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Olivia F
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—Puta que pariu. —a voz de Peter me faz erguer a cabeça e sigo seu olhar para o corpo destroçado ali. —Olivia não olha! —sou pega no colo e escondo o rosto no ombro do meu amigo.

—Eu não pensei...eu sinto muito. —sussurro querendo achar uma desculpa para o que tinha feito e escuto barulhos de tiros e latidos. —Eles vão matar os cachorros? —pergunto confusa e culpada por aquilo.

—Esse animais não podem conviver em sociedade, seriam sacrificados de qualquer jeito. —Peter para de andar e me coloca no chão, vejo James segurando o Kal que latia e tentava se soltar.

—Meu bebê. —corro até eles me atirando na frente do cachorro e o abraço com força. —eu sinto muito amorzinho... Sinto muito não ser forte por você...

Sussurro sem me afastar, agora seríamos só eu e ele, e no futuro com o bebê. Eu seria forte para cuidar dos dois, pelo Henry.

—Olivia, temos que ir para o hospital. —franzo a testa erguendo a cabeça para olhar o meu pai confusa.

Hospital? Henry!

—Ele está vivo? —as palavras saem quase sem som da minha boca, e meu corpo parece voltar a funcionar como devia conforme James e Peter concordam me olhando confusos agora.

—Você achou que ele tinha morrido? Por isso fez aquilo? —Peter me encara como se eu fosse um experimento científico, mas eu só ignoro ele e seu olhar.

Henry está vivo!

—tenho que ir pro hospital. —coloco minha mão na barriga antes de olhar para meu pai. —Vamos?

Eu não conseguia pensar direito, quando ele desmaiou, o sangue, os médicos me afastando. Eu realmente achei que Henry tinha me deixado, mas não, ele estava vivo.  E precisa que eu esteja com ele, precisa que eu conte sobre nosso filho.

{...}

Encaro o relógio na parede branca da sala de espera do hospital sentindo como se cada minuto se arrastasse por um século, um médico vinha a cada vinte minutos nos informar que Henry ainda estava em cirurgia.

E depois de três horas com Elena me perguntando porque eu fico vomitando a cada meia hora, James me encarando de forma preocupada e séria, tudo que eu quero é estar na minha cama deitada no peito do meu superman.

—Peter...—uma mulher loira na casa do 60 entra na sala de espera e olho curiosa a cena.

—Marianne. —o moreno vai até ela a abraçando e franzo a testa. Marianne?

—Alguma novidade? Eu peguei o primeiro vôo que consegui. —ela olha todos ali e foca os olhos em mim me fazendo ficar intimidada com o olhar. —Essa é "ela"?

Peter sorri largo concordando e da espaço para a mulher se aproximar de mim, respiro fundo e me levanto sentindo o enjôo voltar como um aviso do meu nervosismo.

—Oi? —pergunto confusa passando uma mão por meu cabelo sabendo que minha aparência estava horrível.

—Ah querida...— Marianne joga os braços em volta do meu corpo me assustando e olho Peter nervosa. —Eu queria tanto te conhecer, mas não assim.

—Eu, sinto muito. —murmuro retribuindo ao abraço me sentindo segura ali. Ela me lembrava o Henry...ahh. —Eu sempre quis conhecer você Sra.Cavill. —sussurro sincera. Sempre fui curiosa para saber por quem o Henry puxou tão bondoso.

—Me chame de Marianne querida. —ela se afasta tocando minha bochecha. —Meu Deus, olha só seu estado! —os olhos descem para meu vestido sujo de sangue assim como minhas mãos. Sangue do Henry, sangue do George, eu já não sabia mais. —Vamos, vamos ao menos lavar seu rosto.

—Não, não quero ficar longe. Se o médico trouxer notícias. —murmuro com medo de não estar aqui quando ele ir para um quarto.

Marianne se vira com uma sobrancelha erguida e suspiro baixinho envergonhada encolhendo meus ombros, eu vi ali que ela era tão teimosa quanto o filho.

—Temos muito que conversar, e você precisa relaxar um pouco, está pálida. —mordo meu lábio, acho que o enjôo estava deixando transparecer que eu não estava bem.

—Vamos ao banheiro então. —mudo de assunto antes que ela percebesse. Ninguém saberia antes do Henry.

Ninguém além de mim e do Kal saberia sobre o aumento na nossa família. E eu não queria dividir isso com mais ninguém, era uma conquista só minha e de Henry, nosso filho, fruto do nosso amor.

Marianne me ajudou a lavar o sangue dos braços e tentou fazer o mesmo com o vestido, mas não funcionou bem. Eu prendo meu cabelo no alto da cabeça e me olho no espelho cansada daquele longo dia que não parecia terminar.

Deus, por favor, não leve meu detetive de mim.

Imploro antes de sair do banheiro a encontrando na porta me esperando.

—Henry me contou muito sobre você, disse que você vai ir para a faculdade. —Marianne era uma pessoa animada e faladeira, que parecia não deixar o pior dos climas a afetar, eu queria ser assim.

—Isso, arquitetura. —concordo meio incerta, agora eu já não sabia mais como vai ser. A gravidez mudava todos os meus planos. —Mas vou esperar até o Henry ficar bem para começar a estudar, quero cuidar dele.

Ele tinha cuidado de mim tantas vezes, agora era minha vez.

Entramos na sala de espera e o médico está conversando com James e Peter.

—Alguma novidade? —me aproximo rapidamente e sinto James me abraçar. Franzo a testa confusa e encaro o doutor com medo do que ele falaria.

—Conseguimos retirar a faca sem nenhum dano colateral, mas o Sr.Cavill perdeu muito sangue. —coloco uma mão no meio peito sentindo apertar como se alguém estivesse esmagando meu coração

—E? —sussurro nervosa. Não diga o que eu estou pensando, não diga que...

—Ele sobreviveu...—suspiro aliviada, mas sinto que tem algo mais nisso. — Precisamos colocar ele em um coma induzido para a cirurgia, agora esperamos que ele consiga acordar

Consiga acordar? Como assim consiga?

—Consiga? —a palavra sai sufocada e sinto minhas pernas sem forças entendendo porque James me segurou.

—Há uma chance de Henry não acordar.

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Não coloquem meu nome na macumba, pelo menos eu não matei ele...ainda

Bjs da tia Lina

Saviour. FINALIZADAWhere stories live. Discover now