conheceu sua namorada?

—Você vai rir da minha cara. — Murmuro envolvendo meus dedos em uma faixa e coloco as luvas. — Eu a salvei do pai abusivo.

—Muito ético Cavill. — ele vai até o meio do tatame se alongando e faço o mesmo me preparando para uma luta.

—Olha quem fala, estamos lutando enquanto te conto meus problemas. — rio dando o primeiro golpe que ele desvia.

—Fala logo tudo Henry, não tenho o dia todo. Minha esposa vai fazer lasanha!

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Nosso detetive quase pirou.

Vou tentar postar mais um mais tarde.

Bjs da tia Lina.

Cristopher vai ajudar o Henry de verdade a clarear a mente?

Saviour. FINALIZADAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora