Guardo esse sentimento há tanto tempo, o reprimo há anos, mas agora ele se libertou, tudo por causa de um bendito beijo.
Eu e Nathan sempre tivemos um amizade legal, porém agora está tudo diferente. Eu sinto algo a mais por meu amigo, sei que isso é...
- Quer me ver feliz? Então vamos convrsar sobre qualquer coisa além de mim, vamos falar de coisas que me façam esquecer essa raiva. - Peço, dando fim ao assunto de fugir.
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- Tudo bem. Você sabia que eu já morei na Itália? - Faço que não com a cabeça. - Morei, trabalhei em um grande escritório com grandes arquitetos, amava aquele lugar, mas estava me cansado. Foi na Itália que construí o meu nome no ramo da arquitetura. Vim para o Brasil para fazer meu nome aqui e para descansar e passar um tempo à mais com Luiza.
- Você é um bom irmão! - Encosto minha cabeça no ombro de Ulysses.
Ulysses me contou algumas coisas sobre sua carreira, me contou como conquistou seu nome no ramo da arquitetura e mencionou vários nomes de várias pessoas famosas para quem trabalhou. O ruivo apenas não tocou em assuntos relacionados aos pais e a famílias, mas tirando isso me contou sobre alguns esportes que gosta de praticar, descobri também que o ruivo curte músicas clássicas e ele assim como eu, aprecia as composições de Mozart, Tchaikovsky e Bach. É difícil encontrar pessoas que ainda gostam de música clássica.
O ruivo também me contou várias de suas histórias de quando era pequeno, ele me contou que ele dormia com um bichinho de pelúcia chamado floquinho, não aguentei e rir, ele me relatou várias outras de suas experiências. Foi uma noite agradável.
- É minha impressão ou aquela estrela está vermelha? - O ruivo aponto para o céu, olho na direção que ele aponta e tenho que concordar que a estrela realmente parece esta vermelha.
- Esta sim. - Confirmo. - O céu daqui é tão puro, bem diferente do que estamos acostumados a ver na cidade. - Comento.
Estamos deitados no meio do nada, literalmente nada, não consigo ver o casarão e nenhuma luz da casa, a única fonte de iluminação que temos é a lua.
- Já pensou em desenhar o céu? - Pergunta Ulysses me encarando.
- Sim, já até desenhei, mas não ficou como eu imaginei. - Viro minha cabeça para encara-lo. - Obrigada pelo desenho, amei! Ninguém nunca me desenhou ou muito menos se interessou pelo que eu desenho, acho que além dos meus avós, você é o primeiro a tentar conversar comigo sobre arte, pintura, desenhos essas coisas. - O ruivo sorrir.
- Igualmente. As mulheres de hoje em dia só pensam em como conquistar homens, ou como parecer mais belas para desfrutar o seu próprio ego.
- E vocês homens não gostam disso? - Questiono.
- Alguns homens gostam, mas esse tipo de mulher são apenas diversão, homens de verdade não colocam mulheres fáceis ao seu lado. E você? - Ele se vira para mim, ele repousa sua cabeça em cima do antebraço e me encara.
- Eu?
- Qual é o tipo de cara que você gosta?
- Eu gosto do cara que não mente para mim e que nunca me enrole, gosto de pessoas diretas.
