Capítulo 3

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— Está brincando, né? — Pergunto, olho incrédula para Leonel que está usando o uniforme que os funcionários da biblioteca usam

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— Está brincando, né? — Pergunto, olho incrédula para Leonel que está usando o uniforme que os funcionários da biblioteca usam. Ele me encara com um sorriso bobo nos lábios (Será que esse babaca não para de sorrir?) Leonel também dá alguns passos se aproximando de mim, cruzo os braços e o encaro esperando que ele me explique o porquê dele está aqui.

— Eu estou muito mais surpresos do que você! — O garoto diz, ele limpa as mãos que estão sujas com a poeira dos livros, que organizava há alguns segundos. — A minha mãe é uma grande amiga da diretora, as duas conversaram e a diretora disse que precisa de funcionários para ajudar na biblioteca, e aqui estou eu! — Ele explica.

Droga! Se antes era ruim ir à casa de Lupita e encontrar com Leonel, agora nem se fale! Agora sim, estou proibida de vir ao meu lugar preferido na escola, tudo por causa desse bobão.

— Não gostou, não é mesmo?

— O que você faz ou deixa de fazer não interfere na minha vida. — Falo de um jeito rude.

Não espero Leonel responder e apenas me distancio dele, ando na direção das prateleiras azuis no fundo da biblioteca, onde ficam os livros de poesia. Ouço os passos do garoto atrás de mim, ele é muito tapado ou está querendo ganhar alguns tapas? Qual é a parte que ele não entendeu que eu não quero ficar perto dele?

— Por que você não gosta de mim?

"Ele está mesmo me fazendo essa pergunta?", pergunto ao meu subconsciente.

" Menina, sim, ele foi capaz. Dá um tapa na cara dele para ele deixar de ser cínico, como ele quer que você goste dele depois de tudo o que ele lhe fez?

— Leonel, nós éramos melhores amigos, contudo, você me apunhalou pelas costas. Como você quer eu goste de você depois de tudo o que você fez?

— Me desculpe. Eu já disse que estou arrependido. — Ele se aproxima de mim, levanto um pouco o rosto para conseguir encarar seus olhos.

Não sei, mas não consigo acreditar em nenhuma palavra que sai da boca dele, tudo o que ele diz parece ser mentiras e mais mentiras.

Olho para o lado direito onde tem uma estante com livros grossos, pego um livro qualquer, sem pensar direito bato o livro na face esquerda do rosto de Leonel. Leonel me olha incrédulo, provavelmente por minha atitude repentina, no entanto, não diz nada, ele apenas passa a mão onde eu o acertei com o livro.

— Doeu!

—  Me desculpa! — Falo de um jeito debochado. — E aí, o desculpa fez com que o seu rosto pare de doer? Eu acredito que não, do mesmo jeito que o seu pedido de desculpa não evitou que todos me chamasse de virgenzinha, além de não apagar as lembranças de Matias dos meus pensamentos.

O sentimento de raiva e ódio dominam o meu coração, além desses sentimentos, uma terrível vontade de chorar me invade, fecho os olhos e respiro fundo tentando me recompor. Abro meus olhos ao sentir os braços de Leonel me envolveram aproximando-me do seu corpo, ele chega a sua boca bem perto do meu ouvido, e diz num tom baixo:

Entre o Amor e a AmizadeWhere stories live. Discover now